Uma reportagem do dia 19/03 publicada no Valor Econômico tratou do custo da inércia e trouxe alguns dados interessantes e até assustadores coletados pelo site Comparação de Fundos. Tem alguns fundos DI e Renda Fixa que geram mais taxa de administração para os bancos do que rendimento para os cotistas. Essa é uma situação bizarra, eu diria, já que esses são fundos bem simples e alguns grandes bancos cobram taxas de 4, 5%, enquanto em algumas gestoras independentes essa taxa pode facilmente ser de 0,5% ou até menos.
Algumas
justificativas para utilizar esses fundos são os resgates automáticos e a
participação de premiações. Nenhum dos dois faz sentido. Resgates automáticos
são desnecessários se a pessoa tem disciplina para não deixar a conta negativa
e é possível encontrar mesmo nos grandes bancos fundos mais em conta sem essa
característica. Quanto às premiações, além do inevitável retorno
esperado negativo de sorteios, a pessoa estaria melhor apostando em jogos
de azar de uma maneira separada das suas aplicações financeiras e isso sairia
muito mais barato.
Essa
reportagem só lembra a importância de se atentar aos custos envolvidos em
investimento em fundos, que podem fazer uma grande diferença, principalmente em
fundos de renda fixa, embora os
impostos sejam o fator que mais afetam a rentabilidade dos fundos. Procurar
gestores independentes pode resultar não só em produtos melhores, mas também
mais baratos. Deixar a liquidez no banco em um fundo DI ou Renda Fixa é uma boa
ideia, melhor do que deixar na conta corrente, mas pagar 4% de taxa de
administração é simplesmente absurdo.
Essa matéria resume bem que ser milionário não significa ter inteligência financeira, que o brasileiro não tem educação financeira e a verdadeira face do gerente de banco que muitos pensar ser seu amigo. Acredito que Banco Central do Brasil deveria agir para proteger os investidores ignorantes, dos gestores incopetentes e mercenários. Este tipo de gestor deveria ser punido por no mínimo falta de ética.
ResponderExcluir