segunda-feira, 12 de setembro de 2011

A semana (03/09-09/09)

Finanças
Get used to world without “risk free” rate – O autor claramente desconhece a utilidade teórica de uma taxa livre de risco. Você quer analisar uma taxa sujeita a risco. Você adiciona o retorno adicional sobre o risco a uma taxa sem risco. Se você adiciona uma taxa sujeita a risco taxa de retorno que você deseja estimar, você está medindo o risco de quem? Essa discussão certamente vem do rebaixamento da dívida dos Estados Unidos, sendo que as taxas daquele país são utilizadas como parâmetro “livre de risco”. Curioso que há não muito tempo se criticava as agências de rating por conta das más avaliações de papéis na crise, e agora elas (ou ao menos uma) inexplicavelmente recebem ares de onisciência. O que fazer com a taxa livre de risco? É possível continuar a utilizar a taxa de títulos americanos: o rating da S&P é uma opinião, não a verdade do universo: se sua opinião é a de que os Estados Unidos continuam sendo um país AAA, continue utilizando. Se acha que é outro país, mude o país. Ainda, Aswath Damodaran tem algumas sugestões. Em um comentário sobre essa reportagem, houve a relação com a “fronteira eficiente”. Confesso não saber o que esse tema tem a ver com os benefícios da diversificação. Talvez a pessoa quisesse dizer “mercado eficiente”. Também não sei o que isso tem a ver com o fato dos investidores não conseguirem de forma consistente obter taxas de retorno acima do que seria esperado pelo nível de risco que correm. O comentarista, e outros que adicionavam comentários ao dele, estavam em defesa de uma escola de pensamento econômico. O conceito de taxa livre de risco vem da análise de retornos e de precificação de ativos e não há muito sentido em levar isso para qualquer outro lugar que seja.


Mercados eficientes também são instáveis – Algumas observações sobre os dois artigos mencionados. O primeiro é uma análise teórica que índica que a existência de um grande número de investidores informados (os fundamentalistas, segundo os autores) leva à eficiência de mercado e que, nessa situação, os investidores não informados (grafistas e seguidores de tendência, segundo os autores) predominariam no mercado e o grande número de operações de investidores não informados poderia levar à formação de bolhas ou à instabilidade do mercado. Resta saber se a evidência empírica comprova a relação entre eficiência de mercado e participação de mercado dos investidores não informados e se isso seria suficiente para a formação de bolhas. Mesmo que isso ocorra, o problema é o número de investidores não informados, e não a eficiência de mercado. O segundo artigo não parece tratar da eficiência de mercado e na verdade é mais uma nota de cautela para o crescente uso de derivativos e uma crítica ao APT.



Economia

Buemba! Bresser é o ganhador definitivo do Prêmio Eço – "Como todos os demais países latino-americanos, Cuba é vítima da doença holandesa."


Tweet da semana
@analisandobolsa “Já que colocam fotos de mortos em maços de cigarro,por que não colocar fotos de políticos corruptos nas guias de recolhimento de impostos?”

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