quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Revisão do Ibovespa (Setembro/10)

Entra
BISA3:
Brookfield, anteriormente Brascan Residencial. A companhia é o resultado da união de três empresas, Brascan Residencial, Company (essas duas eram companhias abertas) e MB Engenharia. A Brascan comprou a MB Engenharia e a Company em 2008. Em 2009, a controladora, Brookfield Asset Management, decidiu fazer a união das empresas sob um mesmo nome, a atual Brookfield.

A oferta inicial da então Brascan foi feita em 23/10/06 e subiu 6,25% no primeiro dia. O tamanho da oferta foi de R$ 1,2 bilhão. Da IPO até agora, caiu 37,63%, queda relativa ao Ibovespa de 2,17% a.m.

SANB11(Santander Brasil): O Santander Brasil nunca esteve no Ibovespa, mas o seu antecessor, Banespa (aparecia com o nome Estado de São Paulo em uma época), sim. A ação ordinária do Banespa participou em quase todas as carteiras do início do Ibovespa (Janeiro/1968) até Maio de 2001, ficando de fora só da carteira de Maio de 1974. Volta agora como a 28ª maior participação no índice. A tendência é subir nessa classificação quando tiver 12 meses de negociação da SANB11. E como o índice de negociabilidade das ações ordinárias e preferenciais não contam para a unit, o ativo SANB11 entrou pela primeira vez com menos de 12 meses de negociação a exemplo de BVMF3 e CIEl3.

MRFG3 (Marfrig): Mais uma IPO recente a exemplo da BISA3 (e apenas da BISA3). A oferta inicial foi feita em 29/06/07 e subiu 7,71% no primeiro dia. O tamanho da oferta foi de R$ 1 bilhão e está subindo 4,03% desde a oferta, queda relativa ao Ibovespa de 0,38% a.m.

Sai
AGEI3 (Agre):
A Agre foi incorporada pela PDG e suas ações deixaram de ser negociadas. Outras 13 empresas que entraram no Ibovespa em uma revisão saíram na seguinte para nunca mais voltarem (a Agre, como uma empresa, e não parte de outra, nunca mais fará parte do Ibovespa).

Número de empresas e errata
Contando Santander como sucessor do Banespa e acrescentando a Brookfield e o Marfrig, o número de empresas que já fez parte do Ibovespa passa para 317. O número é menor do que no meu comentário anterior, já que estava levando em conta seis duplas contagens: Telepar e Brasil Telecom, Telerj e Telemar NL, Confecções Guararapes e Guararapes, Copene e Braskem, Itaú Investimentos e Itausa, Rossi Serv Engenharia e Servix Engenharia. O número anterior corrigido é de 315 e agora passa para 317. Agora é possível ver quais são essas mais de trezentas empresas aqui.

Maiores pesos
VALE5; 10,748%
PETR4; 9,709%
BVMF3; 3,822%
ITUB4; 3,791%
OGXP3; 3,75%
GGBR4; 3,09%
BBDC4; 2,821%
USIM5; 2,756%
VALE3; 2,664%
PETR3; 2,584%

Contando apenas uma vez Vale e Petrobras, entram na lista de empresas com maior peso no Ibovespa:

PDGR3; 2,485%
BBAS3: 2,43%

O destaque fica para a ultrapassagem da VALE5, assumindo o primeiro lugar do Ibovespa, o que era possível imaginar já na última revisão. A Petrobras era a primeira desde a revisão de Janeiro de 2006, contando 14 revisões seguidas. É a segunda vez que a Vale será a ação número 1 do Ibovespa (a outra vez foi em Maio de 1991) após uma revisão quadrimestral.

Outro destaque é a OGXP3, que passou de décimo segundo lugar para quinto. Por conta das incertezas sobre a capitalização, dizem que está havendo uma migração de PETR4 para OGXP3, embora as empresas sejam muito diferentes. Esse aumento na negociação da OGXP3 parece confirmar isso.

Por fim, a PDGR3 pulou de 1,1% do índice para 2,485%, muito por conta da “herança” do índice de negociabilidade da Agre.

CIEL3, mesmo agora sendo negociada a mais de 12 meses (estava sendo negociada a menos de 12 meses em Maio), diminuiu a participação de 1,983% para 1,664%, passando da 14ª posição para a 16ª.

E CSNA3 saiu do top 10 do Ibovespa, não figurando nem no top 10 empresas. Um analista que conheço que diz que a boa é comprar o top 10 do Ibovespa e gostava de CSNA3 (não tanto quanto PETR4 e VALE5, óbvio) deve estar desolado...

Peso das IPOs
Com a saída da AGEI3 e a inclusão apenas da Brookfield (OFERTA DA SANB11 NÃO FOI IPO), são 19 ações de empresas que abriram capital desde a IPO da Natura. É 27,94% do número de empresas e 26.532% da participação (24,302% na revisão anterior), ou seja, mais de um quarto em ambos os critérios.

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