sábado, 31 de março de 2012

Mensais: IPOs (mar/12)

(A primeira página estava mais bonita com o post anterior, mas o blog deve seguir em frente)

Serão consideradas as ofertas:
* Ocorridas a menos de 5 anos
* Que sejam realmente ofertas públicas iniciais
* Que ainda sejam negociadas, excluídas as que foram incorporadas por outras empresas.
* As ofertas dos últimos 12 meses foram desconsideradas por serem muito recentes

Taxa a.m. Retorno desde o primeiro dia de negociações expresso em meses.
IBOV a.m. Retorno do Ibovespa desde o primeiro dia de negociações do ativo
Ganho s/ Ibov: Taxa a.m. – IBOV a.m.

5 maiores altas relativas ao Ibovespa
Ação; Taxa a.m.; IBOV a.m.; Ganho s/ IBOV
MPLU3; 4,01%; -0,32%; 4,33%
LLIS3; 4,11%; 0,02%; 4,09%
RNEW11; 4,15%; 0,06%; 4,08%
ARZZ3; 3,83%; -0,24%; 4,07%
RADL3; 3,62%; -0,27%; 3,89%

5 maiores baixas relativas ao Ibovespa
Ação; Taxa a.m.; IBOV a.m.; Ganho s/ IBOV
MILK1; -10,03%; -0,02%; -10,00%
AGEN11; -6,52%; 0,07%; -6,58%
VIVR3; -4,66%; 0,69%; -5,35%
SGPS3; -3,04%; 0,36%; -3,40%
HRTP3; -3,70%; -0,44%; -3,26%

42/79 ações estão com ganhos relativos (53,16%)

45/79 ações estão com ganhos absolutos (56,96%)

domingo, 25 de março de 2012

Enganados pela composição

A composição faz com que as coisas pareçam maiores do que são. Fonte da foto:  horlo
R. David McLean
Journal of Portfolio Management. Inverno. 2012

Todos os que estudam o mercado acionário já devem ter se deparado com a seguinte história: tire os dez maiores retornos do mercado e veja o rendimento de longo prazo cair miseravelmente, indicando que um pequeno número de observações é que acaba por definir o desempenho das ações. Especificamente, Taleb (2008) examinou o S&P 500 no período entre 1955 e 2005. US$ 1 investido em 1955 se converteria em US$ 191, mas, excluindo os dez dias de maior retorno, seria apenas US$ 112, uma perda de exatos US$ 78,92. Ou seja, aproximadamente quarenta porcento (mas pode arredondar para metade como faz Taleb) do retorno do mercado se deve apenas a esses dez dias. 10 dias valem tanto quanto 50 anos.

O que McLean argumenta é que análises desse tipo enganam pela composição, parafraseando título de outro livro do autor supracitado. No artigo, o autor basicamente expõe as falhas do Buy-and-Hold Average Return (BHAR) para cálculo de retornos anormais (acima da referência), havendo um erro comum com a análise do primeiro parágrafo que é a falácia da composição, que faz com que as coisas pareçam maior do que são. O exemplo base é a de um evento que produz retorno anormal de 1% em dado mês, com a referência rendendo 1%. Em um ano, mesmo que não haja mais retornos acima do índice, o retorno anormal medido pelo BHAR será de 1,12%. Em cinco anos, será de 1,80% e para, para chutar o balde, será 387,71% em cinquenta anos. Isso tudo sendo que o retorno anormal só ocorreu no primeiro mês e nunca mais voltou a acontecer. O problema dessa abordagem é que o retorno anormal inicial é capitalizado com juros compostos, que incidirão sobre a parcela normal e também sobre a que excedeu a referência, fazendo com que o ganho acumulado seja cada vez maior em relação à referência.

No caso da análise do primeiro parágrafo, excluir os dez pregões remove o desempenho desses dias, mas também seu efeito composto nos demais. O efeito isolado dos dez melhores pregões é de 55%, que é pouco dentro da alta de 19.000% no período. Ou seja, remover os dez pregões por si só representariam uma perda de US$ 0,55, que é o ganho somado dos retornos independentes desses dez pregões. Não há dúvida que se por algum azar da natureza o investidor saísse do mercado justamente nesses dez dias e sua perda seria de 78,92, porém, a quase totalidade dessa perda se deve ao efeito composto dos demais períodos. Uma maneira de observar isso é que não há "pulos" anormais no gráfico de evolução dos retornos com ou sem esses dez pregões e o desenho do gráfico é quase idêntico nos dois casos, com a exceção de que um vai mais longo do que o outro.

