domingo, 31 de janeiro de 2010

Mensais: Bovespa (Jan/10)

Índices Brasileiros
Índice; 60 meses; Ano; 12 meses
Ibovespa; 168,59%; -4,65%; 66,41%
IBX 50; 172,12%; -4,47%; 57,94%
IBX; 177,22%¨; -4,22%; 59,94%
ISE; -; -3,80%; 69,68%
ITEL; 76,10%; -7,88%; 42,14%
IEE; 273,05%; -0,09%; 60,11%
INDX; 118,01%; -2,75%; 80,34%
IVBX2; 91,83%; -4,67%; 61,69%
IGC; 169,99%; -2,98%; 75,57%
ITAG; 174,45%; -4,15%; 81,44%
Small Cap; -; -3,67%; 129,01%
Mid Large Cap; -; -4,07%; 56,83%
Consumo; -; -1,94%; 88,94%
Imobiliário; -; -10,13%; 155,45%

Ibovespa:
Maiores altas (2010):
ELET3: 10,18%
ELET6: 9,39%
EMBR3: 5,05%
CRUZ3: 4,76%
ELPL6: 4,06%

Maiores altas (12 meses)
LLXL3: 467,35%
MRVE3: 243,24%
OGXP3: 205,45%
MMZM3: 199,77%
RSID3: 197,59%

Maiores baixas (2010)
BRTO4: -21,85%
BTOW3: -20,50%
LLXL3: -17,51%
LAME4: -14,81%
RSID3: -14,38%

Maiores Baixas (12 meses)
Nenhuma baixa

Amostra de 162 ações:
Maiores altas em 5 anos
TELB4: 2.835,08
JFEN3: 1.463,46
HGTX3: 1.150,57%
CYRE3: 1.012,38%
FBMC4: 997,10%

Maiores baixas 5 anos
KEPL3: -94,27%
JBDU4: -70,44%
ELEK4: -64,14%
ESTR4: -60,00%
VPTA4: -56,48%

Maiores sequências (161 ações)
Alta: HGTX3 (11 meses)
Baixa: BEES3 E FESA4 (4 meses)

Fontes:
Bovespa.com
Planeta Dinheiro (www.pladin.com.br)

Mensais: IPOs (Janeiro/10)

Serão consideradas as ofertas:
* Ocorridas a menos de 5 anos
* Que sejam realmente ofertas públicas iniciais
* Que ainda sejam negociadas, excluídas as que foram incorporadas por outras empresas.
* A Fleury e a Direcional, muito recentes, foram excluídas. Constariam como as maiores alta relativa ao Ibovespa.

Taxa a.m. Retorno desde o primeiro dia de negociações expresso em meses.
IBOV a.m. Retorno do Ibovespa desde o primeiro dia de negociações do ativo
Ganho s/ Ibov: Taxa a.m. – IBOV a.m.

5 maiores altas relativas ao Ibovespa
Empresa; Taxa a.m.; IBOV a.m.; Ganho s/ IBOV
Hypermarcas; 4,57%; 0,04%; 4,53%.
GVT Holding: 3,34%; 1,03%; 2,31%
OGX Petróleo; 2,08%; -0,14%%; 2,22%
Sul América: 2,02%; 0,18%; 1,84%
Localiza; 3,25%; 1,82%; 1,43%

5 maiores baixas relativas ao Ibovespa
Empresa; Taxa a.m.; IBOV a.m.; Ganho s/ IBOV
Ecodiesel; -4,88%; 1,20%; -6,08%
Inpar; -5,03%; 0,74%; -5,76%
Springs; -4,43%; 0,72%; -5,15%
CR2; -3,61%; 0,88%; -4,49%
Nutriplant; -4,29%; 0,19%; -4,48%

23/101 ações estão com ganhos relativos (22,77%)

47/101 ações estão com ganhos absolutos (46,53%)

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Investimentos em avaliação de empresas

Em avaliação de empresas, ao lucro líquido (no caso da abordagem do FCFE) ou ao lucro operacional depois de impostos (no caso da abordagem do FCFF) subtrai-se o investimento líquido em capital (Investimento em capital – Depreciação e Amortização) e investimento em capital de giro para se chegar ao fluxo de caixa que estima-se que serão recebidos pelos acionistas (FCFE) ou pelos acionistas e os credores (FCFF). (no caso da abordagem do FCFE, ainda se leva em conta o efeito da dívida no FCFE). Isso deve ser feito porque esses investimentos afetam o fluxo de caixa e esse efeito não afeta os resultados da empresa no período em que ocorrem. O investimento implica desembolso de caixa, mas não resulta em despesas no período em que o desembolso é feito (transforma-se em despesas ao longo do tempo na forma de depreciação e amortização). Como a depreciação e a amortização em um determinado período refere-se a investimentos feitos em períodos anteriores (já considerados anteriormente), devem ser excluídos da conta, somando de volta (ou se estará contando duas vezes esses números).

