... Relações com Investidores
Duas reportagens da Revista RI de Setembro/09 sobre o assunto. A primeira (“Twitter & Investidores”) relata casos de empresas que já utilizam o Twitter como ferramenta de RI, casos de Weg, Tam, Gol e Tim. Os argumentos favoráveis à adoção do Twitter pelas áreas de RI incluem agilidade e interatividade. Na parte dos cuidados a serem tomados, a reportagem inclui alertas de que um perfil do Twitter não substitui o site de RI e não deve ser usado para divulgação de informações que exijam fato relevante. Também, mesmo que uma empresa decida não ter um perfil, pode ser importante monitorar o Twitter atrás de perfis falsos (que existem aos montes) e de discussões sobre a empresa, principalmente as que possam denegrir sua imagem.
A outra reportagem (“Acreditem, a velha (e boa) comunicação ainda dá resultado!”), ao contrário da primeira, é mais cética sobre o Twitter. De negativo (da reportagem), parece haver na reportagem a idéia de que o Twitter (ou um blog) é usado em substituição ao site de RI ou outras ferramentas. A relação é mais de complementariedade, já que, em muitos casos, a postagem inclui um link para o site. De positivo, diz que essa não é uma ferramenta a ser adotada por toda e qualquer empresa e que é necessário usar de critério para aderir, e não usar apenas porque os outros estão usando.
Twitters de RI que eu conheço (incluindo apenas os que são exclusivamente de RI)
http://twitter.com/GOLinvest
http://twitter.com/LUPA3
http://twitter.com/tim_ri
http://twitter.com/weg_ir
http://twitter.com/bradesco_ri
http://twitter.com/itauunibanco_ri
... e Valor.
A empresa recebeu um aporte de investidores privados de US$ 100 milhões, o que daria um valor de mercado de US$ 1 bilhão para a empresa. No Brasil, isso equivale, aproximadamente, ao valor de um banco médio como o Daycoval ou o Panamericano ou de uma OHLB. Será que a empresa vale tanto?
Aswath Damodaran examinou essa questão em seu blog. Suspeita que essa avaliação tenha sido baseada no valor pago a investidores por uma fatia no Facebook, que recebeu algo como US$ 32,5 por cada um de seus 200 milhões de membros. Aplicando o mesmo múltiplo ao Twitter resulta no valor de US$ 975 milhões, bem próximo a US$ 1 bilhão. Em um texto subseqüente, Damodaran fala dos perigos de uma avaliação relativa tão simplória, se é que foi aplicada nesse caso.
Mas a principal opinião dele é a de que o Twitter deve ser entendido e avaliado mais como uma opção do que como uma empresa estabelecida. O Twitter é uma empresa que, com um bom modelo de negócios, pode se tornar uma ainda mais valiosa ou, se não se desenvolver, pode não valer nada. O valor da empresa hoje tem muito menos a ver com seu estado atual e mais com as possibilidades futuras.
... e investidores privados
Outro fato importante é a empresa ter se capitalizado com dinheiro vindo de investidores privados, não via uma abertura de capital. É possível especular quais os motivos dessa opção de financiamento. Segundo um modelo desenvolvido por Chemmanur e Fulghieri, uma empresa prefere capital privado a capital de investidores de bolsa se os custos de adquirir informações (por parte dos investidores) forem muito elevados assim como a incerteza tecnológica. Nesse caso, o custo de capital de investidores privados é menor do que o custo de capital em uma abertura de capital, apesar dos investidores privados serem mais avessos a risco (por serem menos diversificados) e terem mais poder de barganha na negociação (por serem poucos).
Se os donos do Twitter pensaram nisso ou não, é incerto. Mas parece que fizeram a melhor opção.
Duas reportagens da Revista RI de Setembro/09 sobre o assunto. A primeira (“Twitter & Investidores”) relata casos de empresas que já utilizam o Twitter como ferramenta de RI, casos de Weg, Tam, Gol e Tim. Os argumentos favoráveis à adoção do Twitter pelas áreas de RI incluem agilidade e interatividade. Na parte dos cuidados a serem tomados, a reportagem inclui alertas de que um perfil do Twitter não substitui o site de RI e não deve ser usado para divulgação de informações que exijam fato relevante. Também, mesmo que uma empresa decida não ter um perfil, pode ser importante monitorar o Twitter atrás de perfis falsos (que existem aos montes) e de discussões sobre a empresa, principalmente as que possam denegrir sua imagem.
A outra reportagem (“Acreditem, a velha (e boa) comunicação ainda dá resultado!”), ao contrário da primeira, é mais cética sobre o Twitter. De negativo (da reportagem), parece haver na reportagem a idéia de que o Twitter (ou um blog) é usado em substituição ao site de RI ou outras ferramentas. A relação é mais de complementariedade, já que, em muitos casos, a postagem inclui um link para o site. De positivo, diz que essa não é uma ferramenta a ser adotada por toda e qualquer empresa e que é necessário usar de critério para aderir, e não usar apenas porque os outros estão usando.
Twitters de RI que eu conheço (incluindo apenas os que são exclusivamente de RI)
http://twitter.com/GOLinvest
http://twitter.com/LUPA3
http://twitter.com/tim_ri
http://twitter.com/weg_ir
http://twitter.com/bradesco_ri
http://twitter.com/itauunibanco_ri
... e Valor.
A empresa recebeu um aporte de investidores privados de US$ 100 milhões, o que daria um valor de mercado de US$ 1 bilhão para a empresa. No Brasil, isso equivale, aproximadamente, ao valor de um banco médio como o Daycoval ou o Panamericano ou de uma OHLB. Será que a empresa vale tanto?
Aswath Damodaran examinou essa questão em seu blog. Suspeita que essa avaliação tenha sido baseada no valor pago a investidores por uma fatia no Facebook, que recebeu algo como US$ 32,5 por cada um de seus 200 milhões de membros. Aplicando o mesmo múltiplo ao Twitter resulta no valor de US$ 975 milhões, bem próximo a US$ 1 bilhão. Em um texto subseqüente, Damodaran fala dos perigos de uma avaliação relativa tão simplória, se é que foi aplicada nesse caso.
Mas a principal opinião dele é a de que o Twitter deve ser entendido e avaliado mais como uma opção do que como uma empresa estabelecida. O Twitter é uma empresa que, com um bom modelo de negócios, pode se tornar uma ainda mais valiosa ou, se não se desenvolver, pode não valer nada. O valor da empresa hoje tem muito menos a ver com seu estado atual e mais com as possibilidades futuras.
... e investidores privados
Outro fato importante é a empresa ter se capitalizado com dinheiro vindo de investidores privados, não via uma abertura de capital. É possível especular quais os motivos dessa opção de financiamento. Segundo um modelo desenvolvido por Chemmanur e Fulghieri, uma empresa prefere capital privado a capital de investidores de bolsa se os custos de adquirir informações (por parte dos investidores) forem muito elevados assim como a incerteza tecnológica. Nesse caso, o custo de capital de investidores privados é menor do que o custo de capital em uma abertura de capital, apesar dos investidores privados serem mais avessos a risco (por serem menos diversificados) e terem mais poder de barganha na negociação (por serem poucos).
Se os donos do Twitter pensaram nisso ou não, é incerto. Mas parece que fizeram a melhor opção.
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