Todo mundo conhece a General Motors, empresa que ocupa desde 1932 o posto de maior montadora de carros dos Estados Unidos e, talvez, do mundo. Há controvérsias sobre qual é a maior montadora. Em 2008, a General Motors tinha 22,10% do mercado americano, contra 16,5% da Toyota. No mundo, a GM tem 12,4% do mercado, atrás da participação de mercado da Toyota. Em 2008, foi a 6ª maior empresa americana por receitas (US$ 186 bilhões), sendo que em 2007 era a quarta maior.
A GM, a exemplo da Ford, virou modelo administrativo. Sob o comando de Alfred Sloan, a GM se contrapôs à Ford oferecendo carros para “qualquer bolso e propósito”, ao contrário do modelo único da Ford. Criou também uma estrutura organizacional descentralizada, com várias unidades de negócios para atender os diversos clientes sob a direção da administração central.
Mas são outros tempos. Analisando os números da GM, dá para perceber com clareza a derrocada da empresa. A GM registrou em 2005 um prejuízo de US$ 10,5 bilhões e teve prejuízos nos três anos seguintes, o maior deles em 2007, assustadores US$ 38,7 bilhões. Em 2008, teve prejuízo bruto (Receita Líquida – Custos dos Produtos Vendidos) e EBITDA negativo. Os custos de manufatura e as despesas gerais de 2004 até 2008 eram maiores do que a receita de venda de automóveis. Em 2004, o prejuízo com a venda de automóveis era compensada pelo lucro dos serviços financeiros. A partir de 2005, os serviços financeiros não compensavam as perdas. Em 2006, a receita com serviços financeiros era de US$ 34,4 bilhões e em 2007 passou para US$ 2,9 bilhões, levando a empresa aos enormes prejuízos registrados nos últimos dois anos. Em 2008, os serviços financeiros deram prejuízo para a GM.
A empresa sempre foi muito endividada. A relação Dívida/Capital era de 85,18% em 1994, muito antes dos problemas começarem. Em 2004, antes do início da derrocada, essa relação era de 91,55% com US$ 300 bilhões em dívida para um Patrimônio Líquido de US$ 27,7 bilhões. Já em 2006 o Patrimônio Líquido da GM era negativo e se tornou muito negativo em 2008 (-US$ 86,1 bilhões). Desde 1996 a liquidez circulante (Ativo Circulante/Passivo Circulante) era menor do que 1, chegando a 0,64 em 2000. No ano passado, ficou em 0,56. A classificação de risco da GM em 2005, pela Standard & Poor’s, era B (Senior Debt) e em 2008 era de CC. Ou seja, caiu 5 graus em três anos.
A rentabilidade sobre o Patrimônio Líquido era de 38,26% em 1997 e foi declinando até 10,12% em 2004, se tornando negativa de 2005 para frente.
O resultado é o gráfico abaixo da cotação das ações. O topo histórico é de US$ 67,24 (preço ajustado) em 28/04/00. Em 01/06/09, fechou em US$ 0,75. O maior valor de mercado foi registrado em 27/01/1999, US$ 61 bilhões. O fato do declínio das ações começar em 2000, e não em 2005, se dá porque o mercado como um todo começou a cair em Março de 2000 e só se recuperou em 2006 e 2007 (novos topos de Dow Jones e S&P 500, respectivamente). A GM não se recuperou junto com o mercado porque os problemas da empresa foram se evidenciando e se agravando.
A GM, a exemplo da Ford, virou modelo administrativo. Sob o comando de Alfred Sloan, a GM se contrapôs à Ford oferecendo carros para “qualquer bolso e propósito”, ao contrário do modelo único da Ford. Criou também uma estrutura organizacional descentralizada, com várias unidades de negócios para atender os diversos clientes sob a direção da administração central.
Mas são outros tempos. Analisando os números da GM, dá para perceber com clareza a derrocada da empresa. A GM registrou em 2005 um prejuízo de US$ 10,5 bilhões e teve prejuízos nos três anos seguintes, o maior deles em 2007, assustadores US$ 38,7 bilhões. Em 2008, teve prejuízo bruto (Receita Líquida – Custos dos Produtos Vendidos) e EBITDA negativo. Os custos de manufatura e as despesas gerais de 2004 até 2008 eram maiores do que a receita de venda de automóveis. Em 2004, o prejuízo com a venda de automóveis era compensada pelo lucro dos serviços financeiros. A partir de 2005, os serviços financeiros não compensavam as perdas. Em 2006, a receita com serviços financeiros era de US$ 34,4 bilhões e em 2007 passou para US$ 2,9 bilhões, levando a empresa aos enormes prejuízos registrados nos últimos dois anos. Em 2008, os serviços financeiros deram prejuízo para a GM.
A empresa sempre foi muito endividada. A relação Dívida/Capital era de 85,18% em 1994, muito antes dos problemas começarem. Em 2004, antes do início da derrocada, essa relação era de 91,55% com US$ 300 bilhões em dívida para um Patrimônio Líquido de US$ 27,7 bilhões. Já em 2006 o Patrimônio Líquido da GM era negativo e se tornou muito negativo em 2008 (-US$ 86,1 bilhões). Desde 1996 a liquidez circulante (Ativo Circulante/Passivo Circulante) era menor do que 1, chegando a 0,64 em 2000. No ano passado, ficou em 0,56. A classificação de risco da GM em 2005, pela Standard & Poor’s, era B (Senior Debt) e em 2008 era de CC. Ou seja, caiu 5 graus em três anos.
A rentabilidade sobre o Patrimônio Líquido era de 38,26% em 1997 e foi declinando até 10,12% em 2004, se tornando negativa de 2005 para frente.
O resultado é o gráfico abaixo da cotação das ações. O topo histórico é de US$ 67,24 (preço ajustado) em 28/04/00. Em 01/06/09, fechou em US$ 0,75. O maior valor de mercado foi registrado em 27/01/1999, US$ 61 bilhões. O fato do declínio das ações começar em 2000, e não em 2005, se dá porque o mercado como um todo começou a cair em Março de 2000 e só se recuperou em 2006 e 2007 (novos topos de Dow Jones e S&P 500, respectivamente). A GM não se recuperou junto com o mercado porque os problemas da empresa foram se evidenciando e se agravando.
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