domingo, 31 de maio de 2009

Mensais: IPOs (Maio/2009).

Se não tivermos nenhuma abertura de capital até o dia 13, completaremos 12 meses sem nenhuma IPO (a última foi a OGX em 13/06/2008). Como só há um registro de oferta em análise na CVM (Visanet), é provável que passemos de 12 meses sem IPOs.

Taxa a.m. Retorno desde o primeiro dia de negociações expresso em meses.
IBOV a.m. Retorno do Ibovespa desde o primeiro dia de negociações do ativo
Ganho s/ Ibov: Taxa a.m. – IBOV a.m.

5 maiores altas relativas ao Ibovespa



5 maiores baixas relativas ao Ibovespa



18/105 ações estão com ganhos relativos (17,14%)

29/105 ações estão com ganhos absolutos (27,62%)

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Journal of Finance – Volume 64 Nº. 3

Para ter acesso a esse e outros journals é preciso ou comprar os artigos (que me parecem caros demais) ou ter acesso à biblioteca de alguma faculdade com acesso ao sistema Ideas Repec ou Jstor.

Subavaliação de IPOs no longíssimo prazo – Davic Chambers e Elroy Dimson
Esse artigo examina o underpricing em ofertas públicas iniciais (IPO), que nada mais é do que a diferença positiva (em termos pocentuais) entre o preço de fechamento no primeiro dia e o preço de lançamento. O foco do estudo é estudar se o período em que a oferta é realizada afeta o valor do undepricing. O estudo foi feito com base nas IPOs realizadas na Inglaterra e foram escolhidos três períodos: 1917-1945 (pré-guerra), 1945-1987 (pós-guerra) e 1987-2007 (pós-“Big Bang”). Há grandes diferenças de regulação e proteção dos investidores de um período para o outro, aumentando a proteção aos investidores e a disponibilidade de informações ao longo do tempo. O foco do estudo foi a diferença entre os dois primeiros períodos.

O estudo constata um aumento no underpricing. No primeiro período era de 3,8%, no segundo 9,15% e no terceiro 19%. Os autores procuraram examinar as razões para esse aumento no underpricing. Apesar de parecer bom, elevados underpricing podem ser interpretados como uma compensação por um elevado risco de se investir na empresa. Esse aumento poderia se dar por conta do aumento no risco das próprias empresas. Mas não é esse o caso.

Foi feita uma análise de regressão tomando o underpricing como variável dependente e uma série de variáveis independentes relacionadas às empresas. Essa análise definiu os parâmetros para uma segunda análise que inclui duas variáveis dummies para indicar se a IPO foi feita no período pré ou pós-guerra. Se o período em que a IPO se realiza fosse indiferente, essas dummies deveriam ter valor 0 ou terem valores próximos, porém assumem os valores de 2,10% e 10,03%, respectivamente. Ou seja, o undepricing aumenta só por conta da IPO ter sido realizada em um ambiente de negócios diferentes.

Os resultados contrariam o que seria de se esperar. Com maior proteção ao investidor e mais informações disponíveis, era de se esperar que o undepricing fosse diminuído ao longo do tempo. Conclui-se que outras variáveis além dessas melhorias influenciaram o underpricing e tiveram maior impacto.

Os autores citam como possível explicação a erosão da confiança entre os participantes. No primeiro período, muitas IPOs foram realizadas em bolsas locais, o que aumentava o nível de confiança. O autor cita uma referência de 1921 atestando essa preferência por investir localmente. Com o tempo, as operações passaram a se concentrar na bolsa de Londres. Outras explicações são o maior poder de mercado dos bancos de investimento que passaram a forçar maior underpricing e os interesses gerenciais de se ter uma ampla base de acionistas, defendendo a empresa de ofertas hostis (algo que só a partir de 1948 passou a ser uma possibilidade real).

Fusões com pagamento em ações criam valor ao comprador? – Pavel Savor e Qi Lu.

Estudos anteriores concluíram existir uma correlação positiva entre o nível do mercado acionário e a atividade de fusões e aquisições, especialmente quando envolve troca de ações. Uma possível explicação é que os administradores decidem adquirir outras empresas por meio de troca de ações quando julgam que a empresa está superavaliada. Um exemplo é a fusão da AOL com a Time Warner ocorrida no começo de 2000, em que houve o pagamento com ações da AOL aos acionistas da Time Warner próximo do estouro da bolha ponto com.

A questão é: isso cria valor para os acionistas da empresa que age assim? A hipótese que é testada pelo artigo é a de que os administradores aproveitam os elevados preços das ações para comprar outras empresas pagando com ações. Em tese, se a empresa comprada estiver avaliada corretamente, ou mesmo que não esteja tão superavaliada quanto a empresa compradora, então há a criação de valor para a empresa compradora. É como comprar algo que vale $100 trocando por algo que atualmente tem o mesmo valor, mas deveria valer $80, por exemplo.

Para realizar o estudo, os autores compararam os retornos das ações de empresas que se envolveram em aquisições com outras empresas que tentaram fazer aquisições, mas falharam por motivos outros que não o preço oferecido (Amostra de Falha Exógena). O retorno ajustado ao risco dos dois grupos foi negativo nos períodos considerados (1,2 e 3 anos após o anúncio), mas as empresas que falharam tiveram perdas maiores. As ações das empresas que tiveram sucesso tiveram um ganho relativo às que fracassaram de 13,6%, 22,2% e 31,2% em 1,2 e 3 anos respectivamente.

