Mais abertas
Essa reportagem trata das mudanças na Instrução 202 da CVM sobre o registro de companhias abertas, substituindo o relatório Informações Anuais pelo Formulário de Referência. O objetivo das mudanças era oferecer mais informações aos investidores sempre procurando não divulgar informações consideradas estratégicas.
Os principais pontos, segundo a reportagem:
Comentários dos diretores: Nesse formulário deverá ser apresentado um relatório com comentários sobre a situação patrimonial (endividamento e liquidez, por exemplo) e sobre os resultados operacionais (novos produtos, P&D, impacto da inflação, etc.).
Remuneração dos administradores: Não foi tornada obrigatória a divulgação da remuneração individual dos administradores. Mas serão exigidos a divulgação agregada por órgãos, a política de remuneração, a proporção de remuneração fixa e variável e os maiores e menores salários (o que acaba revelando o salário do diretor-presidente, em muitos casos).
Foi excluída a necessidade da divulgação de detalhes da política de investimentos, que foi considerada estratégica demais para se tornar pública.
Uma questão de valores
Por que ações ON e PN possuem valores diferentes? É o que essa reportagem procura responder. O que melhor responde essa pergunta é um artigo de Richard Saito e Alexandre Di Miceli da Silveira, citado na reportagem. Esse artigo apresenta uma análise estatística da diferença entre ações ON e PN durante o período de 1995 e 2006. Os resultados da pesquisa feita mostram que a diferença do preço das ações ON e PN depende principalmente da diferença de liquidez entre as duas classes de ações, da concentração de ações ordinárias, da proporção de ações ordinárias no capital da empresa, do tamanho, da alavancagem, do período e de ser, do tag along ou não empresa familiar. A diferença é maior em favor das ações ordinárias para empresas com ações ordinárias mais líquidas em relação às preferenciais, com controle mais concentrado, menores em tamanho, mais alavancadas, se a empresa é familiar e se deixam de oferecer tag along adicional.
Em outras (e mais) palavras: Ações ordinárias deveriam valer mais do que as preferenciais por dois motivos: 1) Possuem direitos de controle sobre a empresa; 2) Dessa forma, o rendimento com dividendos é maior para as ações preferenciais, se os dividendos pagos por ação forem os mesmos (como são, em geral). O benefício do controle é tanto maior quanto maior for a concentração das ações ordinárias (que se não aumenta o valor das ordinárias, deveria diminuir o das preferenciais), se não houver tag along diferenciado e se a empresa for familiar (em geral, com governança pior). Porém, uma liquidez muito baixa das ações ordinárias diminui o valor dessa classe por impor um prêmio por iliquidez. É por isso que empresas como Itaú-Unibanco, Bradesco e Gerdau possuem ações preferenciais mais valiosas (as três pagam o mesmo de dividendo para as duas classes).
Os melhores na mesa
A reportagem trata do papel do conselheiro nos conselhos de administração e de suas mudanças para que as reuniões deixem de parecer “chá das cinco”. Por parte da oferta, os possíveis conselheiros passaram a ter mais cuidado na escolha de aceitar ou não um convite, menos preocupados com o prestígio e a remuneração e mais preocupados em conhecer melhor as empresas para não colocarem em risco a imagem e o patrimônio. O perfil procurado é de um conselheiro que já não esteja em muitos assentos, com um perfil financeiro (ex-CFO, ou controller ou “engenheiro financeiro”), ou de gerente geral e que conheça bem o setor de atuação. Porém, não está muito fácil satisfazer todas essas condições.
Alta performance
A reportagem trata dos investidores de alta freqüência (high frequency traders) que utilizam algoritmos para executar operações automaticamente. Trata dos potenciais benefícios para os investidores do uso dessas ferramentas na forma de retornos superiores e os indiscutíveis benefícios de geração de corretagens. Cita uma ferramenta interessante (Machine Readable News) que dispara ordens quando certas palavras surgem juntas em notícias (o exemplo usado foi a combinação “Petrobras”, “confirma” e “pré-sal”). Se esse sistema gerar apenas sinais confiáveis, pode tornar muito mais rápida a incorporação de informações nos preços.
Mas há alguns usos negativos dessas ferramentas, como o flash trading, que permite que certos investidores vejam as ordens de compra ou de venda alguns milésimos de segundos antes do resto do mercado, melhorando o desempenho dos algoritmos. Outro uso é o spoofing, a criação artificial de liquidez para atrair investidores para uma ponta enquanto opera-se na outra ponta.
Unidas pelo erro
Nessa coluna, são analisados 9 escândalos (de 10 empresas mais o Bernard Madoff) recentes envolvendo a questão da governança sob 11 critérios. Incluem-se os casos brasileiros da Agrenco e da Sadia/Aracruz (as duas em conjunto).
