terça-feira, 30 de junho de 2009

Mensais: Bovespa (Junho/09)

Ibovespa (2009): +37,06%
Ibovespa (12 meses): -20,84%
Ibovespa(topo): -30,38%

Ibovespa:
Maiores altas (2009):
RSID3: 121,26%
BVMF3: 99,68%
CYRE3: 63,64%
USIM3: 63,45%
CSNA3: 60,72%

Maiores altas (12 meses)
BNCA3: 81,88%
NATU3: 66,14%
LIGT3: 40,50%
CRUZ3: 33,07%
AMBV4: 31,04%

Maiores baixas (2009)
BRTP3: -42,29%
VCPA4: -23,30%
BRTP4: -12,06%
KLBN4: -8,60%
EMBR3: -7,49%

Maiores baixas (12 meses):
ARCZ6: -74,92%
VCPA4: -68,10%
SDIA4: -57,84%
GOAU4: -48,60%
CSAN3: -48,29%

Amostra de 162 ações:
Maiores altas em 5 anos
TELB4: 1.987,17%
FBMC4: 1.499,08%
CMGR3: 1.262,10%
CEEB3: 1.127,14%
SULT4: 1.116,99%

Maiores baixas 5 anos
KEPL3: -97,17%
ESTR4: -80,42%
VPTA4: -74,22%
ARCZ6: -64,40%
VIVO4: -56,62%

Maiores sequências (162 ações)
Alta: CEPE5: 8 meses
Baixa: BDLL4: 5 meses

Datas importantes e/ou curiosas:
03/07: 13 anos de listagem da Comgás
11/07: 52 anos de listagem da Souza Cruz.
11/07: 1 ano do topo histórico do Petróleo Tipo Brent (US$ 145,49)
14/07: 10 anos de listagem da AES Tietê

Fontes:
Agência Estado/FINANsite
Planeta Dinheiro (www.pladin.com.br)

segunda-feira, 29 de junho de 2009

IPO da Visanet

Algumas informações da IPO da Visanet. O texto sobre IPOs (marcador “Todas as IPOs”) foi atualizado contando com essa oferta. O texto sobre a Visanet enquanto companhia fechada também foi modificado (e reclassificado em “perfis de empresas”).

Informações Básicas
Data: 29/06/2009
Preço: 15,00
Rateio: 38,35%
Volume da Oferta: R$8.397 milhões (número preliminar), é a maior de todas.
Nível de Governança: Novo Mercado
Natureza da Oferta: Secundária
Coordenador-líder: Bradesco BBI

Um comentário sobre o rateio proporcional: li que assim seria no prospecto mas, de início, imaginava que por proporcional deveríamos entender fixo mais proporcional pois, até então, de memória, não me recordava de oferta que tenha sido apenas proporcional. Depois, vendo os registros que tenho sobre IPOs e checando algumas informações, constatei meu erro inicial.

Apenas três ofertas, antes da Visanet, tiveram rateio apenas proporcional, Gol, Grendene e Dasa. As ofertas da Natura e da CPFL também teriam esse rateio, mas não houve rateio nessas ofertas. A ALL também usaria rateio proporcional, não sei se o fez. Todas essas ofertas foram realizadas em 2004. Em Dezembro de 2004, na oferta subseqüente (“follow on”) da Suzano Petroquímica (hoje Quattor) introduziu-se o rateio igualitário sucessivo (um valor fixo máximo para todos). Leia mais aqui.

Variação no primeiro dia
Abertura: +13,33%
Máxima: 15,67%
Mínima: +10,00%
Fechamento: +11,80%
28º maior variação (Maior valorização – Maior Desvalorização)
Dinheiro deixado na mesa: R$ 991 milhões (preliminar), 4ª maior.

Informações Contábeis/Mercado
Valor de mercado (@15): R$20.471.757 mil
P/L (@15): 16,90
P/VPA (@15): 128,70

O lucro usado é o lucro ajustado dos doze últimos meses (Abril 08 – Março 09). O lucro ajustado de 2008 exclui a receita extraordinária com a venda das ações da Visa Internacional no montante de R$502.900 mil (multiplicado por 66% para desconsiderar o efeito fiscal) e também outros efeitos extraordinários (explicados no prospecto).

Lucro Líquido 2008: 1.393.843
Ajustes 2008: -368.300 (Receitas Líquidas Extraordinárias)
Lucro Ajustado 2008: 1.150.765

Lucro Líquido 1T09: 333.199
Lucro Líquido 1T08: 604.178
Efeitos extraordinários 1T08: 502.900 (Receita Extraordinária)
Lucro Líquido 1T08 Ajustado: 272.264
Lucro Líquido 12 meses: 1.211.700

No meu texto original sobre a Visanet avaliei que essa empresa deveria valer 1,2 vezes a Redecard, com base no múltiplo P/L, controlando pelas diferenças por razão de distribuição de dividendos (em 2008, 100% para Visanet e 83% para Redecard) e assumindo que o restante (risco e crescimento) seja igual. Se for usado uma média das razões de distribuição de dividendos nos últimos 4 anos, ao invés de 1,2, o multiplicador deveria ser 1,12 (100% para Visanet, 90% para Redecard). Sinceramente não sei qual é o mais adequado e o P/L a mercado ficou 1,08 vezes o da Redecard (18,89 x 17,41).

Para finalizar, comentário sobre algumas análises e “análises” feitas sobre a Visanet.

“Dívida/Patrimônio Líquido” = 2,74. Não acho que securitizações no exterior devam ser consideradas como dívida, até porque tem securitizações no exterior a receber que quase equivalem as securitizações a pagar.

“Capital de Giro Líquido = -R$ 186.195 mil.” A pergunta é: “...e aí?”. É proibido a empresa ter menos ativos circulantes do que tem passivo circulantes?

“P/L de 18 (sic) está caro, mas barato em relação às outras IPOs”: O que indica que está barato ou caro? Está escrito em algum livro sagrado um P/L de corte (15, geralmente) que indica que a empresa está cara? Já li muitos livros (profanos) sobre o assunto, e nunca vi nada do gênero.