Mas isso poderia ser resultado de se conseguir realizar a aquisição, e não de ter pago em ações ou não. Os autores analisaram as operações que foram pagas em dinheiro, sob a mesma metodologia. O resultado foi misto, Com as empresas que realizaram a operação com melhor desempenho em um ano (+5,7%), mas com resultados piores em períodos maiores (-2,6% e 7,6%). Ademais, as análises das empresas que pagaram em dinheiro não são estatisticamente significativas.

A sugestão de que a empresa compradora está superavaliada é dada pela relação Valor Contábil/Valor de Mercado (o inverso da relação P/VPA). As empresas compradoras com troca de ações apresentam menores relações do que as empresas alvo, independente da operação ter ou não se realizado. Outra sugestão de superavaliação é que as empresas compradoras subiram mais nos últimos tempos do que as compradas. Para empresas que pagaram em dinheiro, a primeira análise se mantém, mas a diferença entre compradora e comprada é menor. Porém, as ações da empresa alvo subiram mais do que a das empresas compradora, nesse caso.

Escrevi “sugestão” já que não necessariamente uma empresa com alto P/VPA ou que subiu muito está cara. Mas, dado o tamanho do estudo (mais de duas mil empresas), é inevitável recorrer a algumas aproximações (ou alguém espera que os autores façam uma avaliação mais consistente de 2.000 empresas?). A robustez dos estudos (os autores testaram várias metodologias e os resultados não se alteraram significativamente) acaba por se sobrepor a essa questão.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Saraiva Digital

A Saraiva passou a oferecer um serviço de aluguel e compra de filmes pela internet, batizado de Saraiva Digital. Esse serviço é novo no Brasil, mas empresas como a Apple (pelo iTunes) já oferecem em uma escala bem maior o serviço, oferecendo também download de MP3.

Essa iniciativa (mais as reportagens sobre o assunto) é interessante por alguns aspectos:

Cauda Longa: Chris Anderson escreveu um livro chamado Cauda Longa que mostra como a internet possibilitou que praticamente tudo pudesse ser disponibilizado para a venda sem grandes aumentos de custos. Como a reportagem da Exame colocou, uma locadora de porte médio consegue disponibilizar 4.000 filmes (unidades físicas, pelo que entendi), enquanto que apenas a Saraiva Digital pretende disponibilizar até o final do ano 10.000 filmes. A diferença é que as locadoras e lojas físicas têm problemas de espaço para a venda e a estocagem de produtos que o site de downloads não tem. Assim, o custo de adicionar um filme ao catálogo de uma locadora é maior do que o custo de se adicionar um filme no site (esse custo é praticamente nulo). Dessa forma, o site pode disponibilizar desde os lançamentos mais procurados (os hits) até aqueles filmes que podem gerar apenas meia dúzia de compras, se tanto (pense em algo como cinema mudo iraniano da década de 20). Também, não há a rivalidade pelo aluguel ou compra de um produto, já que uma pessoa alugar um filme pela internet não impede que outra também o faça, como não acontece com as locadoras e lojas físicas.

Obsolescência das empresas: Venda de download de filmes, música e livros afeta muito vários negócios tradicionais como gravadoras de CDs, editoras, locadoras e lojas físicas. Não quer dizer que as empresas que atualmente exploram esses negócios estejam fadadas a desaparecer. Isso só acontecerá se as empresas não se adaptarem às novas tecnologias e deixar que outras empresas ocupem o espaço que atualmente ocupam. A própria Saraiva, por exemplo, ao invés de tomar como uma ameaça às lojas físicas a venda de filmes pela internet, está explorando essa tecnologia como uma oportunidade. As livrarias estão desde há algum tempo investindo em melhorias no ambiente físico das lojas e em eventos para atraírem consumidores que poderiam, alternativamente, comprar pela internet.

Tecnologia disruptiva: Tecnologia disruptiva é um termo cunhado por Clayton Christenseen. Refere-se a inovações tecnológicas que oferecerem maior valor para o cliente com um benefício menor, mas com muito menor custo. O MP3 é um exemplo: como a reportagem da Exame colocou, a qualidade de som do MP3 é pior do que a do CD (que por sua vez é pior do que o LP), mas o custo do MP3 é bem menor. O custo aqui pode ser definido amplamente (todo sacrifício incorrido pelo consumidor), envolvendo o preço monetário e a inconveniência, já que comprar CD requer ou ir à loja ou pedir pela internet e esperar por algum tempo e ter um CD significa ocupar espaço físico, mais limitado do que o espaço digital.

No caso específico da Saraiva, isso ainda não se aplica já que há filmes mais caros comprando o download do que o DVD (ver aqui), não sei se é a maioria ou não.