Essa reportagem trata das mudanças na Instrução 202 da CVM sobre o registro de companhias abertas, substituindo o relatório Informações Anuais pelo Formulário de Referência. O objetivo das mudanças era oferecer mais informações aos investidores sempre procurando não divulgar informações consideradas estratégicas.
Os principais pontos, segundo a reportagem:
Comentários dos diretores: Nesse formulário deverá ser apresentado um relatório com comentários sobre a situação patrimonial (endividamento e liquidez, por exemplo) e sobre os resultados operacionais (novos produtos, P&D, impacto da inflação, etc.).
Remuneração dos administradores: Não foi tornada obrigatória a divulgação da remuneração individual dos administradores. Mas serão exigidos a divulgação agregada por órgãos, a política de remuneração, a proporção de remuneração fixa e variável e os maiores e menores salários (o que acaba revelando o salário do diretor-presidente, em muitos casos).
Foi excluída a necessidade da divulgação de detalhes da política de investimentos, que foi considerada estratégica demais para se tornar pública.
Uma questão de valores
Por que ações ON e PN possuem valores diferentes? É o que essa reportagem procura responder. O que melhor responde essa pergunta é um artigo de Richard Saito e Alexandre Di Miceli da Silveira, citado na reportagem. Esse artigo apresenta uma análise estatística da diferença entre ações ON e PN durante o período de 1995 e 2006. Os resultados da pesquisa feita mostram que a diferença do preço das ações ON e PN depende principalmente da diferença de liquidez entre as duas classes de ações, da concentração de ações ordinárias, da proporção de ações ordinárias no capital da empresa, do tamanho, da alavancagem, do período e de ser, do tag along ou não empresa familiar. A diferença é maior em favor das ações ordinárias para empresas com ações ordinárias mais líquidas em relação às preferenciais, com controle mais concentrado, menores em tamanho, mais alavancadas, se a empresa é familiar e se deixam de oferecer tag along adicional.
Em outras (e mais) palavras: Ações ordinárias deveriam valer mais do que as preferenciais por dois motivos: 1) Possuem direitos de controle sobre a empresa; 2) Dessa forma, o rendimento com dividendos é maior para as ações preferenciais, se os dividendos pagos por ação forem os mesmos (como são, em geral). O benefício do controle é tanto maior quanto maior for a concentração das ações ordinárias (que se não aumenta o valor das ordinárias, deveria diminuir o das preferenciais), se não houver tag along diferenciado e se a empresa for familiar (em geral, com governança pior). Porém, uma liquidez muito baixa das ações ordinárias diminui o valor dessa classe por impor um prêmio por iliquidez. É por isso que empresas como Itaú-Unibanco, Bradesco e Gerdau possuem ações preferenciais mais valiosas (as três pagam o mesmo de dividendo para as duas classes).
Os melhores na mesa
A reportagem trata do papel do conselheiro nos conselhos de administração e de suas mudanças para que as reuniões deixem de parecer “chá das cinco”. Por parte da oferta, os possíveis conselheiros passaram a ter mais cuidado na escolha de aceitar ou não um convite, menos preocupados com o prestígio e a remuneração e mais preocupados em conhecer melhor as empresas para não colocarem em risco a imagem e o patrimônio. O perfil procurado é de um conselheiro que já não esteja em muitos assentos, com um perfil financeiro (ex-CFO, ou controller ou “engenheiro financeiro”), ou de gerente geral e que conheça bem o setor de atuação. Porém, não está muito fácil satisfazer todas essas condições.
Alta performance
A reportagem trata dos investidores de alta freqüência (high frequency traders) que utilizam algoritmos para executar operações automaticamente. Trata dos potenciais benefícios para os investidores do uso dessas ferramentas na forma de retornos superiores e os indiscutíveis benefícios de geração de corretagens. Cita uma ferramenta interessante (Machine Readable News) que dispara ordens quando certas palavras surgem juntas em notícias (o exemplo usado foi a combinação “Petrobras”, “confirma” e “pré-sal”). Se esse sistema gerar apenas sinais confiáveis, pode tornar muito mais rápida a incorporação de informações nos preços.
Mas há alguns usos negativos dessas ferramentas, como o flash trading, que permite que certos investidores vejam as ordens de compra ou de venda alguns milésimos de segundos antes do resto do mercado, melhorando o desempenho dos algoritmos. Outro uso é o spoofing, a criação artificial de liquidez para atrair investidores para uma ponta enquanto opera-se na outra ponta.
Unidas pelo erro
Nessa coluna, são analisados 9 escândalos (de 10 empresas mais o Bernard Madoff) recentes envolvendo a questão da governança sob 11 critérios. Incluem-se os casos brasileiros da Agrenco e da Sadia/Aracruz (as duas em conjunto).
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