“Os atuais acionistas limparam o caixa e distribuíram os dividendos antes da oferta”: No final das contas, a relação de distribuição de dividendos é 100%. Distribuiu 100% no primeiro trimestre de 2009, também o fez em 2008 acrescido de lucros acumulados dos anos anteriores. Somando o dividendo sobre lucros acumulados em 2008 e o dividendo em 2007, chega-se ao lucro líquido de 2007. Pode-se discutir se essa é uma política de dividendos sensata, mas não tem errado, a priori, com ela. A AES Tietê, por exemplo, que sequer começou a ser listada via IPO (surgiu da cisão da Cesp), desde 2006 distribui 100% dos lucros e desde 2003 distribui 95% ou mais dos lucros.

“A queda no lucro talvez seja por conta de parte das receitas da empresa serem financeiras”: A queda no lucro no primeiro trimestre de 2009 frente mesmo período de 2008 foi por conta de efeitos extraordinários que aumentaram o lucro de 2008.

Não vi em lugar algum, mas esperava ler algum comentário estupefato sobre o P/VPA de 128,70. O Retorno sobre o Patrimônio Líquido, por sua vez, é de 761,78%. Divida o primeiro pelo segundo que chegar-se-á ao P/L (faça o mesmo sem números e verá que é óbvio que isso aconteceria). Seja lá o que alguém possa achar da relação P/L, deve achar a mesma coisa olhando o P/VPA. Não existe essa de “olhando o P/L está barato, mas vendo o P/VPA está caro”.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Mercados Eficientes

Nos meios acadêmicos, a hipótese de mercados eficientes (EMH) vem sendo discutida intensamente há quase 30 anos (adotando o artigo de Fama publicado em 1969 como marco didático). Curiosamente, não se chegou a nenhuma conclusão definitiva, o que não é algo negativo. O é o mal entendido generalizado entre as pessoas, que tiveram ou não um mínimo de contato com o assunto.

A dita eficiência do mercado está associada à incorporação das informações disponíveis no preço dos ativos. Uma hipótese forte (não confundir com a taxonomia a ser explicada) é a de que preços refletem integralmente as informações disponíveis. Uma hipótese mais flexível é a de que os preços refletem as informações disponíveis apenas até o ponto em que os custos marginais de aquisição de informação e de transação se igualem aos benefícios marginais (Michael Jensen)

É importante tornar mais específica a discussão. Podemos afirmar que existem mercados eficientes e ineficientes ou falar em graus de eficiência. O mercado para uma ação publicamente negociada, com grande liquidez e acompanhada por muitos investidores e analistas, será mais eficiente do que o mercado de um imóvel, com poucos possíveis compradores e nenhuma cobertura especializada. Podemos falar também na velocidade com que as informações são incorporadas, alta em mercados (mais) eficientes, baixa em mercados (mais) ineficientes.

A idéia dos mercados serem eficientes não implica que os ativos sejam corretamente precificados. É praticamente impossível que isso seja verdadeiro, já que sequer existe consenso sobre o valor dos ativos (dependendo do mercado, não há consenso do preço dos ativos). O que implica a eficiência informacional é que os desvios do preço em relação ao seu valor são aleatórios, e que nenhuma estratégia de investimento conseguirá lucros anormais (rentabilidade acima do custo de oportunidade) de forma consistente (ou seja, ao longo do tempo).

A hipótese de mercados eficientes também não supõe que os mercados sejam racionais (sim, são dois conceitos distintos). Supõe sim que haja investidores racionais buscando oportunidades na irracionalidade alheia.

Os testes dessa hipótese são de três formas, segundo a taxonomia clássica de Fama. Os testes da forma fraca discutem se as informações dos preços históricos estão contidas no preço atual. Os testes da forma semi-forte discutem se as informações públicas refletem-se no preço atual. Por fim, os testes da forma forte discutem se toda a informação (preços históricas, pública, privada e privilegiada) está refletida nos atuais preços. De forma geral, os testes corroboram as hipóteses fraca e semi-forte, mas não se pode afirmar que são evidências definitivas.

As conclusões não se limitam a sim ou não ou a graus. Há quem afirme (Lo e MacKinlay) que a hipótese não pode ser testada, já que não é bem definida e seus testes dependem de outras hipóteses, de forma que não sabemos mais o que exatamente está sendo testado. Outros (Grossman e Stiglitz) afirmam que é impossível que os mercados sejam eficientes, já que informação tem custo e se não tivesse retorno deixariam de ser procuradas, o que levaria à ineficiência informacional do mercado. Essa é a parte que acho mais interessante da EMH: para que exista, necessita de pessoas que a refutem. Um aparte relacionado: para que o valor dos ativos permaneça próximo aos seus valores “justos”, é necessário que haja compradores e vendedores procurando erros no preço dos ativos.

Algumas implicações disso tudo. Não parece que haja um consenso de que os mercados sejam eficientes, ao contrário do que os caçadores de culpados da crise financeira apregoam. Se tantas pessoas achassem que os mercados fossem eficientes, não haveria tantos investidores buscando lucros anormais no mercado. Não haveria tantos livros e cursos sobre análise técnica ou análise fundamentalista, tantos analistas e palpiteitos afins e nem tantas estratégias de investimentos alternativas. Ampliando a análise, seguros, derivativos e outros instrumentos financeiros não teriam o mesmo espaço que têm, seriam menos usados já que não haveria expectativas de ganhos anormais. Se há consenso de que os mercados são eficientes, há consenso de que a melhor estratégia de investimento é a indexação com mínima movimentação, o que definitivamente não é o caso (é raro ver um conselheiro de investimento sugerir o investimento em um insosso fundo ou ETF passivo).

Também, concluir que os mercados são ineficientes não é carta branca para qualquer operação de investimento. Ou seja, basear uma operação em informações públicas como comprar ações porque saiu uma notícia positiva, ou porque o balanço deu lucro ou porque tem um “segredo” que só você sabe não me parece uma operação auspiciosa. É sempre salutar o investidor perguntar se os outros estão vendo o que ele vê sobre certo ativo/mercado.

