A turma da Poliana, frente à notícia de quedas nos lucros de empresas sem que haja prejuízo, reagem indignados: “Mas não teve lucro?! Então tá bom!”. Essa frase, além de querer esconder a atual conjuntura econômica, é de uma rasa ignorância.
O objetivo do acionista não está relacionado apenas ao lucro, mas ao valor da empresa, às expectativas futuras. Se os resultados saem piores do que era esperado, a empresa se desvaloriza. Esse é um bom motivo para se preocupar com queda no lucro.
E o valor da empresa não está em função do lucro líquido, mas dos fluxos de caixa. Um aumento no lucro com corte de investimentos (menor depreciação) pode ser ruim e uma redução no lucro com aumento nos investimentos (amortização de ágio de aquisição, depreciação) pode ser positivo. Uma empresa com lucros pode ter dificuldades por não ser eficiente, necessitando de elevados reinvestimentos em ativos fixos ou capital de giro para se manter e para crescer.
Além disso, nem todo lucro agrega valor. Em Finanças Corporativas, aprendemos que os gestores, para maximizar o valor para o acionista, devem escolher projetos com Valor Presente Líquido positivo e Taxa Interna de Retorno superior ao custo de capital. Uma rentabilidade da empresa abaixo do custo de capital significa que a empresa está destruindo valor. Tratarei disso com mais detalhes no futuro.
O mesmo raciocínio se aplica à valorização das ações: se a ação sistematicamente se valoriza abaixo da carteira de mercado, tendo um beta igual a 1, apesar do investidor aumentar a sua riqueza, não está sendo remunerado pelo risco que correu. Por último, imagine alguém iniciando um empreendimento e obtendo um rendimento abaixo até mesmo da renda fixa.
No fim, é tudo uma questão de lucro econômico, obter um rendimento acima de uma alternativa de igual risco. Apesar de alguém auferir lucros contábeis, pode não estar em uma boa situação se não cobrir o seu custo de capital.
* O título foi baseado em uma célebre frase: “Clássico é clássico e vice-versa”, também estúpida.
O objetivo do acionista não está relacionado apenas ao lucro, mas ao valor da empresa, às expectativas futuras. Se os resultados saem piores do que era esperado, a empresa se desvaloriza. Esse é um bom motivo para se preocupar com queda no lucro.
E o valor da empresa não está em função do lucro líquido, mas dos fluxos de caixa. Um aumento no lucro com corte de investimentos (menor depreciação) pode ser ruim e uma redução no lucro com aumento nos investimentos (amortização de ágio de aquisição, depreciação) pode ser positivo. Uma empresa com lucros pode ter dificuldades por não ser eficiente, necessitando de elevados reinvestimentos em ativos fixos ou capital de giro para se manter e para crescer.
Além disso, nem todo lucro agrega valor. Em Finanças Corporativas, aprendemos que os gestores, para maximizar o valor para o acionista, devem escolher projetos com Valor Presente Líquido positivo e Taxa Interna de Retorno superior ao custo de capital. Uma rentabilidade da empresa abaixo do custo de capital significa que a empresa está destruindo valor. Tratarei disso com mais detalhes no futuro.
O mesmo raciocínio se aplica à valorização das ações: se a ação sistematicamente se valoriza abaixo da carteira de mercado, tendo um beta igual a 1, apesar do investidor aumentar a sua riqueza, não está sendo remunerado pelo risco que correu. Por último, imagine alguém iniciando um empreendimento e obtendo um rendimento abaixo até mesmo da renda fixa.
No fim, é tudo uma questão de lucro econômico, obter um rendimento acima de uma alternativa de igual risco. Apesar de alguém auferir lucros contábeis, pode não estar em uma boa situação se não cobrir o seu custo de capital.
* O título foi baseado em uma célebre frase: “Clássico é clássico e vice-versa”, também estúpida.
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