A magnitude desses investimentos e o crescimento da empresa (em termos de receitas) estão diretamente ligados, já que o crescimento da empresa requer mais ativo permanente e mais capital de giro. Na projeção de fluxos de caixa a serem descontados, é possível projetar um baixo investimento em um período, apesar do crescimento nesse mesmo período ser alto. O investimento em capital tem efeitos ao longo do tempo, podendo não se reverter em maiores receitas no mesmo período, mas resultando em maiores receitas no futuro. O investimento pode inclusive ser negativo, indicando que a empresa vendeu ativo imobilizado (máquinas e equipamentos, por exemplo). Uma justificativa tanto para um baixo investimento quanto um desinvestimento, havendo crescimento, é que a empresa se tornou mais eficiente no uso de capital, podendo fazer mais com menos (ou relativamente menos).

O investimento em capital de giro tem efeitos mais de curto prazo e, portanto, deveriam estar mais diretamente ligados ao crescimento da empresa. Com maior atividade, a empresa deve manter maiores estoques, receberá mais receitas à prazo e pagará mais despesas à prazo, levando à necessidade de maior capital de giro. Pode acontecer do investimento em capital de giro ser negativo durante um período, mesmo com crescimento da empresa (ou pode haver crescimento do capital de giro abaixo do crescimento das receitas). Isso se deve a um ganho de eficiência da empresa. Pode, por exemplo, ter melhorado a gestão de estoque, reduzindo a necessidade de manter estoques, pode ter conseguido melhores condições comerciais, aumentando o prazo para pagamentos ou diminuindo prazos de recebimento.

Na perpetuidade, porém, nenhum desses argumentos justificam crescimento dos investimentos baixo. A definição de quando começa o período de crescimento estável ou o período de perpetuidade ou quando termina o período de projeção explícita, como queira dizer, não deveria ser definido arbitrariamente (5, 10 anos). O analista não deveria ir fazendo projeções e em algum momento dizer: “Chega! Não vou projetar mais” e fazer algum cálculo de perpetuidade. Aplica-se um desconto em perpetuidade quando estima-se que a situação da empresa permanecerá a mesma para sempre: que o ROE, o capital de giro em relação ao capital, a relação do ativo permanente em relação ao ativo total, o endividamento etc. permanecerão nos mesmos níveis. Isso implica que tudo crescerá na mesma proporção do crescimento das receitas. Na prática, nunca se verificará isso. A perpetuidade é uma simplificação necessária, mas deve ser usada de forma consistente.

Por conta disso, alguns erros devem ser evitados. Se é projetado um crescimento em perpetuidade, não se pode projetar investimentos de capital iguais à depreciação e à amortização. Isso implica ativo permanente constante, com crescimento de receitas, o que indicaria que a empresa vai, para sempre, ano após ano, se tornar mais eficiente, podendo usar a mesma quantidade de capital para criar cada vez mais receitas. A competição no mercado da empresa em questão e a impossibilidade de se imaginar maneiras de se tornar uma empresa mais eficiente ano após ano tornam essa projeção inconsistente.

Pelos mesmos motivos, o investimento em capital de giro não pode ser zero. Além disso, o investimento em capital de giro não pode ser negativo perpetuamente. Imaginar que isso aconteça é imaginar que, em algum momento, o capital de giro se tornar negativo, havendo mais passivos circulantes operacionais do que ativos circulantes operacionais. Essa situação pode acontecer, mas deveria ser projetada explicitamente, e não como acidente de cálculo. Além disso, a depender da magnitude do desinvestimento em capital de giro, no futuro o capital de giro negativo será enorme, o que é ainda mais inconsistente. Projetar desinvestimento perpétuo em capital fixo é absurdamente inconsistente: projeta-se que, em algum momento, a empresa operará com ativo permanente negativo, o que não consigo nem imaginar o que seja.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Reajuste de Proventos

No meu blog no Investeducar, uma maneira mais simples de se ajustar uma série história de ações. Ao invés de calcular o ajuste a ser feito, localizá-lo na série e depois “puxar”, basta colocar os ajustes em uma parte separada e utilizar uma função do Excel parecida com a SOMASE para multiplicação, juntando as funções MULT e SE. Confira aqui.

domingo, 24 de janeiro de 2010

Super Bowl Stock Market Predictor (II)

Escrevi sobre o Super Bowl Stock Market Predictor referente à decisão da NFL (Liga Nacional de Futebol Americano). Se um time da Conferência Nacional (NFC) vencer o Super Bowl, o mercado subirá nesse ano. Ao contrário, se um time da Conferência Americana (AFC) vencer, o mercado é de baixa. Para esse “indicador” dois times da AFC que pertenciam à antiga Liga Nacional contam como NFC e indicam alta, o Pittsburgh Steelers e o Indianapolis Colts (antigo Baltimore Colts).

Quem quiser ler mais, pode ler aqui mesmo. Esse texto é só uma pequena atualização. Ano passado, com a vitória dos Steelers na decisão da AFC, o indicador já estava decidido antes mesmo do Super Bowl e o mercado foi de alta. Com isso, a precisão do indicador é de 74,12% contra 72,73% (pelas minhas contas) de altas do S&P 500 entre 1967 e 2009.

Com a vitória da outra exceção da AFC, os Colts, na decisão da AFC desse ano, a previsão é de alta para 2010 antes mesmo do Super Bowl. Pelos mesmos motivos expostos no meu texto anterior, essa informação sequer me faz pensar que o mercado tenha mais chance de subir do que se os Jets tivessem vencido os Colts e futuramente vencessem o Super Bowl. Essa história toda só serve como curiosidade.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Valor

Seria a Economia (ou o “Capitalismo”) um jogo de soma zero? Para que um lado (o produtor, por exemplo) ganhe, deve ganhar “às custas” do outro lado (consumidor, nesse exemplo)? O produtor “priva” o consumidor de seu dinheiro e o consumidor “priva” o produtor de seu produto, sempre perde-se alguma coisa. A ideia parece fazer sentido, mas não tem.