Por fim, tal como acontece com empresas, a capacidade de gerar retornos acima do custo de capital depende das vantagens competitivas do investidor. Se os mercados forem minimamente eficientes, a maioria dos investidores não conseguirão esse objetivo, muito menos utilizando informação pública. Cada investidor deveria perguntar a si mesmo qual é a sua vantagem competitiva sobre os demais participantes do mercado tal como um empreendedor se perguntaria antes de abrir um negócio.

Livros de Finanças Corporativas e de Investimentos geralmente tratam desse tema em um ou dois capítulos e podem ser uma boa referência. No site E-M-H há um bom material que serviu de guia para esse texto. Para os mais interessados e industriosos, na parte de bibliografia tem material “direto da fonte” na forma dos artigos que tratam do tema.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Deslistagen: Besc



Algumas informações podem estar desatualizadas e não corresponderem aos fatos como em Fevereiro de 2009 (quando houve a deslistagem).

Dados da empresa
Sede: Praça XV de Novembro 329 (Florianópolis – SC)
Fundação: 21/07/1962
Listagem: 09/01/1970 (registro na CVM)
Deslistagem: 04/03/2009
Motivo da deslistagem: Incorporação pelo Banco do Brasil
Presidente do Conselho de Administração: Alberto de Almeida Pais (70 anos, advogado e administrador, fez carreira no setor público).
Diretor-Presidente: Luís Mário Lepka (57 anos, contador formado pela FAE/PR, fez carreira no banco).
Diretor de Relações com Investidores: Jorge Mauro do Rego Mergulhão (58 anos, Contador pela pela Faculdade de Ciências Contábeis e Administrativas Moraes Júnior, fez carreira no banco).
Auditoria: KPMG (2007)
Atividade (segundo Notas Explicativas):
O Banco do Estado de Santa Catarina S.A. - BESC, organizado sob a forma de Banco Comercial, desenvolve suas operações de modo integrado com as demais empresas que compõem o Conglomerado Financeiro BESC.

Dados das ações
Código: BSCT3, BSCT5 e BSCT6.
Segmento de listagem na Bovespa: Tradicional
Ibovespa: Nunca fez parte
Tag Along: Não oferecia
Maior acionista: União Federal (95,75%).
Ações em circulação: 4,25% ON e 4,09% PN
Tudo isso antes da OPA, claro.

Dados Financeiros
Último Balanço: 30/06/08
Crescimento da CC (18 trimestres): +18,17% a.a.
Crescimento da CC (2 trimestres): +6,03%
Crescimento do Lucro (18 trimestres): +14,10% a.a.
Crescimento do Lucro (1 ano): -26,17%
Retorno sobre Patrimônio Líquido (5 anos): 10,81%
Retorno sobre Patrimônio Líquido (2008): 9,05%
Último prejuízo em 2005

Indicadores de Mercado (até Fev/09).
(como a ação ON não tinha liquidez, atribui o preço da PNB às ações ON, solução imperfeita, mas eficaz).
Valor de Mercado: R$510.038 mil
P/L: 26,47
P/VPA: 2,39
(Des)Valorização (base em Dez/08): 3,16%
(Des)Valorização (base Fev/08): -71,11%
Topo Histórico: Não encontrado
Desvio-padrão (60 meses): 26,26%
Desvio padrão Ibovespa (60 meses): 7,31%
Correlação com Ibovespa: 21,83%
Beta de regressão: 0,87

Informações das IPOs

Algumas informações sobre as aberturas de capital via oferta pública inicial (IPO) realizadas no Brasil a partir da oferta da Natura. Da lista divulgada pela Bovespa, exclui Tam e Santander Brasil. Ver aqui e aqui o porquê. As fontes são o site da Bovespa, os prospectos das companhias e a CBLC. Esse texto terá um marcado só para ele (“Todas IPOs”). Se for usar essas informações, cite as minhas fontes e tenha a bondade de me citar também.

Todas as IPOs
Data: Data do primeiro dia de negociações
Preço de Lançamento: Preço não ajustado.
Rateio: Valor em R$ + Proporcional em %
Variação no primeiro dia: Em parênteses, queda no primeiro dia.
É possível exportar esses dados para o Excel usando o “Texto para Colunas” separando por ponto e vírgula.