Exame – A fantástica fábrica de downloads

terça-feira, 19 de maio de 2009

Saraiva



Dados da empresa
Sede: Avenida Marquês de São Vicente 1.697 (São Paulo – SP)
Fundação: 13/12/1914
Listagem: 20/07/1977
Presidente do Conselho de Administração: Jorge Eduardo Saraiva (Economista formado pela FECAP, fez carreira na empresa).
Diretor-Presidente: José Luiz Machado Alvim de Próspero (Administrador formado pela FGV, fez carreira na empresa)
Diretor de Relações com Investidores: José Luis Ramos Hopp (Engenheiro Civil formado pelo Mackenzie, fez carreira na companhia, é também diretor financeiro).
Auditoria: Deloitte Touche Tohmatsu
Comitês de Governança: Nada
Atividade (segundo Notas Explicativas):
A Saraiva S.A. Livreiros Editores (“Editora”) tem como atividade principal a edição de livros para os níveis de ensino fundamental e médio, paradidáticos, jurídicos e de economia e administração. As operações da Editora são bastante sazonais, concentrando cerca de 80% das vendas no primeiro e último trimestres do ano. Essa concentração do faturamento é determinada por dois fatores: (i) período de “volta às aulas” no primeiro trimestre; e (ii) venda de livros didáticos para o governo no primeiro e quarto trimestres.
A Saraiva e Siciliano S.A. (“Saraiva e Siciliano”), empresa controlada da Editora, atua preponderantemente no varejo de livros, DVDs, música, periódicos, artigos de papelaria, multimídia, informática e produtos eletroeletrônicos. A distribuição é realizada por meio da plataforma de vendas pela Internet e de uma rede composta por 98 lojas, sendo 35 do tipo “Mega Store”, 53 tradicionais e 10 franquias.
Site de RI
Curiosidade: Uma das especialidades da Saraiva é a editoração de conteúdo jurídico. Isso tem raizes na fundação da primeira livraria, localizada no Largo do Ouvidor, perto da Faculdade de Direito do Largo São Francisco da USP.

Dados das ações
Código: SLED3 e SLED4
Segmento de listagem na Bovespa: Nível 2
Ibovespa: Nunca fez parte
Tag Along: 100%
Maior acionista: Jorge Eduardo Saraiva (46,98%)
Ações em circulação: 20,73% (ON) e 55,75% (PN)

Dados Financeiros
Crescimento da Receita (17 trimestres): 27,97% a.a.
Crescimento da Receita (1 ano): 28,70%
Crescimento do Lucro (17 trimestres): 41,09% a.a.
Crescimento do Lucro (1 ano): 0,25%
Retorno sobre Patrimônio Líquido (5 anos): 22,09%
Retorno sobre Patrimônio Líquido (2008): 19,03%
Dividendo/Lucro Líquido: 27,45%
Dívida/(Dívida + Patrimônio Líquido): 13,02%
Nenhum prejuízo nos últimos 10 anos

Indicadores de Mercado (18/05/2009)
Valor de Mercado: R$536.305 mil
P/L: 7,43
P/VPA: 1,41
Ação: SLED4
(Des)Valorização (base em Dez/08): 19,80%
(Des)Valorização (base Mai/08): -38,47%
Topo Histórico: 34,77226399818 (12/12/2007)
Desvio-padrão (60 meses): 10,65%
Desvio padrão Ibovespa (60 meses): 7,19%
Correlação com Ibovespa: 49,79%
Beta de regressão: 0,74

Odontoprev




Dados da empresa
Sede: Alameda Tocantins 125 (Barueri – São Paulo)
Fundação: 28/08/1987
Listagem: 01/12/2006
Presidente do Conselho de Administração: Eduardo de Toledo (Engenheiro de Produção e Economista formado pela USP, fez carreira no grupo Ultra, é conselheiro independente).
Diretor-Presidente: Randal Luiz Zanetti (Formado em Odontologia, é vice-presidente do conselho e sócio-fundador).
Diretor de Relações com Investidores: José Roberto Borges Pacheco (Economista formado pela UNB, mestre em administração pela FGV).
Auditoria: Deloitte Touche Tohmatsu
Comitês de Governança: Conselho Fiscal
Atividade (segundo Notas Explicativas):
A Odontoprev S.A. (Companhia) iniciou suas operações em 28 de agosto de 1987 e tem por objeto social a atividade de operação de planos privados de assistência odontológica e, nesse sentido, a administração, comercialização ou disponibilização dos referidos planos destinados a pessoas jurídicas e/ou físicas, bem como a participação, como sócia, acionista ou cotista em outras sociedades civis ou comerciais em empreendimentos comerciais de qualquer natureza, no Brasil e/ou no exterior, e a administração de bens próprios e/ou terceiros.
Site de RI

Dados das ações
Código: ODPV3
Segmento de listagem na Bovespa: Novo Mercado
Ibovespa: Nunca fez parte.
Tag Along: 100%
Maior acionista: Dynamo Administração de Recursos (14,33%)
Ações em circulação: 56,51%

Dados Financeiros
Crescimento da Receita (17 trimestres): 30,17% a.a.
Crescimento da Receita (1 ano): 19,73%
Crescimento do Lucro (17 trimestres): 46,18%
Crescimento do Lucro (1 ano): -1,57%
Retorno sobre Patrimônio Líquido (5 anos): 20,56%
Retorno sobre Patrimônio Líquido (2008): 21,37%
Dividendo/Lucro Líquido: 51,48%
Dívida/(Dívida + Patrimônio Líquido): 0%
Nenhum prejuízo nos últimos 10 anos

Indicadores de Mercado (18/05/09)
Valor de Mercado: R$ 710.181 mil
P/L: 12,93
P/VPA: 2,76
(Des)Valorização (base em Dez/08): +23,84%
(Des)Valorização (base Mar/08): -33,27%
Topo Histórico: 57,35742 (01/10/2007)
Desvio-padrão (desde a abertura): 2,56% a.d.
Desvio padrão Ibovespa: 2,6% a.d.
Correlação com Ibovespa: 43,94% a.d.
Beta de regressão: 0,43

IPO
Data: 01/12/2006
Volume da Oferta: R$522 milhões
Oferta primária e secundária
Coordenador líder: Itaú BBA
Preço de lançamento (ajustado): 26,39797032
Valor de mercado (ao preço de R$24): R$ 591.188 mil
(Des)Valorização no primeiro dia: +15,68%
(Des)Valorização: +5,20%
Variação relativa ao Ibovespa (a.m.): -0,30%
P/L (na época): 27,00
P/VPA (na época): 3,86
Motivação para escrever: Essa foi a primeira IPO em que entrei.