Consumidores compram bens e serviços ("produtos", genericamente) porque os benefícios que extraem desse produto (benefícios de quaisquer e dos mais variados tipos) superam o preço que eles pagaram. As pessoas podem atribuir um valor monetário que represente o máximo que estariam dispostos a pagar por um certo produto e só o comprariam se o preço for inferior a esse valor (embora, na realidade, comprem produtos a um preço superior ao benefício, por diversos motivos). Os produtores comercializam seus produtos a um preço superior ao custo, senão, seria preferível não vender seus produtos (na verdade, continuam a produzir e vender se, com isso, os custos variáveis são cobertos). À soma desses dois componentes (excedente do consumidor e lucro do produtor) atribui-se o nome de valor, o valor que a transação gerou para a sociedade. Expressando de uma outra forma, Valor = Benefício – Custos. Porque os consumidores compram produtos que lhe trazem benefícios que superam os custos incorridos na produção/prestação dos produtos, a Economia não é um jogo de soma zero.


Esse conceito simples implica uma série de importantes ideias. Uma é que a empresa pode ter vantagens sobre seus concorrentes se oferece um benefício maior aos clientes ou se possui um custo menor e com isso cria mais valor do que seus concorrentes (conceito de vantagem competitiva e estratégias genéricas de Porter). Ou seja, uma empresa deve melhorar seu produto de forma a aumentar a satisfação do cliente ou pode procurar ganhar eficiência para reduzir custo (em determinado ponto, as duas decisões acabam se tornando conflitantes).


Um negócio deixa de existir se não cria benefícios que superem os seus custos (pense na antiga máquina de escrever ou na promessa do carro elétrico, que ainda não existe). Uma empresa em particular pode deixar de existir se não investiu em oferecer benefícios suficiente (possui um produto ou serviço obsoleto) ou por ter um custo muito elevado. Uma tecnologia predominará não só porque cria mais benefícios (é “melhor”) ou porque é mais barato, mas por uma combinação dos dois (apesar de, como dizem, a qualidade de som do vinil superar a do CD, o CD é muito mais barato).


Todo negócio existe (inclusive os imorais e ilegais) porque alguma parte da sociedade valoriza os seus produtos acima dos custos incorridos, porque um consumidor paga menos pelo produto do que vale para ele e porque um produtor consegue vender a um preço acima do custo. Individualmente, uma pessoa consome um produto porque isso cria alguma satisfação, que pode não ser tão clara ou bem definida (Theodore Levitt descreveu o serviço de abastecimento de carro como a compra do direito de continuar a dirigir o carro) e as pessoas escolhem a alternativa que lhes cria mais valor (melhor relação Custo/Benefício, da forma mais comumente usada).


O conceito encontrou uma breve aplicação no artigo aqui comentado de Michael Jensen e será utilizado em outras ocasiões.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Romantismo e Consumo

Artigo: Blatant Benevolence and Conspicuous Consumption: When Romantic Motives Elicit Strategic Costly Signals (Benevolência espalhafatosa e consumo conspícuo: quando motivos românticos produzem sinalizações estratégicas custosas)
Vladas Griskevicius, Joshua Tybur, Jill Sundie, Robert Cialdini, Geoffrey Miller e Douglas Kenrick.
Journal of Personality and Social Psychology. Volume 93. Nº.1 2007

Apesar do artigo ser de Psicologia, tem algumas implicações econômicas interessantes. Trata de analisar as decisões de consumo em bens de luxo e de filantropia em função de gênero e de emparceiramento (tradução feia, mas adequada, de mating). A ideia é que essas decisões são influenciadas pelo que na zoologia se chama de “sinalização custosa”, o comportamento dos animais de produzirem sinais custosos (obviamente que não em termos de dinheiro, mas de tempo, de energia, risco etc.) para sinalizarem seus melhores prospectos reprodutivos (não sei até que ponto esses termos influenciaram ou foram influenciados pelas teorias de Informação Assimétrica na Economia).

Diversas teorias estudam a filantropia, procurando motivos egoístas para tal comportamento. Uma teoria enquadra a filantropia na Teoria dos Jogos, dizendo que, em um jogo repetitivo, as pessoas procuram ajudar as outras esperando que em “rodadas” subseqüentes, se eles precisarem de ajuda, serão ajudados. A hipótese do artigo é a de que a filantropia serviria para sinalizar riqueza, status e prospectos reprodutivos, algo que não é novo (os autores citam esse comportamento em tribos indígenas).

São apontadas quatro condições para existir a sinalização custosa: 1) Deve implicar custos em termos de recursos econômicos, tempo, energia, risco ou outro sacrifício relevante; 2) Deve ser observável por outros; 3) O sinal traz algum benefício para quem emite o sinal; 4) O sinal indica características desejáveis de se encontrar no emissor. (tornei mais geral esses conceitos que se referiam a emparceiramento). A filantropia pode sinalizar dois fatos: que a pessoa tem recursos e que tem uma personalidade pró-social. Essas duas características são desejáveis em um parceiro, mas pode ser mais ou menos desejável dependendo do gênero da pessoa que, digamos, recebe o sinal. Analisar essas atratividades relativas é o objetivo do artigo.