Empresa; Data; Preço; Rateio; Variação no primeiro dia
ABC Brasil; 26/09/07; 13,50; 152.806; 0,74%
ABnote; 27/04/06; 17,00; 2.924; 5,88%
Abyara; 27/07/06; 25,00; Não houve; 0,00%
Agra Incorp; 26/04/07; 8,50; Não houve; 6,47%
Agrenco; 25/10/07; 10,40; Não houve; (14,23%)
Aliansce; 29/01/10; 9,00; Não houve; (2,56%)
ALL Amer Lat; 25/06/04; 46,50; Não encontrado; 13,16%
Amil; 29/10/07; 14,00; Não houve; 16,21%
Anhanguera; 12/03/07; 18,00; 2.988; 21,39%
Arezzo; 02/01/2011; 19,00; 4.826; 11,84%
Autometal: 06/01/2011; 14,00; 4.998 + 39,36%; (5,36%)
Bematech; 19/4/07; 15,00; 3.945; 12,07%
BicBanco; 29/10/07; 11,50; Não houve; 9,91%
BMF; 30/11/2007; 20,00; 1.820; 22%
Bovespa Hld; 26/10/07; 23,00; 12.098; 52,13%
BR Brokers; 29/10/07; 950,00; Não houve; 13,68%
BR Malls Par; 05/04/07; 15,00; 4.995 + 0,2%; 5,33%
BR Properties; 8/03/10; 13,00. NH; (2,31%)
Brascan Res; 23/10/06; 16,00; 3.000 + 74,87%; 6,25%
BrasilAgro; 06/10/06; 1.000; Não houve; 0,00%
Brasil Insurance; 01/11/10; 1.350,00; Não houve; 27,41%
CC Des Imob; 31/01/07; 14,50; 2.262; (2,14%)
Cetip; 28/10/2009; 13,00; 27.885; (-9,54%)
Company; 02/03/06; 16,00; 1.760; 18,75%
Copasa; 08/02/06; 23,50; 3.971; 4,68%
Cosan; 18/11/05; 48,00; 5.000 + 3,49%; 15,83%
Cosan Ltd; 17/08/07; 21,05; Não houve; 0,29%
CPFL Energia; 29/09/04; 17,20; Não houve; 0,17%
CR2; 23/04/07; 20,00; Mão houve; (5,00%)
Cremer; 30/04/07; 17,50; 24.605; 0,00%
Cruzeiro Sul; 26/06/07; 15,50; Não houve; (3,81%)
CSU CardSyst; 02/05/06; 18,00; 2.232; (2,78%)
DASA; 19/11/04; 20,00; 20,64%; 20,00%
Datasul; 2/6/06; 18,00; 4.000 + 85,74%; (6,67%)
Daycoval; 29/6/07; 17,00; 153.748; 2,06%
Direcional; 19/11/2009; 10,50; NH; 1,90%
Dufrybras; 20/12/06; 26,84; 5.000 + 15,59%; 9,91%
Ecodiesel; 22/11/06; 12; 4.068; (0,83%)
Ecorodovias; 01/04/2010; 9,50; 299.991,50; 0,00%
Energias BR; 13/07/05; 18,00; Não encontrado; 11,17%
Equatorial; 03/04/06; 14,50; 5.000 + 23,18%; 16,97%
Estacio Part; 30/07/07; 22,50; 4.860; (1,07%)
Even; 02/04/07; 11,50; 3.576,50; (3,48%)
EZTec; 22/06/07; 11,00; 4.994 + 44,69%; (4,55%)
Fer Heringer; 12/04/07; 17,00; 3.298; 0,29%
Fleury; 17/12/2009; 16,00; 17.472; 14,06%
Gafisa; 17/02/06; 18,50; 5.143; 29,46%
Generalshopp; 30/07/07; 14,00; 4.928 + 23,65%; 0,00%
Gol; 24/06/04; 26,57; 26,25%; 5,38%
GP Invest; 01/06/06; 34,27; Não houve; 0,09%
Grendene; 29/10/04; 31,00; 21,15%; 12,10%
Guarani; 23/07/07; 13,50; 4.995 + 17,72%; (2,96%)
GVT Holding; 16/02/07; 18,00; 5.000 + 13,18%; 27,22%
Helbor; 29/10/07; 11,00; Não houve; 0,00%
HRT Participações; 25/10/2010; 1.200,00; Não houve; -2,75%
Hypermarcas; 18/04/08; 17,00; 2.992 + 41,86%; (1,76%)
Iguatemi; 07/02/07; 30,00; 2.730; 12,00%
Indusval; 26/07/07; 17,50; Não houve; 0,00%
Inpar S/A; 06/06/07; 17,50; 5.000 + 29,26%; 0,34%
Invest Tur; 16/07/07; 1.000; Não houve; 5,00%
JBS; 29/03/07; 8,00; 5.000 + 19,25%; (12,50%)
JHSF Part; 12/04/07; 8; 5.000 + 52,90%; 3,75%
Julio Simões; 22/04/10; 300.000; 0,00%
Klabinsegall; 09/10/06; 15; 5.000 + 34,24%; 0,00%
Kroton; 23/07/07; 39,00; 2.964 +6,63%; 13,28%
Laep; 31/10/07; 7,50; Não houve; (6,27%)
Le Lis Blanc; 29/04/09; 6,75; Não houve; (20,00%)
Localiza; 23/05/05; 11,50; 4.000 + 50,78%; 0,00%
Log-In; 21/06/07; 14,25; 2.508; 14,81%
Lopes Brasil; 18/12/06; 20,00; 4.500; 15,75%
Lupatech; 15/05/06; 22,00; 3.080; 5,95%
M.Diasbranco; 18/10/06; 21,00; 5.000 + 31,63%; 0,71%
Marfrig; 29/06/07; 17,00; Não houve; 7,71%
Marisa; 22/10/07; 10,00; 3.420; 2,50%
Medial Saúde; 22/09/06; 21,50; Não houve; 2,79%
Metalfrio; 13/04/07; 19,00; 2.983 + 20,43%; 7,89%
Mils; 16/04/10; 11,50; 299.989; 1,22%
Minerva; 20/07/07; 18,50; 2.997 + 8,18%; 3,78%
MMX Miner; 24/07/06; 815,00; Não houve; (0,12%)
MPX Energia; 14/12/07; 1.006,63; Não houve; 0,04%
MRV; 23/07/07; 26,00; 4.992 + 4,00%; 19,23%
Multiplan; 27/07/07; 25,00; 3.900; (4,00%)
Multiplus; 05/12/2010; 16,00; Não houve; (0,94%)
Natura; 26/05/04; 36,50; Não houve; 15,62%
Nossa Caixa; 28/10/05; 31,00; 5.000 + 4,62%; 17,58%
Nutriplant; 13/02/08; 10,00; Não houve; 5,00%
Odontoprev; 01/12/06; 28,00; 5.740; 15,68%
OGX Petróleo; 13/06/08; 1.131; Não houve; 8,31%
OHL Brasil; 15/07/05; 18,00; Não houve; 1,11%
OSX Brasl; 22/03/10; 800,00; Não houve; -12,50%
Panamericano; 19/11/07; 10,00; 3.280; 0,00%
Paraná; 03/07/07; 14,00; 4.928 + 35,79%; (7,14%)
Patagônia; 20/07/07; 48,38; 1.209,50; 4,38%
PDG Realt; 26/01/07; 14,00; 6.384; 0,00%
Pine; 02/04/07; 19,00; 2.755; (2,11%)
Porto Seguro; 22/11/04; 18,75; Não houve; 6,40%
Positivo Inf; 11/12/06; 23,50; 2.820; (1,49%)
Profarma; 26/10/06; 22,50; 5.000 + 9,80%; 14,44%
Providencia; 27/07/07; 15,00; 4.665; 0,00%
QGEP; 09/02/11; 19,00; 80.256,00; (4,74%)
Raia; 20/12/10; 24,00; 9.480; 8,75%
Redecard; 13/07/07; 27,00; 68.472; 24,07%
Renar; 28/02/05; 1,60; 1.600 + 24,80%; 1,25%
Renova Energia; 13/07/10; 15,00; Não houve; 0,00%
Rodobensimob; 31/01/07; 19,50; 2710,50; 16,67%
Santos Bras; 13/10/06; 23; 1.000 + 87,91%; 7,61%
Sao Martinho; 12/02/07; 20,00; 1.400; 18,30%
Satipel; 21/09/07; 13,00; 4.992 + 55%; (4,54%)
SEB; 18/10/07; 33,00; Não houve; (8,64%)
SLC Agrícola; 15/06/07; 14,00; 5.000 + 1,1%; 1,43%
Sofisa; 02/05/07; 12,00; 37.968; 11,67%
Sonae Sierra; 03/02/11; 20,00; 5.000 + 30,95%; -1,55%
Springs; 27/07/07; 19,00; 4.997 + 15,40%; 1,58%
Submarino; 30/03/05; 21,62; Não houve; 0,00%
Sul América; 05/10/07; 31,00; 3.341; (1,29%)
Tarpon; 31/05/07; 22,00; 4.136; 0,00%
Tecnisa; 01/02/07; 13,00; 1.000 +16,66%; 3,85%
Tegma; 03/07/07; 26,00; 5.000 + 47,99%; 1,92%
Tempo Part; 19/12/07; 7,00; Não houve; (2,14%)
Tenda; 15/10/07; 9,00; 4.995; 0,00%
Terna Part; 27/10/06; 21,00; 9.408; 9,05%
Tivit; 28/09/2009; 15,00; 15.705; -3,33%
Totvs; 09/03/06; 32,00; 2.400; 6,25%
Trisul; 15/10/07; 11,00; Não houve; 1,00%
Triunfo Part; 23/07/07; 9,50; 4.997 + 65,10%; 0,00%
UOL; 16/12/05; 18,00; Não houve; 16,67%
Visanet: 29/06/09; 15,00; 38,35%; 11,80%
Vivax; 08/02/06; 24,50; 5.194; 10,61%
Wilson Sons; 30/04/07; 23,77; 5.000 + 5,90%; 0,97%