Outro ponto é que é possível excluir os 10 piores pregões para analisar a mesma questão. O valor da carteira sem os melhores e os piores pregões é de US$ 253. Se os dez melhores pregões respondem por metade do retorno de mercado, como seria possível criar uma carteira muitíssimo melhor mesmo sem essa metade? Claro que os dez maiores retornos são relevantes e de elevada magnitude, sendo mais de cinco vezes o desvio-padrão. Mandelbrot e Taleb (2006) argumentam que a análise mostrava que esses dez pregões não são outliers, desvios anormais, e sim que são observações normais e que o foco do estudo dos retornos deveria ser nesses retornos extremos. O que se observa é que essas observações são sim outliers, que ocorrem com maior frequencia do que a distribuição normal sugere (o que se sabe há décadas), mas que sua importância é exagerada quando se mostra o gráfico acima.

Há duas metodologias substitutas ao BHAR. A primeira é o CAR (Retorno Anormal Acumulado), que é a soma dos retornos anormais; a segunda é AAR (Retorno Anormal Médio), que é a média dos retornos anormais. Retomando ao exemplo base do segundo parágrafo, o CAR é 1% (1% mais vários zeros) e o AAR é decrescente. E é esperado que o retorno anormal médio seja decrescente ao invés de crescente. Para isso, basta considerar que estamos analisando um fundo de investimentos que gera valor apenas no primeiro mês. Se o investidor sair logo no primeiro mês, irá obter um ótimo retorno para o tempo que permaneceu no investimento. Porém, como o fundo não gera valor, o retorno em função do tempo irá piorar. O investidor continuará com seu dinheiro aplicado no fundo, mas não vai ganhar nada acima de sua referência, e o retorno anormal inicial parecerá cada vez menor conforme o presente se afasta temporalmente do início. Em dez anos, o AAR é de 0,01%. Faz muito sentido atribuir ao hipotético fundo um desempenho anormal de 0,01% do que de os 3,27% do BHAR.

Uma justificativa para utilizar o BHAR é a de que esse método melhor examina a situação de um investidor de verdade, porém, a situação seria a mesma se o investidor aplicasse no primeiro mês e depois migrasse para a carteira de referência.

Dessa forma, é necessário tomar cuidado com a composição dos juros na hora de examinar uma questão. Para análise de retornos anormais, não é adequado utilizar a composição (BHAR). Também, atribuir a um pequeno número de observações um enorme peso é confundir os retornos dessas observações com a capitalização das mesmas. Adicionalmente ao que se discutiu, incluo que, ao analisar o desempenho de um investidor ou fundo na comparação com o mercado, incorre-se no mesmo erro de composição ao utilizar diferentes janelas de tempo. Por exemplo, um fundo que renda sempre 2%, o dobro do mercado, terá desempenho mais de 3 vezes melhor do que o mercado em dez anos. Em quinze anos, será quase seis vezes maior. No entanto, o retorno é só duas vezes maior, o resto sendo devido à capitalização desses retornos. A habilidade do gestor ou investidor é de obter retornos duas vezes maior, o que já seria excelente (bom demais para ser verdade?), mas não três ou seis vezes mais. Dessa forma, é necessário ter cautela ao examinar retornos de fundos em prazo muito longo. É capaz que grande parte do retorno (devido à composição) se refira a um período, e quem entrou depois não irá obter esse retorno. Se for possível efetuar, cálculo de AAR ou CAR ajudaria a ter uma melhor ideia da atratividade de investir no fundo do que o BHAR.

Outros erros matemáticos difíceis de perceber já analisados aqui são: usar valor futuro ao invés de valor presente (ver aqui) e usar taxa interna de retorno quando o certo seria a média (aqui).

terça-feira, 20 de março de 2012

Como diretores financeiros agem?

John R. Graham e Campbell R. Harvey
Journal of Financial Economics. Volume 60. pp 187-243. 2001

A teoria de Finanças Corporativas discute muito como as decisões financeiras deveriam ser tomadas dentro das empresas e analisam as evidências sobre o efeito de alguma prática nos resultados da empresa. A pesquisa de Harvey e Graham vai mais direto ao ponto ao procurar determinar como as decisões são de fato tomadas. A amostra consiste de 392 (de 4.400 tentativas) diretores financeiros de empresas nos Estados Unidos. Além de simplesmente descrever o comportamento dos diretores, os autores procuraram examinar as características das empresas que dirigem e como se relacionam com as práticas relatadas. Essa abordagem permite criar dados primários sobre assuntos que não constam de dados públicos, mas há a desvantagem de não ser possível verificar se as respostas correspondem à realidade (ou seja, se o diretor financeiro realmente utiliza TIR ao invés de VPL, por exemplo).

São três áreas pesquisadas: orçamento, custo de capital e estrutura de capital. Na primeira, a pergunta é sobre quais método de avaliação de projetos são utilizados, atribuindo-se notas de 0 a 4 com relação à frequência de uso. Os resultados estão na figura 2 do artigo, mostrando a porcentagem de diretores que usam com grande frequência (nota 3 ou 4) cada técnica. Os números mostram a popularidade da taxa interna de retorno e do valor presente líquido. O tempo de retorno (payback period ou, como é conhecido no Brasil, apenas payback) continua sendo bastante utilizado apesar das grandes limitações (que não cabe aqui analisar quais são), assim como o tempo de retono descontado.