Balanços 1T09

Geral
O lucro agregado das empresas (excluídas duplas contagens como Itaúsa, Metalúrgica Gerdau e Telemar NL) caiu 26,74% e a receita subiu meros 1,92% e o ROE médio foi de 12,71% (14,24% em 2008, diferente do que eu apresentei antes porque considera um conjunto de empresas ligeiramente diferente).

A relação Preço/Lucro de 322 empresas (incluindo as que não divulgaram balanços) ficou em 14,01 em 18/05/09 e a relação Preço/Valor Patrimonial ficou em 1,77. Em 31/03/09 esses números eram 10,76 e 1,86 respectivamente. O P/L aumentou porque as ações subiram de lá para cá e os lucros no primeiro trimestre caíram. O P/VPA diminuiu porque os Patrimônios Líquidos não foram reduzidos, já que a soma do lucro das empresas ainda é positiva, apesar de ser menor do que em 2008.

Bancos
Esse trimestre não foi bom para os bancos. A carteira de crédito de todos os bancos de capital aberto que já divulgaram os resultados subiu apenas 1,23% (as operações do SFN cresceram 1,12% no período). Para chegar a esse número, é necessário considerar que a carteira de crédito do Itaú Unibanco em 2008 foi de R$ 221 bilhões, de outra forma teríamos um crescimento irreal (pouco sensato) de mais de 12%. A variação positiva pode até parecer boa, mas essa variação foi muito influenciada pelos bancos públicos. Os bancos privados tiveram um recuo de 1,46% na carteira de crédito, com apenas 3 de 15 apresentando expansão da carteira (Cruzeiro do Sul, Panamericano e Finansinos). Os bancos públicos tiveram uma expansão de 7,20% e apenas um (o da Amazônia) não aumentou o volume de empréstimos.

O lucro líquido dos bancos caiu 22,33%, 15,87% se considerarmos os lucros ajustados de Itaú, Bradesco e Banco do Brasil. Apenas 5 bancos tiveram aumento nos lucros. O Cruzeiro do Sul está com prejuízo em 12 meses e a Nossa Caixa foi o único banco a ter prejuízo nesse trimestre. Cabe notar que o lucro dos bancos que expandiram a carteira de crédito (10 no total) caiu bem mais (-43,27% ou 36,39% ajustando o lucro do Banco do Brasil) do que o lucro dos bancos que reduziram os empréstimos (10,34%). Há uma pequena correlação negativa (4%) entre a variação da carteira de crédito e a variação do lucro.

O resultado bruto subiu 13,8% (ajustando o resultado bruto do Itaú) e a rentabilidade conjunta foi de 15,75% (16,50% em 2008), ajustando os lucros.

Bahema
A Bahema, uma empresa de participações com ações em bolsa, tinha mais de 5% das ações do Unibanco Holding. Com a fusão entre Itaú e Unibanco, a Bahema passou a ter menos do que 5% e entendeu que não era interessante continuar com essas participações e decidiu vender as ações. Mas, se fizesse isso, teria que pagar um imposto de renda considerável (segundo a reportagem do Valor Econômico, a Bahema comprou as ações por R$5 milhões e hoje essa participação vale R$ 580 milhões). Para não ter que fazer isso, vai distribuir essas ações como uma espécie de dividendo aos acionistas ao valor de mercado do Itaú, mas com preço de aquisição de R$2,94 (o custo para a Bahema). Isso faz todo sentido, já que os acionistas pagarão menos imposto do que a companhia pagaria e podem nem pagar esse imposto (se não venderem agora ou se venderem abaixo de R$20 mil por mês). Ou seja, se a empresa pagasse 34% de imposto de renda, poderia distribuir R$382 milhões de dividendos, enquanto que os acionistas, caso paguem 15%, terão R$493 milhões líquidos.

Muitos não devem ter sequer ouvido falar dessa empresa. Não é nem grande nem muito líquida, com média de 117 negócios por mês e volume médio mensal de R$5 milhões. Desde Outubro de 2006 é negociada ao menos uma vez por mês. Tem valor de mercado de R$ 613 milhões (irá cair muito após a distribuição das ações) e teve prejuízo de R$293 milhões em 2008.

A reportagem do Valor está disponível aqui.

Destaques positivos
Para não dizerem que só falei de desgraça. A Natura teve um bom desempenho nesse trimestre, +26,45% na receita e +76,48% no lucro, por conta do Plano de Ação de 2008, segundo consta o Relatório da Administração. Não por acaso, NATU3 rompeu o topo histórico que vinha desde 2006 (é a única ação que atingiu topo histórico em 2009, que eu saiba). Na Redecard, a receita aumentou 27,49% e o lucro ajustado 8,58%. Segundo a ABECS, o número de transações com cartões (débito, crédito e cartões de lojas e redes) aumentou 14,79%. Claro que outras empresas tiveram bons resultados, mas tratarei apenas desses dois casos.