Doar dinheiro é uma boa maneira de sinalizar que a pessoa tem dinheiro. Outra, mais comum, mais prazerosa e mais efetiva é gastar em compras caras e desnecessárias (a isso dá-se o nome de consumo conspícuo). Não é machismo de minha parte ou da parte dos autores (grupo que inclui uma mulher) fazer a hipótese de que as mulheres valorizam mais demonstrações de riqueza do que os homens. O senso comum e evidências empíricas (não apresentadas aqui)indicam isso também. (Goethe escreveu uma parte autocensurada do Fausto que trata disso também). A pessoa também pode demonstrar personalidade pró-social de outras maneiras além da doação em dinheiro, com trabalho voluntário, por exemplo. Qual gênero valoriza mais esses traços no outro não é uma questão tão resolvida. Ambos os gêneros possuem razões para valorizar esse comportamento caritativo no gênero oposto. Em outro texto, citei um artigo que afirma que mais mulheres trabalham no terceiro setor e analisa os motivos, e sinalizar comportamento para os homens não era um deles. A pesquisa procura terminar as atratividades relativas de cada comportamento.

A pesquisa foi feita com base em vários estudos. O primeiro estudou o comportamento de um grupo de pessoas “românticas” e um grupo de controle. No primeiro grupo, são mostradas fotos de pessoas atraentes do sexo oposto e é pedido para a pessoa imaginar ter um encontro com a pessoa mais atraente. Ao grupo de controle foram mostradas imagens de uma paisagem urbana e pedido ao participante que descrevesse a condição de tempo mais agradável para se passear nessa paisagem. Aos dois grupos, foi pedido que indicassem quanto a pessoa estaria disposta a gastar em cinco tipos de produtos como um novo carro ou férias na Europa. Foi pedido também que a pessoa imaginasse ter 60 horas mensais de tempo livre e que indicassem quanto tempo estaria disposta a utilizar em trabalho voluntário e em qual tipo de trabalho. O grupo 1 não deve considerar a pessoa do “encontro ideal” na resposta às perguntas, já que, na aplicação da pesquisa, foi dito aos participantes que a imaginação do encontro e as perguntas que testam as hipóteses são independentes.

As evidências indicam que os homens do grupo 1 (que imaginaram um encontro) gastaram significativamente mais do que os homens do grupo 2 e que não há diferença significativa entre mulheres. No trabalho voluntário, ocorreu o contrário, com mulheres do grupo 1 mais dispostas a utilizar o tempo em trabalho voluntário do que mulheres do grupo 2 e não havendo diferença significativa entre os homens.

O segundo estudo objetiva analisar se o comportamento dos homens não é dirigido a qualquer tipo de consumo (ou seja, os homens do grupo 1 gastam mais em qualquer coisa, e não apenas em bens de luxo) ou se as mulheres do grupo 1 se voluntariam mais em qualquer situação ou apenas em público. Pela teoria da sinalização custosa, os homens do grupo 1 devem gastar mais em produtos de luxo e as mulheres do grupo 1 devem se voluntariar mais de uma forma que outros vejam. Esse estudo foi parecido com o anterior (com diferenças metodológicas, mas mesma idéia), mas incluindo bens que não sejam de luxo (folha de papel, por exemplo) para estudar o consumo e atividades caritativas que não sejam visíveis publicamente (como postar uma carta que tenha caído da caixa do correio), dessa vez, medindo a disposição a ajudar, não o tempo gasto. Em todos os casos, no Estudo 2, foram perguntadas a disposição a pagar e a disposição a ajudar comparado com os estudantes da Universidade (os participantes do estudo 2 e os subseqüentes eram estudantes que, vejam só, tinham que responder a pesquisa como requisito da matéria).

Os resultados do Estudo 2 foi a de que os homens do grupo 1 realmente gastam mais em consumo de luxo do que o grupo 2 e que o grupo 1 na verdade gasta menos em produtos não-conspícuos do que o grupo 1. Logo, rejeita-se a hipótese de que homens do grupo 1 gastam mais do que o grupo 2, independente do que for. Para as mulheres, o consumo dos dois grupos não difere significativamente em nenhum dos casos. O estudo da benevolência obteve os resultados esperados (a benevolência das mulheres do grupo 1 se deve à benevolência conspícua e não há efeito nos homens).

Há um grupo de atitudes benevolentes muito associado a homens, que é o heroísmo. A priori, os homens não agem heroicamente para conquistar mulheres, mas certamente que isso pode favorecê-los. Para mulheres, por outro lado, heroísmo não é, a priori, uma qualidade procurada pelos homens nas mulheres. Além disso, há um tipo de consumo que pode ser utilizado não para sinalizar riqueza, mas personalidade pró-social, que é doação em dinheiro. Um terceiro estudo procura determinar o comportamento dos homens e das mulheres sobre esses tópicos.