Volumes (conforme Bovespa.com)
Última Atualização: Raia
Ano; Volume Total (R$ milhões); Número de Operações
2004; 4.486; 7
2005; 4.900; 8
2006; 15.373; 26
2007; 55.654; 64
2008; 7.495; 4
2009; 10.649; 5
2010; 11.120; 11
2011; 565; 1
Total; 110.425; 126

Maior Oferta: Visanet R$ 8.397 milhões
Menor Oferta: Renar Maças R$ 16 milhões

Nível de Governança
Última Atualização: Auto Metal
Nível 1;8;
Nível 2; 15
Novo Mercado; 97
Bovespa Mais; 1;
BDR; 8

Refere-se ao nível de governança quando da abertura de capital. Equatorial e Estácio, por exemplo, migraram do Nível 2 para o Novo Mercado posteriormente.

Natureza da Oferta
Última Atualização: Auto Metal
Mista; 71
Primária; 45
Secundária; 13

Participação Estrangeira (Bovespa.com)
Última Atualização: Julio Simões
Média: 72,28%
Mediana: 73,67%
Maiores Participações: Agrenco e Trisul (100%)
Menores Participações: CR2 (0,00%)

Coordenadores-líderes
Última Atualização: Auto Metal
Credit Suisse; 37
UBS Pactual; 33
Itaú BBA: 13
Morgan Stanley; 7
Merril Lynch; 7
Pactual/BTG; 7
JP Morgan; 5
Unibanco; 5
Bradesco BBI; 5
Santander (inlcui ABN Amro); 4
Banco Fator; 1
Citibank; 1
Deutsche Bank; 1
Elite; 1
Goldman Sachs; 1
HSBC; 1

Auditores Independentes
Última Atualização: Auto Metal
Deloitte Touche Tohmatsu; 44
KPMG; 28
PriceWaterhouseCoopers; 21
Terco Grant Thornton; 15
Ernst & Young; 15
BDO Trevisan; 2
Russel Bedford Brasil; 1

Duas ofertas (Trisul e Tempo Pariticipações) tiveram mais de um auditor, por serem fruto da união de diversas empresas, e portanto não estão inclusas nessa estatística.

Consultores Legais Companhia
Última Atualização: Auto Metal
Mattos Filho...; 53
Machado, Meyer...; 25
Barbosa, Müssnich...; 18
Pinheiro Neto; 13
Souza, Cescon...; 13
Tozzini, Freire...; 2
Lefosse Advogados; 2
Carlos, Barbosa...; 1
Demarest e Almeida; 1
Levy & Salomão; 1

Consultores Legais Coordenadores
Última Atualização: Auto Metal
Machado, Meyer..; 33
Mattos Filho...; 29
Pinheiro Neto; 21
Pinheiro Guimarães; 18
Souza, Cescon...; 15
Tozzini, Freire...; 3
Barbosa, Müssnich...; 3
Demarest & Almeida; 1
Levy & Salomão; 1
Tauil & Chequer Advogados; 1
Mundie; 1
Veirano; 1
Lefosse; 1

Essa informação não foi encontrada no prospecto da Renar

Informações Contábeis/Mercado
Última Atualização: Auto Metal
Dado; Média; Mediana
P/L; 31,38; 30,67
P/VPA; 3,11; 2,65
ROE; 9,90%; 6,45%

P/L: Preço/Lucro nos últimos 12 meses (baseado no volume efetivo da oferta)
P/VPA: Preço/Patrimônio Líquido, usando o Patrimônio Líquido estimado após a oferta (baseado no volume efetivo da oferta)
ROE: Lucro12 meses/Patrimônio Líquido estimado após a oferta

Empresas pré operacionais não são incluídas nessas estatísticas.

Primeiro Dia de Negociações
Última Atualização: QGEP
Retorno Médio: 4,72%
Retorno médio ponderado pelo volume: 9,36%
Mediana: 1,25%
Maior variação positiva: Bovespa Holding (+52,13%)
Maior variação negativa: Le Lis Blan (-20,00%)
Maior oportunidade de ganho: Brasil Insurance (R$82.222)
Maior “oportunidade” de perda: Le Lis Blanc (-R$ 60.000)

Essa maior oportunidade é para quem entrasse com R$ 300.000 em todas as ofertas.

