segunda-feira, 3 de setembro de 2012

A semana (20/08-03/09)

Finanças

Carros: conheça a (caríssima) Estrutura de Preços no Brasil – Fiquei feliz no ponto 3.1., mas o quarto ponto retoma o uso indevido, na minha opinião, do custo de oportunidade. Cash flow, guys, cash flow...


Economia

O PIB janta com Lula – Ãh… o capitalismo de compadrio…



More work, less play: Rinehart sets out road to riches – O engraçado é como a discussão descamba para a questão da qualidade de vida ou que uma das grandes coisas da Austrália é beber e se divertir. O ponto de Rinehart é que as pessoas querem ganhar dinheiro de graça e não querem saber dos sacríficos necessários: trabalhar, estudar, poupar, investir, tomar risco etc. Sem isso, ou a pessoa ganha na loteria ou faz conluio com o governo.

Caixa recebe capitalização de R$ 1,5 bi do Tesouro e já negocia novos aportes – Mau sinal para o pagador de impostos. Resgates a vista.

Rede de cinema é multada por descumprir lei da meia-entrada no Rio – Na prática, a grande maioria dos jovens com menos de 121 aos pagam meia-entrada.


Junk Food Costs Its Buyers More – O sujeito é desmentido por ele mesmo! 2011: “The fact is that most people can afford real food.”. 2012: “Not everyone can afford fresh fruits and vegetables, especially from farm stands!”

Canal do Otário: GOL 1.0 – Volkswagen – Na parte dos culpados, concordo com o número 1 (governo), principalmente pelo imposto não mencionado, o de importação que protege da concorrência externa e possibilita os preços elevados, mas não tanto com os 2 e 3 (montadoras e bancos financiadores) por conta do quarto item: o próprio consumidor. As montadoras cobram o que querem, os bancos idem, mas o consumidor tem o maior poder de todos, o de dizer não. Se continua comprando mesmo com preços elevados e financiamentos caros, é porque julgam a transação como justa para eles.


Liberdades Individuais


Barreira a vinho importado não deve sair – Vitória da liberdade ou lobby fraco?

Uma única lição de economia – “O estado natural do homem é a pobreza, e não a riqueza” e o objetivo da organização econômica é sair desse estado natural. O texto me fez lembrar da análise alquímica-econômica do livro Dinheiro e Magia: tudo que precisamos para ter a tecnologia de hoje sempre esteve a disposição do homem, mas é necessário extrair valor econômico da natureza.

Projeto proíbe lanchonetes de vender refeição junto com brinquedos – Começa inocentemente com brinquedos e lanches. Quando a gente abre o olho...



Outros assuntos

Frente quer 10% do orçamento para a saúde – Que fetiche por 10%. Será que é a comissão padrão?

Matemática da semana
“O que parece ser uma bobagem, como uma economia de 0,1% ao mês, durante 20 anos equivale a 100% a mais." – =(1,001^(12*20)) = 1,27 < 2. Close enough!

Leituras
Na última edição do Journal of Finance tem um artigo muito interessante do Rajan Raghuram, The Corporation in Finance. Um parágrafo muito bom logo no começo:

“A estrutura da firma abrange as pessoas que trabalham para ela, o modo como seu trabalho é organizado e compensado, os ativos que possui, a natureza da propriedade e do controle da firma, as relações da firma com fornecedores e compradores etc. Quando pensamos sobre seu financiamento, nos referimos à variedade de créditos que emitiu, a divisão entre financiamento interno e externo, e o poder de credores externos sobre as decisões operacionais e estratégicas, assim como sobre seus fluxos de caixa. A estrutura e o financiamento da firma se concentram ao redor de um problema comum: como criar VPL, qual seja, valor líquido de custos de oportunidade dos insumos, e então como alocar de volta aos agentes da economia de uma forma a maximizar criação de valor”.

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