Energia Elétrica
As empresas de energia elétrica, tão exaltadas como setores defensivos, tiveram queda de 21,42% no lucro e queda de 1,31% na receita. Mesmo excluindo a Eletrobrás (que teve um desempenho ruim e é a maior do setor), o lucro continua caindo (6,67%) e o aumento de receita não melhora tanto (2,42%).

Logística e Transporte Ferroviário
Das empresas do setor, apenas a Tegma teve lucro. As demais (ALL, Ferrovia Centro-Atlântico e Log-In) tiveram prejuízo.

Papel e Celulose
Apenas Melhoramentos (Melhor SP e Melpaper) e VCP tiveram prejuízo no trimestre, mas em 12 meses apenas a Melhor SP (por efeitos extraordinários) está com lucro.

Petrobras e Vale
As duas empresas tiveram queda nas receitas e nos lucros. A rentabilidade também caiu.
Petrobras: -9,05% na receita e -19,66% no lucro. ROE 21,86% (23,84% em 2008)
Vale: -8,56% na receita e -0,94% no lucro. ROE: 21,55% (22,10% em 2008).

O crescimento em 17 trimestres (crescimento de 4 anos mais o crescimento nesse primeiro trimestre):
Petrobras: 15,30% na Receita e 15,30% no lucro.
Vale: 25,96% na receita e 34,68% no lucro.

Siderúrgicas
As três grandes siderúrgicas brasileiras tiveram um desempenho uniformemente ruim. Queda de mais ou menos 20% na receita e quedas fortes nos lucros, 90% para Gerdau, 47,43% para CSN e -115,71% para Usiminas (ou seja, foi do lucro ao prejuízo). Se nenhuma das três têm prejuízo em 12 meses, o crescimento em 17 trimestres não está tão bom. A receita da Gerdau sobe a uma taxa anualizada de 11,12%, mas o lucro cai 0,87% (se acertei a complicada conta para combinar balanço em Legislação Societária e IFRS). A receita da CSN sobe 8,17% e o lucro +28,33%. A Usiminas é a que tem o desempenho mais tímido: +4,93% na receita e -5,57% no lucro.

Telefonia
O lucro conjunto desse setor, outro dito defensivo, caiu 75,02%. Mesmo desconsiderando as envolvidas na fusão Brasil Telecom-Telemar, que tiveram perdas extraordinárias com o processo, e a Tele Norte Celular (que incorporou a Amazônia Celular) a queda fica em 33,94%. O crescimento de receitas do setor foi de 27,03% e sem as empresas citadas foi de 9%. Caberia perguntar “e agora, quem irá nos defender”?

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Deslistagem: Unibanco


Todas as informações são referentes ao período anterior à fusão com o Itaú. A Unibanco Holding também foi deslistada, mas não tratarei com detalhes dessa companhia.

Dados da empresa
Sede: Avenida Eusébio Matoso 891 (São Paulo – SP)
Fundação: 14/02/1952
Listagem: 10/4/1969
Deslistagem: 16/04/2009 (deixou de ser negociada em 31/03/2009).
Presidente do Conselho de Administração: Pedro Sampaio Malan (66 anos, engenheiro Elétrico formado na PUC/RJ, doutor em Economia pela Universidade de Berkeley, ministro da Fazenda entre 1995 e 2002).
Diretor-Presidente: Pedro Moreira Salles (58 anos, economista formado na Universidade da Califórnia).
Diretor de Relações com Investidores: Geraldo Travaglia Filho (58 anos, administrador formado pela USP, fez carreira na companhia).
Auditoria: PricewaterhouseCoopers
Comitês de Governança: Comitê de Auditoria (sequer tinha conselho fiscal).
Site de RI

Dados das ações
Código: UBBR3, UBBR4 e UBBR11. Unibanco Holding: UBHD3 e UBDH4.
Segmento de listagem na Bovespa: Nível 1
Ibovespa: Entrou pela primeira vez em Mai/79 com ações ON, PNA e PPA. A ação PNA foi a última a deixar o índice em Mai/88 e o Unibanco só voltaria com as Units, em Mai/05, ficando até a revisão de Mai/09, saindo no final de Março incorporado pelo Itaú.
Tag Along: Não oferecia.
Maior acionista: Unibanco Holding (97,08%), por sua vez controlada indiretamente pela família Salles (94,88% da Unibanco Holding).
Ações em circulação: 2,92% (ON) e 86,75% (PN).

Os dados financeiros e de mercado foram tratados junto com seus pares aqui.