Dinheiro deixado na mesa
Última atualização: Auto Metal
Bovespa Holding: R$ 3.454 milhões
BMF: R$ 1.316 milhões
Redecard: R$ 1.118 milhões
Visanet: R$ 991 milhões
OGX Petróleo: R$ 558 milhões
Total: 10.609 milhões

“Dinheiro deixado na mesa” é o montante que deixou de ser arrecadado pela oferta ter sido realizada ao preço que foi, e não ao preço de fechamento do primeiro dia.

Ibovespa
Última Atualização: Janeiro/11
Na última revisão do Ibovespa, 21 ações dentre as que fizeram IPO entre 2004 e 2010 estavam no índice, totalizando 27,91%. Inclui a terceira maior participação no índice, OGX Petróleo com 4,806%. Nenhuma ação dentre essas que tenha entrado no Ibovespa saiu por baixa liquidez (Submarino saiu para dar lugar à B2W).

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Perfis de empresas

Uma postagem com link para todos os perfis que já escrevi. Haverá um marcador só para esse post ("Perfis de Empresas"). De vez em quando, atualizarei esses perfis sem precisar fazer um novo texto. Exceto quando indicado, a data do texto é a data que aparece no texto.

Companhias Abertas
OGX (especial)
Telebrás (especial)

Setores
Bancos no Brasil
Siderurgia no Brasil

Companhias Fechadas

Deslistagens
Vigor e Leco

Estrangeiras
General Motors (especial)

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Siglas e termos de IPOs

Frequentemente, vejo o mal uso de algumas siglas e termos relacionadas às IPOs. Um breve glossário (ordenado por relevância):

IPO: Iniciais para a sigla em inglês Initial Public Offering. Traduzindo: Oferta Pública Inicial. É feita quando a empresa abre capital com a venda de ações através de uma oferta pública, seja primária, secundária ou mista. Só pode haver uma IPO; da mesma forma que uma porta, não se pode fazer a abertura de capital de uma empresa se esta já estiver aberta. A única possibilidade de haver mais de uma IPO é quando a empresa abre capital, depois fecha e volta a abrir (a Cremer havia fechado o capital em 2004 e voltou a abrir em 2007). A melhor forma de se usar a sigla IPO é no feminino, do contrário estaria-se dizendo “o Oferta Pública Inicial”. A última realizada foi a da OGX Petróleo.

Abertura de capital: Nem todas as empresas abrem capital via oferta pública inicial de ações. Considera-se aberta uma companhia que tenha emitido debêntures ao mercado. Também é possível abrir o capital de uma empresa através de uma cisão, como a da LLX e da IRONX, empresas surgidas da cisão da MMX.

OPA: Oferta Pública de Aquisição. É feita quando alguém compra ações no mercado através de uma oferta pública. Esse alguém pode ser a própria companhia, os acionistas controladores ou os novos controladores (no caso da empresa cujas ações estão sendo compradas ser alvo de aquisição). Geralmente (ou quase sempre) faz-se OPAs para fechar o capital da empresa. As últimas realizadas foram da Leco e da Vigor.

Oferta Primária: Oferta pública cujo objetivo é a venda de novas ações com a captação de recursos para a empresa. Pode existir quantas a empresa desejar fazer. A última realizada foi da Vale.

Oferta Secundária: Oferta pública cujo objetivo é a venda de ações já existentes por parte dos atuais acionistas da empresa. Também pode existir quantas os acionistas desejarem fazer (a Redecard fez duas além da IPO, que foi mista). A venda das ações é feita dessa forma para impactar o menos possível o preço das ações (imagine um grande acionista vendendo ao mercado milhões de ações de uma vez só). A última realizada foi da Redecard.

Oferta Subsequente (Follow-on): Quando há oferta pública (seja primária ou secundária) de uma empresa já de capital aberto, chamam essa oferta de follow-on. Se você ler em algum lugar “segundo IPO” (sic), entenda-se follow-on. A última feita foi a oferta secundária da Redecard.

Assim, fica claro que não é IPO as ofertas de empresas já com capital aberto, mesmo que seja uma oferta primária (não há relação entre a oferta ser inicial e primária). IPO e OPA não são nem remotamente sinônimos, antônimos até.

Escrevi de memória essas definições, não tirei de um manual técnico. Para entendimento cotidiano, bastará.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Capital Aberto no. 70

Ponto para elas

Texto relacionado

Antes que a “Nova 202” saia, algumas empresas já se adiantaram na abertura individual de salários. Hoje, só é obrigatória a divulgação da remuneração global da diretoria e do conselho de administração. Algumas empresas como a Usiminas e o Banrisul já divulgaram os salários divididos por executivos. 31 de 93 empresas de um levantamento feito para o Anuário de Governança Corporativa (publicado junto com essa edição da revista) já divulgam separadamente a remuneração para a diretoria e para o conselho (mas nem todas divulgaram individualmente).

Além desses fatos, a reportagem discute a questão dos benefícios e malefícios da abertura dos salários. A leitura dessa reportagem acrescenta ao meu texto sobre o tema alguns argumentos e contra-argumentos. Sobre a possível desvantagem que as companhias de capital aberto teriam ao abrir os dados enquanto suas concorrentes não precisam fazer isso, um diretor da Watson Wyatt diz que as companhias de capital aberto já fazem levantamentos sobre esse assunto e dispõem dessa informação.


Um argumento contrário interessante é o da negociação com os sindicatos. Divulgar que o presidente ganhou um bônus vultuoso no mesmo ano (ou no ano anterior) em que demitiu funcionários ou baixou salários certamente não soa nada bom aos sindicatos e à opinião pública. Embora aparentem, as duas coisas não tem nada a ver. Bônus para os executivos tem a ver com os lucros da empresa e a decisão de contratar e demitir tem mais a ver com a atividade da empresa. Da mesma forma que, em sendo lucrativa, uma empresa pode demitir enquanto dá bônus aos executivos, uma empresa pode contratar funcionários mesmo tendo prejuízos, o que é ruim (o prejuízo) para os acionistas e para os executivos (embora estes possam mesmo assim receber bônus se os resultados forem apenas menos ruins). Tratei do conflito dividendos e empregos em outro texto.