O Estudo 3 é parecido com o 2, incluindo cinco situações heróicas (como enfrentar dois ladrões armados que estão roubando uma casa) e consumo filantrópicos (doar dinheiro para vítimas de desastres naturais, por exemplo). Os resultados confirmam que os homens são mais heróicos do que as mulheres nos dois grupos e os homens do grupo 1 estão mais dispostos a agir heroicamente do que os homens do grupo 2. Consumo filantrópico afeta tanto homens quanto mulheres (lembrando que filantropia de outras maneiras não afetavam os homens), mas ainda afeta mais as mulheres.

Insatisfeitos com os resultados da benevolência masculina, que só se manifestou no heroísmo, os autores fizeram mais um estudo. Bondade e generosidade são traços desejáveis nos homens, e isso deveria se manifestar de algum modo. O teste agora é se incluir atitudes generosas de maior prestígio são mais ou menos desejáveis pelos homens. Cuidar de sem teto ou de crianças carentes é uma atitude pública, mas não muito amplamente divulgada. Fazer o que as celebridades fazem, por outro lado, é. O Estudo 4 inclui atitudes desse tipo nas questões, assim como questões sobre atitudes que indiquem assertividade e liderança (como fazer um discurso sobre uma boa causa para uma platéia hostil). Os resultados indicam que os homens do grupo 1 ajudam significativamente mais do que os homens do grupo 2 na situação de filantropia prestigiosa. Indicam ainda que os homens do grupo 1 são mais propensos a ajudar nas situações que indiquem assertividade e liderança do que não apenas os homens do grupo 2, mas também do que as mulheres.

A Economia e as Finanças “tradicionais” (não gosto dessa expressão, mas vá lá) não ignoram questões como essa. Apenas não se manifestam sobre elas. Supõem que as pessoas seguem uma determinada função utilidade, mas fazem poucas suposições sobre essa função utilidade. Os resultados desse artigo indicam, traduzidas no jargão econômico, que romantismo afeta a função utilidade em algumas situações e afeta homens e mulheres de maneira diferente.

As evidências também indicam vieses que as pessoas podem estar sujeitas. Cabe dizer que o artigo examinou as decisões de consumo e de filantropia em termos de romantismo, mas nada fala da efetividade dessas estratégias de sinalização custosa. Nem que o custo da sinalização supera o eventual benefício. Uma pessoa pode se perguntar se algum romantismo de sua parte está afetando as suas decisões e se vale a pena os custos dessa sinalização.

Uma última nota. A escola comportamental procura contribuições de outras ciências para o estudo da Economia. Isso pode trazer uma série de contribuições para melhorar o entendimento da Economia, mas pessoalmente tenho minhas dúvidas que torne a Economia mais “humana” ou menos lúgubre, a se ver a linguagem desse e de outros artigos.

domingo, 10 de janeiro de 2010

Fluxo de Caixa Negativo

Em uma avaliação que vi recentemente, fez-se uma análise de sensibilidade que mostrou que quanto maior a taxa de desconto, maior o valor da empresa. Quanto maior o desconto, maior o valor? Como isso é possível?

O problema dessa avaliação foi ter adotado fluxos de caixa negativos para a empresa, representando pagamentos de contingências futuras, sendo que há caixa disponível para pagar essas contingências.

Ao estudar avaliação de empresas, pensa-se aprender diversos modelos de fluxo de caixa descontado. Na verdade, são modelos quase idênticos que deveriam dar o mesmo resultado. Normalmente, começa-se o aprendizado pelo modelo de desconto de dividendos, passando pelo modelo de desconto de fluxos de caixa ao acionista e depois para o modelo de desconto de fluxos de caixa da empresa (existem ainda o APV, EVA e outros modelos, menos ensinados). Os dois primeiros modelos derivam da mesma idéia, descontar fluxos de caixa recebidos pelos acionistas, só diferindo em como se calcula esses fluxos. No primeiro modelo, presume-se, em geral, que os dividendos passados são uma boa base para os dividendos futuros e o que se faz é estimar como os dividendos crescerão. Esse modelo pode ser adaptado para incluir outras formas de devolver dinheiro aos acionistas (recompra de ações, por exemplo). No segundo, estima-se o quanto a empresa poderia pagar de dividendos e presume que pagará o máximo que puder após as necessidades de reinvestimento. Mas, no fundo, derivam da mesma idéia, trazer a valor presente fluxos de caixa que serão recebidos pelos acionistas.

Essa é a idéia de um fluxo de caixa positivo. Qual é a de um fluxo de caixa negativo? Mutantis mutandis, é a mesma. Mas, faz sentido um dividendo negativo? Claro que não, mas a idéia seria a de que os acionistas teriam que fazer um aporte na empresa nessa situação. Ao invés de receber da empresa, o acionista deve pagar à empresa uma certa quantia.

Fica mais claro pensando em uma empresa desde o início. Imagine que o empreendedor aporte $2.000 (fluxo de caixa negativo em d0) e invista $1.500 em equipamentos e capital de giro em d0, o restante ficando em caixa. Em d1, há um fluxo de caixa negativo calculado em $200, o caixa sendo reduzido para $300 para pagar seja lá o que tornou o fluxo de caixa negativo. Quanto o empreendedor recebe em d1? Se a empresa fizer o certo, não pagará dividendo algum, não tendo gerado resultado algum em d1. Mas saiu dinheiro do bolso do empreendedor? Também não. O fluxo de caixa ao acionista é zero em d1: ele nem recebeu dinheiro da empresa, nem teve que aportar.