CSU Cardsystem


Última Atualização: 31/08/2009

Dados da empresa
Sede: Avenida Andrômeda 2.000 (Barueri – São Paulo).
Fundação: 1992
Listagem: 02/05/2006
Auditoria: PricewaterhouseCoopers
Atividade (segundo Notas Explicativas):
As operações da CSU Cardsystem S.A. ("CSU" ou "Companhia") compreendem a prestação de serviços de processamento de cartões de crédito e de uso múltiplo, a gestão e operacionalização de teleatendimento ("call centers"), a prestação de serviços de cobrança e concessão de crédito e o desenvolvimento e gestão operacional de programas de relacionamento e fidelização. As operações da CSU são administradas em unidades de negócios, a saber: "Cardsystem" (processamento de cartões), "Telesystem" (serviços de "call center"), "Credit&Risk" (análise de crédito e cobrança) e "MarketSystem" (programas de relacionamento e fidelização).
Site de RI

Dados das ações
Código: CARD3
Nome de Pregão: CSU CARDSYST
Segmento de listagem na Bovespa: Novo Mercado
Ibovespa: Nunca fez parte.
Tag Along: 100%
Maior acionista: O fundador e presidente da companhia participa do controle acionário indiretamente pela GSTAAD Investment Holding Company, junto com fundos de Private Equity. O maior acionista é o River Charles Netherlands (45,94%), controlado pela GSTAAD, que por sua vez possui 14,83% das ações da CSU.
Ações em circulação: 27,29%

Notícias:
A companhia teve prejuízos em 2006 e 2007 por conta do infortunado negócio com a Caixa Econômica Federal, que rompeu um contrato com a CSU. A Exame tem uma reportagem sobre o assunto.

IPO
Data: 13/07/2007
Volume da Oferta: R$341 milhões
Oferta primária e secundária
Coordenador líder: Credit Suisse
Preço de lançamento (ajustado): 18,00
Valor de mercado (ao preço de R$18): R$ 874.289 mil
(Des)Valorização no primeiro dia: -2,78%
(Des)Valorização: -73,89%
Variação relativa ao Ibovespa (a.m.): -4,14%
P/L (na época): 54,46
P/VPA (na época): 6,54

terça-feira, 5 de maio de 2009

Obsolescência das empresas

Há um conselho de investimento de que é recomendável comprar, para longuíssimo prazo, ações de empresas cujos produtos sempre serão consumidos. “Não importa o que aconteça, todo mundo vai comprar...” é a frase padrão.

Essa não é o melhor dos conselhos. Como mostrarei com alguns exemplos, a sobrevivência e a prosperidade de uma empresa dependem muito mais de sua capacidade em se adaptar ao ambiente competitivo do que na perenidade de seus produtos.

Bethlehem Steel: O aço continua até hoje a ser uma matéria-prima importante para a indústria. Nem por isso a Bethlehem Steel continua a operar. O que levou a empresa à falência (decretada em 2003) foi a incapacidade da empresa em se adaptar às novas tecnologias, com a entrada de concorrentes de menor custo (siderúrgicas brasileiras, por exemplo) adotando a tecnologia de mini mills ou integradas verticalmente que as tornaram mais eficientes.

Kodak: As pessoas continuam tirando fotos. Porém, ao invés de usar as máquinas com filmes, usam máquinas digitais. O segredo do sucesso passado da Kodak estava não tanto nas máquinas e mais na venda de filmes. A necessidade de filmes foi abolida com as máquinas digitais, que são muito mais convenientes para o consumidor. Ao não ter coragem de mudar seu modelo de negócios com uma tecnologia que já dispunha (a Kodak sabia bem antes como fazer máquinas digitais), a Kodak passa pelos problemas atuais: a receita cai a uma taxa de 7% ao ano nos últimos 5 anos. A empresa teve lucro em quatro nos últimos sete anos, mas a soma dos lucros e dos prejuízos é negativa (US$ 138 milhões).

Máquina de escrever: Exemplo dos mais usuais de tecnologias obsoletas. É de se imaginar que as empresas que as fabricavam faliram. Uma grande produtora do passado era a IBM, que ganhava vendendo máquinas e prestando assistência técnica. Mesmo com o fim da máquina de escrever, a IBM perdurou. Teve problemas nos anos 90, mas nada a ver com isso.

Big Three (automóveis): As pessoas continuam a consumir automóveis, por sua utilidade (transporte) e pelo status que conferem. Nem por isso, a Chrysler deixou de decretar concordata e as outras duas deixaram de estar na situação atual. Planos generosos de pensão e a lenta adaptação ao ambiente (gasolina mais cara inibe o consumo de carros beberrões, como os SUVs, carro-chefe das empresas) acabaram por debilitar as três.

Companhias aéreas: Viajar de avião continua a ser a maneira mais rápida de viajar. É assim nas últimas décadas e não há perspectiva de substituição no futuro próximo. Mas o setor é campeão de grandes falências. No mundo teve a PanAm e no Brasil só não faliram Tam e Gol (fora a Azul, que começou agora). Os maiores problemas do setor são os choques de custos (aumentos repentinos no preço do petróleo) e a concorrência suicida (liderada pelo concorrente mais idiota, como disse um ex-presidente de uma companhia americana), pelo baixo custo marginal de venda de uma passagem, o que cria ferozes competições por preço.

Victor Talking Machine: Essa é a história mais interessante (e longa). A VTM era a líder em fonógrafos e gravações fonográficas nos Estados unidos. Em 1929, foi comprada pela Radio Corporation of América (RCA) e durante a 2ª guerra a subsidiária japonesa (Victor Compay of Japan) separou-se da RCA. A RCA fabricava uma série de produtos em sua história, com os fonógrafos, LPs, TVs coloridas e também possuía emissoras de rádio (como a NBC). Na década de 70, passou a diversificar demais sua atuação, indo para produtos fora de seu foco (comprou a Hertz, por exemplo), o que se provou uma estratégia destruidora de valor. Na década de 70 e 80 se envolveu na briga de formatos de sistemas caseiros de vídeo com seu SelectaVision. O vencedor, como sabemos, foi o VHS da JVC, que é a Victor Company of Japan. Essa derrota custou caro para a já debilitada RCA.