Lições da crise

O texto, resultado de uma conversa que reuniu diversos especialistas do mercado, analisa alguns dos problemas relacionados à crise financeira. Os principais problemas enfrentados pelo Brasil e pelas empresas brasileiras não foram tiveram as mesmas causas da crise nos outros países, mas mais um efeito colateral. Enquanto os demais países desregulavam o mercado, o Brasil aprimorava a sua regulação. Mas isso não impediu todos os problemas.


Um deles foi o uso dos derivativos cambiais por parte das empresas para além do hedge, que expôs deficiências no controle de riscos e na gerência dessas empresas. Ligado a isso, o problema da remuneração dos executivos (de que outro texto da revista, comentando abaixo, também trata). O problema da administração voltada ao curto prazo não se manifestou de maneira tão generalizada no Brasil, como ocorreu alhures, mas, como foi apontado, o problema dos derivativos certamente estava relacionado com bônus que incentivavam essa prática. Foi apontada também a parcela de responsabilidade dos investidores, que implantaram ou deixaram que fossem implantados sistemas de remuneração que incentivam a tomada excessiva de riscos. A provável abertura individual dos salários também foi discutida.


Plano de remuneração: mocinho ou vilão?

Texto relacionado


O interessante desse artigo são as sugestões para melhorar os planos de remuneração variável:


1) Reajustar os bônus, stock options ou bônus em ações de acordo com os competidores, empresas pares e o mercado. Isso evita que o executivo seja remunerado por um desempenho que pouco teve a ver com seu esforço. Se a empresa vai bem, mas abaixo de outras empresas, por conta de um esforço insuficiente de seus executivos, o bônus não deveria ser tão vultuoso quanto o resultado absoluto sugeriria.


2) Aplicar um prêmio acima do preço de mercado como preço de exercício da stock option e não reajustar o preço.


3) Incentivar a compra de ações por parte dos executivos, para que o impacto de seu desempenho se reflita mais diretamente em seu patrimônio pessoal.


4) Usar mais ações do que stock options e obrigar a manutenção das ações por períodos mais longos. Isso ajuda a focar os executivos no desempenho de longo prazo da empresa.

terça-feira, 2 de junho de 2009

General Motors


Todo mundo conhece a General Motors, empresa que ocupa desde 1932 o posto de maior montadora de carros dos Estados Unidos e, talvez, do mundo. Há controvérsias sobre qual é a maior montadora. Em 2008, a General Motors tinha 22,10% do mercado americano, contra 16,5% da Toyota. No mundo, a GM tem 12,4% do mercado, atrás da participação de mercado da Toyota. Em 2008, foi a 6ª maior empresa americana por receitas (US$ 186 bilhões), sendo que em 2007 era a quarta maior.

A GM, a exemplo da Ford, virou modelo administrativo. Sob o comando de Alfred Sloan, a GM se contrapôs à Ford oferecendo carros para “qualquer bolso e propósito”, ao contrário do modelo único da Ford. Criou também uma estrutura organizacional descentralizada, com várias unidades de negócios para atender os diversos clientes sob a direção da administração central.

Mas são outros tempos. Analisando os números da GM, dá para perceber com clareza a derrocada da empresa. A GM registrou em 2005 um prejuízo de US$ 10,5 bilhões e teve prejuízos nos três anos seguintes, o maior deles em 2007, assustadores US$ 38,7 bilhões. Em 2008, teve prejuízo bruto (Receita Líquida – Custos dos Produtos Vendidos) e EBITDA negativo. Os custos de manufatura e as despesas gerais de 2004 até 2008 eram maiores do que a receita de venda de automóveis. Em 2004, o prejuízo com a venda de automóveis era compensada pelo lucro dos serviços financeiros. A partir de 2005, os serviços financeiros não compensavam as perdas. Em 2006, a receita com serviços financeiros era de US$ 34,4 bilhões e em 2007 passou para US$ 2,9 bilhões, levando a empresa aos enormes prejuízos registrados nos últimos dois anos. Em 2008, os serviços financeiros deram prejuízo para a GM.

A empresa sempre foi muito endividada. A relação Dívida/Capital era de 85,18% em 1994, muito antes dos problemas começarem. Em 2004, antes do início da derrocada, essa relação era de 91,55% com US$ 300 bilhões em dívida para um Patrimônio Líquido de US$ 27,7 bilhões. Já em 2006 o Patrimônio Líquido da GM era negativo e se tornou muito negativo em 2008 (-US$ 86,1 bilhões). Desde 1996 a liquidez circulante (Ativo Circulante/Passivo Circulante) era menor do que 1, chegando a 0,64 em 2000. No ano passado, ficou em 0,56. A classificação de risco da GM em 2005, pela Standard & Poor’s, era B (Senior Debt) e em 2008 era de CC. Ou seja, caiu 5 graus em três anos.

A rentabilidade sobre o Patrimônio Líquido era de 38,26% em 1997 e foi declinando até 10,12% em 2004, se tornando negativa de 2005 para frente.

O resultado é o gráfico abaixo da cotação das ações. O topo histórico é de US$ 67,24 (preço ajustado) em 28/04/00. Em 01/06/09, fechou em US$ 0,75. O maior valor de mercado foi registrado em 27/01/1999, US$ 61 bilhões. O fato do declínio das ações começar em 2000, e não em 2005, se dá porque o mercado como um todo começou a cair em Março de 2000 e só se recuperou em 2006 e 2007 (novos topos de Dow Jones e S&P 500, respectivamente). A GM não se recuperou junto com o mercado porque os problemas da empresa foram se evidenciando e se agravando.


Mudança de composição no DJIA

Com o pedido de concordata da General Motors, GM deixou o índice. Aproveitaram para tirar o Citigroup também. No lugar deles, Travelers Companies e Cisco Systems.