Se o empreendedor tivesse aportado $1.500 em d0, teria que aportar mais $200 em d1 de forma a pagar seja lá o que tenha tornado o fluxo de caixa negativo, se não, a empresa fica inadimplente e pode ser decretada sua falência. Nessa situação, faz sentido usar o fluxo de caixa negativo.

O mesmo se aplica para todas as empresas. O que confunde é pensar no fluxo de caixa que será usado no modelo de avaliação como o fluxo de caixa que a empresa tem. Não: é o fluxo de caixa do acionista. Não importa o quanto entra ou sai do caixa da empresa, e sim o quanto entra ou sai no bolso do acionista (dois conceitos obviamente relacionados, mas distintos).

No exemplo mote desse texto, seria possível utilizar fluxos de caixa negativos. Porém, seria necessário mudar a situação projetada. No primeiro fluxo de caixa, a empresa distribui todo o caixa disponível. No segundo fluxo de caixa, não tendo dinheiro para pagar o passivo, terá que receber um aporte do acionista, nessa situação havendo um fluxo de caixa ao acionista negativo. Além disso, na situação projetada inicialmente, a taxa de desconto que deveria ser utilizada é 100% do CDI, já que os rendimentos tomam como base 100% do CDI e os passivos possuem valor certo, livre de incerteza (as contingências são “quase certas” que virarão despesas e seu valor, pelo que consta, não muda).

Nesse caso específico, talvez seja possível que uma taxa de desconto maior (aumentos no CDI) resulte em valor maior para a empresa, já que todo o rendimento toma como base o CDI, as despesas são fixas, a base de rendimentos vai diminuindo e os fluxos têm tempo de vida curto. Mas isso não está em contradição com a idéia bem estabelecida de que custo de capital mais elevados diminuem o valor da empresa. Essa redução de risco está relacionada com o risco: um ativo que covarie com a situação econômica traz risco ao investidor, já que, em uma recessão, sua perda será dupla (a situação econômica lhe deixará mais pobre e ainda há a perda de valor dos seus investimentos) e, por isso, esse investimento deverá ter taxa de retorno exigida maior e, conseqüentemente, menor preço (a taxa de retorno é maior porque o preço é menor). Mas não há relação entre a magnitude dos fluxos de caixa e o custo de capital (o fluxo de caixa, a priori, não é afetado por maior ou menor aversão a risco). No exemplo, é possível que maior taxa de desconto resulte em maior preço já que maior taxa de desconto (nesse caso) implica maiores fluxos de caixa.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Retrospectiva

Na 200ª postagem, uma breve retrospectiva do que já foi publicado aqui.

Investimentos
Investidor Pessoa Física: Análise de diversos artigos, estudando vieses comportamentais desse tipo de investidor. Na minha opinião, o melhor texto aqui publicado.

Hipótese de mercados eficientes, texto geral e análise de artigo: Não é vilã da crise e muito menos uma ideia amplamente aceita e aplicada. Na verdade, a denominei de mais antipática das teorias de finanças.

Ouro, sem e com custos de transação: Bom para diminuir o risco da carteira, mas um pouco incômodo de se investir.

Ações nem sempre são melhores no longo prazo: Ainda devo uma abordagem mais rigorosa, até como uma homenagem ao finado Paul Samuelson.

Especulação: Uma boa análise do significado dessa palavra muito usada e pouco entendida.

Quem joga no mercado?: Artigo interessante sobre ações-loterias.

Ações pecadoras: Retorno esperado maior, mas maior risco também.

Índices Acionários
História do Ibovespa: Estou trabalhando em um texto ainda melhor, colocando todas as empresas que já fizeram parte do Ibovespa e o que aconteceu com cada uma.

História do Dow Jones Industrial Average

Valuation
Fundamentos de avaliação de empresas: Apenas o básico.

Avaliação Relativa (por múltiplos): Enganosa simplicidade.

Valor de mercado menor do que valor contábil: Pechincha? Não necessariamente.
.
βeta: O que é, exatamente? A principal idéia é a de risco incremental: o Beta é uma medida do quanto acrescentar determinada ação aumenta ou diminui o risco de uma carteira bem diversificada.

Origem do WACC: Ezra Solomon foi o primeiro a escrever sobre o WACC, sobre o conceito, a fórmula e quase criou a sigla. Além disso, para que serve e como não utilizar o WACC.

Opções e valor da empresa: Ter opções bastante negociadas aumenta o valor da empresa.

10 maneiras de gerar valor para o acionista: Análise de artigo da Harvard Business
Review.

Aspectos práticos
Reajuste de proventos: Para quem sempre quis saber como os dividendos são reajustados, ai está a resposta. Estou trabalhando em uma versão mais sintética de se ajustar uma série, sem ter que criar uma coluna para cada proventos.

Por que preço não pode ser negativo: Por causa da responsabilidade limitada.

Objetivo das empresas
Série de artigos analisando qual deveria ser o objetivo da empresa. Um ou vários? Acionistas ou “público amplo”? Irei ainda adicionar textos sobre o papel do Estado (o principal é corrigir falhas de mercado), sobre entidades sem fins lucrativos (estou com dificuldades na pesquisa) e visões alternativas (algumas, de mundos alternativos) sobre o que foi exposto ao longo dessa série.