Em 1986, a General Electric assumiu o controle da companhia e a desmembrou. Hoje, da RCA, só sobraram as marcas. Mas a subsidiária japonesa da VTM, a JVC, continua operando.

Brasil: Vários frigoríficos e sucroalcooleiras estão passando por dificuldades, que nada tem a ver com a perspectiva do negócio. É de se argumentar que no futuro as pessoas não comerão carne (particularmente, acho irrealista) ou que essa de carro a álcool não tem futuro, mas não é essa a fonte dos problemas. O principal problema atual dessas empresas é a questão do crédito.

Futuro: Questão diferente, mas correlata. É de se argumentar que o setor de biocombustíveis, por exemplo será promissor no futuro nem tão distante. O que jamais significa que toda empresa que investe no setor será lucrativa ou mesmo sobreviverá. A Brasil Ecodiesel, para ficar nesse mesmo exemplo: mesmo que os biocombustíveis tenham um estrondoso sucesso, não quer dizer que essa empresa em particular terá sucesso só por trabalhar com esse produto.

Alguém poderia argumentar que um punhado de exemplos não faz uma teoria. Verdade. Mas a ideia de “produtos que sempre serão consumidos” é ainda mais frágil!

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Dívida (Pessoa Física).

Em 27 de Abril, o Valor Econômico publicou um artigo de Luiz Humberto Veiga, disponível no blog dele aqui com um complemento aqui. É um bom lembrete (ou ensinamento) sobre o que significa dívida para pessoa física e como as pessoas tomam decisões sobre endividamento.

Não se consome mais fazendo dívidas, consome-se mais no presente e menos no futuro, já que a pessoa terá que pagar juros, na soma consumindo-se menos. Dívida significa, como o artigo diz, trazer poder de consumo futuro para o presente. Os juros por empréstimos podem ser entendidos como o custo da ansiedade, na definição do autor, e os juros recebidos em aplicações (pense principalmente em renda fixa) como a recompensa pela procrastinação do consumo.

A decisão de se endividar leva em conta os benefícios e os custos de se fazer isso. O benefício que a dívida traz é o prazer, por assim dizer, de consumir mais no presente do que seria possível apenas com o que está disponível. O custo explícito é o juro pago, mas há o custo implícito de perda de oportunidade de poupar. A pessoa irá tomar emprestado se tiver uma forte preferência por consumo presente e irá poupar se tiver uma forte preferência por consumo futuro. Isso tem a ver com o perfil da pessoa e de sua situação financeira.

Mais tecnicamente, pensando em uma situação de dois períodos (hoje e daqui a um ano), a pessoa recebendo $100 em cada período. Se não houvesse mercados de capitais, a pessoa poderia consumir no período 1 no máximo 100 e no período 2 no máximo 200 (isso é representado pela linha vermelha no gráfico). Com mercados de capitais (demais linhas), com juros de aplicação de 6% e três diferentes taxas de empréstimos:
O eixo x é o consumo no período 1 e o eixo y é o consumo no período 2. A linha azul antes de 100 nos dois eixos é comum aos três casos.

Nota-se claramente que é menos atrativo se endividar quando as taxas de juros são maiores. Os máximos consumos no primeiro período são 189, 155 e 125 com taxas de 12%, 80% e 290%.

Aumentar a taxa de aplicação torna mais atrativo poupar, já que aumenta o máximo consumo no segundo período. A diferença entre a linha com e sem mercados de capitais vai aumentando.


Ibovespa (Revisão de Mai/09).

A Bovespa apresentou hoje (04/05/09) a revisão dos índices acionários. No Ibovespa, saiu Unibanco (UBBR11) e o Itaú (permita-me chamar assim o Itaú Unibanco) “herdou” o histórico do Unibanco. Com isso, o Itaú passou a ter a terceira maior participação no índice com 5,909%, à frente da BMF Bovespa (que ocupou o terceiro lugar nas duas últimas revisões) e do Bradesco.

Desde Janeiro/86 Itaú não ficava à frente do Bradesco no Ibovespa e, de 1980 para cá, apenas na revisão de Janeiro/83 Itaú teve a terceira maior participação (atrás de Petrobras e Banco do Brasil).

As 10 ações com maiores participações. A soma é 59,49%. Na última revisão era de 56,06%

PETR4 – 16,605%
VALE5 – 12,155%
ITAU4 – 5,909%
BVMF3 – 4,242%
BBDC4 – 3,845%
GGBR4 – 3,533%
VALE3 – 3,446%
CSNA3 – 3,4%
PETR3 – 3,341%
USIM5 – 3,016%

Para se chegar às 10 empresas com maior participação, basta tirar VALE3 e PETR3.

BBAS3 – 2,337%
ITSA4 – 2,297%

Convenhamos que ITAU4 e ITSA4 são a mesma empresa. CMIG4 (1,672%) seria a 10ª sem Itaúsa, ficando com a "vaga" que era do Unibanco.

sábado, 2 de maio de 2009

Mensais: IPOs (Abr/09)

Uma surpresa nesse mês foi o desempenho da OGX, figurando agora entre as ações com maiores ganhos relativos ao Ibovespa. Tomando como base 13/06/08, data de sua abertura de capital, caiu 24,90% contra 32,53% de PETR4 no mesmo período. No ano, sobe 67,27% contra uma excelente alta de 30,82% de PETR4.