Em 1998, houve a fusão entre Citicorp e Travelers Group para criar o Citigroup. O Travelers Group foi resultado da fusão do Travelers com o Primerica, que tem uma história curiosa (ver aqui). Em 2002, o Citigroup fez uma cisão criando a Travelers Property and Casualty que após uma fusão com o St. Paul Travelers virou a companhia que hoje faz parte do Dow Jones, substituindo sua antiga matriz. Só falta a antiga subsidiária comprar a matriz.

Cisco Systems é uma empresa de tecnologia da informação e foi um caso interessante dos tempos de bolha ponto com. Chegou a ser a maior empresa por valor de mercado em 2000. Em 27 de Março de 2000, a Cisco pela primeira vez superou o valor da Microsoft (na época, a maior empresa americana por valor de mercado). Esse dia (27/03/00) foi o topo histórico da Cisco, por volta de US$ 80 por ação (valor ajustado) e mais de US$ 555 bilhões de valor de mercado e um P/L de 222,4. De 3 de Abril de 2000 até 26 de Outubro do mesmo ano foi ininterruptamente maior do que a Microsoft. Muito tempo depois, a Exxon Mobil, a maior empresa americana, vale mais do que as duas somadas. Em 27/03/00, a Exxon Mobil era menos da metade da Cisco.

Seis empresas que já fizera parte do Dow Jones faliram (ver aqui), nenhuma como membro do índice. Não tenho certeza se a General Motors é a primeira a ser tirada do índice por pedir concordata, precisaria checar essa informação.

O valor de mercado da Cisco é por volta de US$ 112 bilhões e do Travelers US$ 24,5 bilhões. GM e Citigroup somados não dão o valor do Travelers (US$ 458 milhões e US$ 20 bilhões, respectivamente).

Com a saída da GM do Dow Jones, sobram apenas duas empresas do primeiro Dow Jones de 30 empresas (01/10/1928): General Electric e Exxon Mobil (como Standard Oil of New Jersey). O próprio Citigroup poderia ser considerado como componente do índice através de seu ancestral totalmente indireto American Can.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Mensais: Índices Internacionais (Maio/09).

Outro mês muito bom para as bolsas internacionais, com 89% subindo neste mês e 72% subindo no ano. Mas continuamos muito longe dos topos históricos (falando só dos mais recentes). Falando da distância do topo histórico até a mínima do mês, o Ibovespa está 36% abaixo do topo histórico, o S&P 500 45% abaixo e o SSE da China 59,40% abaixo. Em Abril, apenas duas bolsas subiam em 12 meses e agora são quatro.

Maiores altas (mês)
Montenegro: 65,72%
Chipre: 42,93%
Nigéria: 39,09%
Croácia: 34,55%
Sérvia: 34,29%

Ibovespa: 31º lugar (maior alta – maior baixa)
Altas 85/96

Maiores altas (ano)
Peru: 90%
Rússia: 72,12%
Montenegro: 62,29%
Índia: 51,60%
Taiwann: 50,08%

Ibovespa: 10ª maior alta
Altas: 69/96

Maiores altas (12 meses)
Venezuela: 24,38%
Tunísia: 15,38%
Chile: 1,69%
Colômbia: 1,15%

Provavelmente, se formos descontar a inflação, a Venezuela não está tão bem assim.

Ibovespa: 26º (Maior Alta – Maior Baixa)

Maiores altas (Dez/04)
Malawai: 748,01%
Mongólia: 695,56%
Montenegro: 561,88%
Peru: 260,95%
Tunísia: 156,23%

Ibovespa: 12ª maior alta
Altas: 52/89

Maiores baixas (mês)
Macedônia: -6,20%
Mongólia: -5,51%
Barbados: -4,83%
Ilhas Fiji: -4,15%
Bahamas: -1,86%

Maiores baixas (ano)
Costa Rica: -41,80%
Bermudas: -31,24%
Islândia: -23,88%
Quênia: -18,99%
Malawai: -18,75%

Maiores baixas (12 meses)
Islândia: -94,35%
Bulgária: -69,88%
Sérvia: -67,87%
Emirados Árabes: -66,93%
Lituânia: -58,73%

Maiores baixas (5 anos)
Islândia: -92,02%
Irlanda: -56,07%
Letônia: -45,90%
Bulgária: -39,30%
Lituânia: -39,29%

Maiores sequências:
Altas: China (5)
Baixas: Bahamas (7)

Desvio-padrão (mensal)
S&P 500: 4,42%
Brasil: 7,32%
Rússia: 11,36%
Índia: 8,58%
China: 10,05%

Mensais: Bovespa (Maio/2009)

Ibovespa (2009): +41,67%
Ibovespa (12 meses): -26,72%
Ibovespa(topo): -28,03%

Ibovespa:
Maiores altas (2009):
RSID3: 118,56%
BVMF3: 92,90%
CSNA3: 78,70%
BTOW3: 74,65%
GFSA3: 71,50%

Maiores altas (12 meses)
BNCA3: 90,95%
NATU3: 46,04%
BRTP3: 22,78%
AMBV4: 18,86%
LIGT3: 17,43%

Maiores baixas (2009)
VCPA4: -15,02%
GOLL4: -14,47%
TAMM4: -12,00%

Maiores baixas (12 meses):
ARCZ6: -75,97%
VCPA4: -72,29%
GOLL4: -66,39%
SDIA4: -64,49%
USIM3: -54,38%

Amostra de 160 ações:
Maiores altas em 5 anos
FBMC4: 1.321,56%
CMGR3: 1.161,71%
TELB4: 1.161,00%
SULT4: 1.098.96%
CEEB3: 986,81%

Maiores baixas 5 anos
KEPL3: -96,71%
VPTA4: -80,36%
ESTR4: -77,27%
ARCZ6: -58,37%
CTNM4: -52,60%

Maiores sequências (160 ações)
Alta: BRTP3 E CEPE5: 7 meses
Baixa: SZPQ4: 6 meses

Datas importantes e/ou curiosas:
01/06: 57 anos da Vale
13/06: 12 meses da IPO da OGX (a última até agora).
18/06: 88 anos de listagem do Banco do Brasil (essa data é diferente da data de registro na CVM).
29/06: 21 anos de listagem da Gerdau