Ver ainda esse artigo.

Livros
Investidor Inteligente: Tecnicamente obsoleto, mas, ainda assim, interessante.

Investment Fables: Interessante não tanto pelo conteúdo das análises, mas pelo método de análise, como o Investidor Inteligente.

201 errores en la valoración de empresas: Livro muito útil e extremamente divertido de se ler, para quem entende de valuation.

Lucro Sujo, falácias da direita, falácias da esquerda e busca psicopata pelo lucro: Texto interessante de um livro de Economia para não economistas de um não economista analisado por outro.

Crise
Bônus: Duas visões, uma mais geral e outra com base em dados empíricos. Considero a segunda abordagem a mais adequada.

IPOs
Siglas e termos de IPOs: Pela sigla, o preferível é usar IPO no feminino (a oferta pública inicial). Não confundir IPO com OPA: um é venda o outro é compra.

Informações das IPOs: Em constante atualização

Santander: Contrariamente ao que o resto do Universo acha, não considero a oferta pública feita pelo Santander em 2009 uma oferta inicial.

Curiosidades
Petrobras ou Petrobrás: Sem acento, conforme Estatuto Social da empresa.

Comportamento econômico das mulheres: Vários artigos comentados.

Futuro
Pretendo escrever para 2010:

Análise de uma carteira que investe apenas em IPOs para vender no primeiro dia

Acrescentar textos ao marcado “Objetivo das Empresas”.

Ações no longo prazo: Abordagem mais rigorosa de um tema já desenvolvido aqui. Inclui textos do Paul Samuelson. Pretendo incluir um comentário sobre a “superioridade moral” atribuída aos investidores de longo prazo.

Valor de Mercado vs Valor Contábil: Ou: por que o valor de uma empresa deriva das expectativas futuras, não do passado.

Todas as empresas do Ibovespa: Listagem de todas as empresas que já fizeram parte do Ibovespa e o que aconteceu com as que não estão mais no índice ou sequer listadas na BMF Bovespa.

Crise Financeira Global: Um texto sobre a crise financeira global, mais com links para outros textos meus ou de outros do que um texto próprio.

Salários e...: Comentário de vários artigos analisando o efeito de fatores como beleza, estatura e consumo de álcool com salários.

Literatura: O que alguns livros de ficção têm a ver com os assuntos aqui abordados? Já pensei em: Memórias do Subsolo (racionalidade), Um Conto de Natal (objetivo das empresas) e Fausto (valuation).

Resenha de livros: Pretendo escrever sobre os seguintes livros: Economia da Estratégia (informalmente conhecido como Besanko), livros de Valuation, Moderna Teoria das Carteiras, Espírito Animal (preciso ler ainda) e, com muitíssima sorte, Asset Pricing.

Mudança no Ibovespa (Janeiro/10)

Mudanças de nome/código
Três empresas mudaram de nome e/ou código da última revisão (Setembro/09) para a atual composição (Janeiro/10): V C P (VCPA3) virou Fibria (FIBR3), Perdigão (PRGA3) virou Brasil Foods (BRFS3) e a Duratex antiga (DURA3 e DURA4) se fundiu com a Satipel formando outra Duratex (DTEX3). Essas três empresas, que já faziam parte do Ibovespa, continuam contando apenas como uma empresa cada no cálculo do número de empresas que já fizeram parte do Ibovespa.

Entraram
LLX Logística (LLXL3)
MRV (MRVE3)
OGX Petróleo (OGXP3)
PDG Realt (PDGR3)

Nenhuma dessas estiveram no Ibovespa antes. Todas são IPOs recentes, cxceto pela LLX (surgida da cisão da MMX). A MRV começou a ser negociada em 23/07/07 (junto com Açúcar Guarani, Kroton e Triunfo) e subiu 19,23% no primeiro dia. Da IPO até agora, subiu 65,86% e conta com ganho relativo ao Ibovespa de 1,19% a.m. A OGX abriu capital em 13/06/08, sendo a última IPO de 2008 e iniciando um período de mais de 12 meses sem IPOs. Foi uma oferta apenas para investidores qualificados, com alta de 8,31% no primeiro dia. Fez um desdobramento de 1:100 em 18/12/09 e já a partir do pregão seguinte a este (21/12/09) a ação começou a ser negociada no mercado fracionário. Desde a IPO, subiu 51,19% com ganho relativo ao Ibovespa de 2,17% a.m. Por fim, a PDG abriu capital em 26/01/07, fechando o primeiro dia sem variação. Sobe 27,60% desde a IPO com perda relativa ao Ibovespa de 0,56% a.m.

A LLX começou a ser negociada no dia 28/07/08 como cisão da MMX, os acionistas da MMX recebendo uma ação da LLX para cada ação da MMX. O preço da LLX na cisão foi de 3,98 e a ação sobe 154,02% desde a cisão.

Duas dessas empresas (LLX e OGX) pertencem a Eike Batista, que também teve a sua MMX inclusa no índice em Setembro/09. O empresário começou 2009 sem nenhuma empresa no índice e começa 2010 com três, só faltando (dentre as que atualmente possuem capital aberto) a MPX Energia, que vem tendo um mau desempenho na bolsa (cai 53,92% desde a IPO).

