Os conceitos de risco e retorno na renda fixa e na renda variável são muito semelhantes. A grande diferença é que o risco (a incerteza sobre os retornos futuros) de um título de renda fixa é muito menor do que na renda variável. Além de menor, é de outra natureza.
Uma definição de renda fixa é que se sabe com precisão quais serão os fluxos de caixa futuros. Um título com valor nominal de $1.000 que pague cupom anual de 10% por 5 anos gera cinco cupons de $100 e no quinto ano, junto com o cupom, devolve o principal ($ 1.000). A incerteza que existe é se esse compromisso será honrado pelo emissor da dívida (ou seja, se a empresa não entrará em default). É possível calcular a volatilidade de um título de renda fixa como se faz com ações, mas esse risco não é importante nesse caso.
Uma definição de renda fixa é que se sabe com precisão quais serão os fluxos de caixa futuros. Um título com valor nominal de $1.000 que pague cupom anual de 10% por 5 anos gera cinco cupons de $100 e no quinto ano, junto com o cupom, devolve o principal ($ 1.000). A incerteza que existe é se esse compromisso será honrado pelo emissor da dívida (ou seja, se a empresa não entrará em default). É possível calcular a volatilidade de um título de renda fixa como se faz com ações, mas esse risco não é importante nesse caso.
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É útil visualizar como um título de renda fixa é avaliado:
PV of Bond: Preço do título (valor presente do cupom e do principal).
Coupon: Cupom
Face Value: Valor de face/nominal
R: Taxa de desconto/retorno
Como os cupons e o valor nominal são dados, as outras variáveis acabam por implicar uma na outra. Determinado preço implica determinada taxa de retorno e vice versa. No caso anterior, a uma taxa de retorno igual à taxa do cupom, o preço é de $1.000. Imagine que o preço atual fosse de $900. A esse preço, a taxa de retorno seria de 12,83% a.a. (basta calcular a taxa interna de retorno com -900, 100, 100, 100, 100, 1100). Ou, imagine que a taxa de retorno requerida fosse de 15%, o preço atual do título seria de 832,39 (basta calcular o valor presente líquido de 0, como fluxo de caixa inicial, 100,100, 100, 100, 1100 a uma taxa de 15%).
A medida do risco de default é o spread sobre a taxa livre de risco. A taxa oferecida por um título de renda fixa que não seja de risco zero (emissões de empresas ou países que não sejam de risco zero, como o Brasil) deve ser maior do que a taxa de um título de risco zero (títulos públicos americanos) para que haja investidor disposto a comprar o título. Ou seja, como com ações, os investidores esperam receber um prêmio por risco dado por taxas de retornos maiores.
Dessa forma, o risco de um título está implícito no preço de mercado desse título. Quando não existem títulos negociados publicamente, é possível estimar essa taxa de retorno utilizando a taxa livre de risco e aplicando sobre ela um spread típico por risco, que muda dependendo da classificação de risco da empresa (se não existe classificação, deve-se estimá-la). Isso é útil para se estimar o preço de uma emissão de dívida. A taxa de retorno requerida pelos investidores, seja a implícita no preço de mercado, seja a taxa calculada com um spread sobre a taxa livre de risco, é usada para fins de avaliação da empresa, para avaliar o quanto vale a dívida da empresa.
Para quem não sabe o que significa alguns termos empregados (taxa interna de retorno, valor presente etc.) recomendo a leitura de um livro de Matemática Financeira. Existem muitos livros com esse tema, todos muito parecidos; para que o problema não seja a falta de uma sugestão, sugiro “A matemática das finanças”, de Adriano Bruni e Rubens Famá. Para quem quiser saber mais sobre avaliação de ativos de renda fixa, qualquer manual de Finanças Corporativas ou Administração Financeira trata desse tópico. Novamente, para que não falte um nome, pode ser o “Fundamentos da Administração Financeiro” de Brealey, Myers e Marcus.
A medida do risco de default é o spread sobre a taxa livre de risco. A taxa oferecida por um título de renda fixa que não seja de risco zero (emissões de empresas ou países que não sejam de risco zero, como o Brasil) deve ser maior do que a taxa de um título de risco zero (títulos públicos americanos) para que haja investidor disposto a comprar o título. Ou seja, como com ações, os investidores esperam receber um prêmio por risco dado por taxas de retornos maiores.
Dessa forma, o risco de um título está implícito no preço de mercado desse título. Quando não existem títulos negociados publicamente, é possível estimar essa taxa de retorno utilizando a taxa livre de risco e aplicando sobre ela um spread típico por risco, que muda dependendo da classificação de risco da empresa (se não existe classificação, deve-se estimá-la). Isso é útil para se estimar o preço de uma emissão de dívida. A taxa de retorno requerida pelos investidores, seja a implícita no preço de mercado, seja a taxa calculada com um spread sobre a taxa livre de risco, é usada para fins de avaliação da empresa, para avaliar o quanto vale a dívida da empresa.
Para quem não sabe o que significa alguns termos empregados (taxa interna de retorno, valor presente etc.) recomendo a leitura de um livro de Matemática Financeira. Existem muitos livros com esse tema, todos muito parecidos; para que o problema não seja a falta de uma sugestão, sugiro “A matemática das finanças”, de Adriano Bruni e Rubens Famá. Para quem quiser saber mais sobre avaliação de ativos de renda fixa, qualquer manual de Finanças Corporativas ou Administração Financeira trata desse tópico. Novamente, para que não falte um nome, pode ser o “Fundamentos da Administração Financeiro” de Brealey, Myers e Marcus.
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