Dia 26 é o aniversário de 5 anos da IPO da Natura, que serve como um marco da retomada das aberturas de capital no Brasil.

Taxa a.m. Retorno desde o primeiro dia de negociações expresso em meses.
IBOV a.m. Retorno do Ibovespa desde o primeiro dia de negociações do ativo
Ganho s/ Ibov: Taxa a.m. – IBOV a.m.

5 maiores altas relativas ao Ibovespa


5 maiores baixas relativas ao Ibovespa



24/105 ações estão com ganhos relativos (22,86%)

21/105 ações estão com ganhos absolutos (20,00%)

Mensais: Bovespa (Abr/09)

A alta em Abril foi a 14ª maior alta mensal no plano real e a maior desde Fevereiro de 2005. Um outro destaque do mês foi o topo histórico da Natura, a máxima de 30/04 (28,26) superando a máxima de 13/10/06 (27,79 ajustada por proventos).

Ibovespa (2009): 25,94%
Ibovespa (12 meses): -30,32%
Ibovespa(topo): -36,03%

Ibovespa:
Maiores altas (2009):
RSID3: 100,22%
GFSA3: 82,29%
CYRE3: 50,42%
BVMF3: 48,89%
CSNA3: 48,74%

Maiores altas (12 meses)
BNCA3: 194,46%
NATU3: 42,07%
TLPP4: 22,01%
UGPA4: 19,84%
TRPL4: 19,43%

Maiores baixas (2009)
VCPA4: -30,62%
GOLL4: -24,07%
TAMM4: -21,01%
KLBN4: -4,83%
CSLC6: -4,15%

Maiores baixas (12 meses):
ARCZ6: -79,57%
VCPA4: -76,47%
GOLL4: -71,46%
TAMM4: -65,44%
USIM3: -61,85%

Amostra de 132 ações:
Maiores altas em 5 anos
TELB4: 1.555,17%
SULT4: 1.065,18%
RCSL4:903,71%
SJUL4: 884,92%
FBMC4: 874,68%

Maiores baixas 5 anos
CAFE4: -89,53%
ESTR4: -78,5%
VPTA4: -67,49%
ARCZ6: -64,66%
VCPA4: -59,75%

Maiores sequências (132 ações)
Alta: BRTP3 E CEPE5: 6 meses
Baixa: Wetzel:4 meses

Datas Importantes e/ou curiosas:
30/04 – 1 ano de Grau de Investimento
13/05 – 52 anos de história da Abnote
15/05 – 50 anos de listagem das Lojas Americanas
22/05 – 11 anos de história da Telemar
26/05 – 5 anos da IPO da Natura.

Topos Históricos mais importantes:
2/05 – ITAU4, BBDC4, ITSA4, CYRE3, GFSA3,
19/05 – VALE3, VALE5, BRAP4, USIM3, USIM5, CSNA3
21/05 – PETR3, PETR4
29/05 - Ibovespa

Mensais: Índices Internacionais (Abr/09)

Abril não foi o mais cruel dos meses para as bolsas mundo afora. Apenas 11 índices de 96 registraram quedas, tendo algumas altas expressivas. A alta mensal do Ibovespa foi a maior desde Fevereiro de 2005 e a 14ª maior do plano real. Em 12 meses, por outro lado, apenas dois índices sobem.

O link para o arquivo com descrição dos índices usados e a fonte de informações.

Maiores altas (mês)
Ucrânia: 49,49%
Bulgária: 28,78%
Romênia: 26,07%
Egito: 23,78%
Chipre:23,60%

Ibovespa: 27º lugar (maior alta – maior baixa)
Altas 85/96

Maiores altas (ano)
Peru: 41,58%
Rússia: 31,81%
Israel: 31,68%
Taiwan: 30,52%
Indonésia: 27,10%

Ibovespa: 7ª maior alta
Altas: 44/96

Maiores altas (12 meses)
Venezuela: 17,40%%
Tunísia: 13,78%

Ibovespa: 26º (Maior Alta – Maior Baixa)

Maiores altas (Dez/04)
Malawai: 753,67%
Mongólia: 741,91%
Montenegro: 299,38%
Peru: 168,95%
Tunísia: 154,86%

Ibovespa: 11ª maior alta
Altas: 44/89

Maiores baixas (mês)
Bermudas: -10,90%
Botsuana: -4,82%
Nepal: -2,46%
Mongólia: -2,05%
Moldava: -1,72%

Maiores baixas (ano)
Costa Rica: -41,64%
Bermudas: -38,41%
Islândia: -37,31%
Nigéria: -32,10%
Sérvia: -24,46%

Maiores baixas (12 meses)
Islândia: -95,69%
Sérvia: -77,84%
Bulgária: -77,83%
Ucrânia: -76,30%
Macedônia: -71,59%

Maiores baixas (5 anos)
Islândia: -95,76%
Sérvia: -73,40%
Emirados Árabes: -72,02%
Macedônia: -69,26%
Bulgária: -68,51%

Maiores sequências:
Altas: Palestina (5)
Baixas: Bermudas: (14)

Desvio-padrão (mensal)
S&P 500: 4,37%
Brasil: 7,19%
Rússia: 10,78%
Índia: 8,20%
China: 10,04%