Saíram
Aracruz PNA (ARCZ6)
Brasil Telecom Participações PN (BRTP4)
Celesc PNB (CLSC6)
Comgás PNA (CGAS5)
Nossa Caixa (BNCA3)
Sadia PN (SDIA4)
Além, dos casos já citados, VCPA3, PRGA3 e DURA4.

A Aracruz entrou no Ibovespa pela primeira vez em Janeiro/89 e no índice continuou até ser incorporada pela Fibria. A Brasil Telecom Participações entrou pela primeira vez em Maio/00 (na época, denominada Tele Centro Sul) logo após a privatização da Telebrás. Sai agora incorporada pela Brasil Telecom, que, por sua vez, será incorporada pela Telemar/Oi no futuro. Na incorporação, cada BRTP4 foi trocada por 0,9096173 BRTO4 e 0,1720066 de BRTO3, e, justamente por essas 0,17 BRTO3 recebidas para cada BRTP4, a BRTO3 passou a fazer parte do Ibovespa pela primeira vez. A BRTO3 entrou no Ibovespa sem ter sido em uma revisão quadrimensal e sai na primeira oportunidade (agora) por baixa liquidez. Mais uma história complicada (nem tanto) de duas empresas que gostam de histórias complicadas.

A Nossa Caixa entrou no índice em Janeiro/08 e sai agora por conta da OPA realizada pelo Banco do Brasil (já não fazia parte do Ibovespa antes da revisão). A Celesc entrou no índice em Janeiro/98 e sai agora por baixa de liquidez. A Comgás entrou no índice em Setembro/01. Desde a revisão de Setembro/08 vinha amargando a “lanterna” das participações dentro do Ibovespa e agora sai por baixa liquidez, deixando a última posição para Tim Participações ON (TCSL3). A Sadia havia estado no Ibovespa como três empresas, Sadia Concórdia (Maio/79 – Maio/98), Sadia Joaçaba (Maio/81-Janeiro/84) e como Sadia, entrando em Setembro/05 e saindo agora, por conta da incorporação pela Brasil Foods.

Número de empresas
Com isso, o número de empresas que já fizeram parte do Ibovespa passa para 318.

Maiores pesos
Petrobras PN: 12,556%
Vale PN: 11,667%
Itaú Unibanco PN: 4,713%
BMF Bovespa: 4,349%
Gerdau PN: 3,788%
Bradesco PN: 3,664%
Vale ON: 3,238%
Petrobras ON: 3,151%
Usiminas PNA: 3,069%
CSN ON: 2,765%

Somadas, essas ações representam 52,96% do índice (na revisão anterior, as 10 ações com maior peso representavam 57,529% do índice).

Para fazer a classificação das 10 empresas com maior peso, conta-se Petrobras e Vale como duas empresas com quatro ações e inclui-se:

Itaúsa PN: 2,576%
Fibria ON: 2,266%

Contando Itaú Unibanco e Itaúsa como uma, inclui-se:

Banco do Brasil ON: 2,177%

Peso das IPOs
A participação somada das empresas que abriram capital desde a IPO da Natura é de 16,495% (era 13,492% na revisão anterior).

sábado, 2 de janeiro de 2010

Mensais: Índices Internacionais (Dez/09)

Maiores altas (mês)
Turquia: 16,48%
Sri Lanka: 16,21%
Japão: 12,85%
Costa Rica: 10,37%
Chile: 10,25%

Ibovespa: 45º lugar (maior alta – maior baixa)
Altas 67/98

Maiores altas (ano)
Rússia: 128,62%
Sri Lanka: 125,25%
Argentina: 114,95%
Cazaquistão: 100,96%
Turquia: 99,35%

Ibovespa: 10ª maior alta
Altas: 79/98

Maiores altas (12 meses)
Igual a Maiores alta (ano)

Ibovespa: 8º (Maior Alta – Maior Baixa)
Altas: 74/97

Maiores altas (Dez/04)
Mongólia: 953,56%
Malawi: 783,48%
Cazaquistão: 729,04%
Montenegro: 455,02%
Peru: 277,83%

Ibovespa: 10ª maior alta
Altas: 64/90

Maiores baixas (mês)
Macedônia: -15,23%
Emirados Árabes: -7,05%
Irã: -6,33%
Bulgária: -5,42%
Eslováquia: -4,92%

Maiores baixas (ano)
Bermudas: -39,35%
Nigéria: -33,77%
Costa Rica: -31,75%
Eslováquia: -25,67%
Moldava: -21,41%

Maiores baixas (12 meses)
Igual Maiores baixas (ano)

Maiores baixas (5 anos)
Islândia: -84,36%
Irlanda: -52,00%
Bermudas: -35,40%
Letônia: -32,55%
Bulgária: -31,67%

Maiores sequências:
Altas: Israel(10).
Baixas: Ilhas Fiji (6)

Desvio-padrão (mensal)
S&P 500: 4,55%
Brasil: 7,30%
Rússia: 11,32%
Índia: 8,58%
China: 10,52%

Fontes: http://rapidshare.com/files/315520183/Descricao_Indices.xls

Datas importantes e/ou curiosas
15/01: 11 anos da maior alta do Ibovespa em um dia no Plano Real (34,11%).
16/01: 109 anos de fundação da Gerdau
26/01: 15 anos de listagem da Cia. Hering.
30/01: 70 anos de fundação da Eternit