Em outra análise, os autores constatam que os diretores de empresas maiores são mais propensos a utilizar TIR e VPL do que diretores de empresas menores. Mais importante, o tempo de retorno é uma das principais técnicas utilizadas por diretores de empresas menores (terceira principal, pouco atrás de TIR e VPL), sendo que para os de empresas maiores é apenas a quinta. Um padrão semelhante ocorre com empresas mais alavancadas, o tempo de retorno sendo apenas o quinto método preferido, com as quatro outras técnicas mais utilizadas sendo mais empregadas por empresas mais alavancadas do que pelas menos endividadas.

O uso do tempo de retono é maior em empresas menores, como foi visto, mas também em empresas com diretor-presidente (CEO) mais velho (idade> 59) e com mandatos mais longos. O fato de o diretor-presidente ter feito MBA não é importante isoladamente, mas considerando apenas as empresas menores o fato do presidente ter feito MBA diminui a chance do tempo de retorno ser mais utilizado. Talvez a falta de sofisticação de algumas empresas leve ao maior uso do tempo de retorno, possivelmente a técnica mais antiga de avaliação de projetos. Dessa forma, empresas maiores utilizam menos esse método, assim como é maior a chance dessas empresas utilizarem técnicas sofisticadas como a análise de sensibilidade e Valor em Risco. Algumas teorias sugerem que o tempo de retorno é mais utilizado em empresas com maiores restrições financeiras (mais alavancadas, com menor nota de crédito e que não pagam dividendos), mas nenhuma relação desse tipo foi encontrada.

O próximo tópico é o custo de capital. O método mais popular de longe é o CAPM, com o retorno histórico das ações vindo em um distante segundo lugar e um modelo multifatorial.

O CAPM é mais utilizado por empresas maiores, mais alavancadas, com menor propriedade da direção, por empresas de capital aberto, com vendas no exterior e componentes da Fortune 500. O único outro resultado interessante diz respeito a utilizar “qualquer taxa que os investidores disserem que esperam”, maior para empresas menores, não grau de investimento, com maior participação dos administradores no capital social, fora do Fortune 500 e sem capital aberto. Caso esse investidor a que se refere a pergunta seja capital externo (fundo de Private Equity, Venture Capital ou Investidor Anjo), então faz sentido que o custo de capital seja definido por esses investidores, na minha opinião. As características citadas levam a crer que haja um investidor externo com participação na empresa ou talvez gestão pelo próprio dono (e se a empresa for de capital fechada, é esse dono que definirá o que é o custo de capital). Também é minha opinião que, na busca por capital externo que não seja o mercado de capitais, a apresentação do projeto deve incluir a taxa interna de retorno, não o VPL, já que este dependerá do custo de capital a ser empregado, e na verdade quem vai definir o custo de capital será o fornecedor do capital, e não o conjunto de investidores no mercado acionário. Se o investidor externo acha crível a projeção de fluxo de caixa, caberá a ele definir se a TIR é aceitável ou não.

Ainda sobre custo de capital, foi perguntado se o diretor financeiro altera a sua estimativa de custo de capital ou os fluxos de caixa por conta de algum fator de risco. A tabela abaixo mostra as respostas.

A prevalência de mudanças de acordo com risco de mercado está coerente com a predominância do CAPM. O único resultado interessante na análise das características da empresa é que as mais alavancadas se preocupam mais com o PIB e o ciclo econômicos do que empresas menos endividadas. É de se notar da tabela acima a pouca importância dada pelos diretores ao momento, à relação Preço/Valor Contábil e o tamanho, que são os fatores do modelo de quatro fatores.

A última questão a respeito do custo de capital é sobre se as empresas utilizam diferentes taxas de desconto para diferentes projetos, ou uma mesma taxa para todas as análises. A maior parte das empresas (58,79%) frequentemente utilizam a mesma taxa de desconto para todos os projetos, pouco mais da metade ajustando a taxa ao risco do projeto (como as alternativas não são excludentes, essa soma não da 100%). Empresas maiores, mais alavancadas, que pagam dividendos, que são de capital aberto e componentes da Fortune 500 são mais propensas a ajustarem a taxa ao risco do projeto. Mesmo empresas com vendas no exterior são mais propensas a utilizarem a mesma taxa para avaliar todos os projetos.

Por fim, é perguntado sobre as práticas de estrutura de capital das empresas. A primeira questão é sobre a estrutura de capital ótima (composição de capital próprio e de terceiros que maximiza o valor da empresa). São feitas diversas questões sobre diferentes instrumentos financeiros, sendo essa parte bastante extensa. A primeira questão é sobre os custos e benefícios da dívida. O benefício fiscal da dívida, chave nas teorias de estrutura de capital, não parece ser levado muito em conta, aparecendo apenas na sexta de fatores considerados na definição da estrutura de capital. Obter tratamento fiscal favorável não é dos principais fatores considerados na decisão de emitir títulos de dívida no exterior, as empresas maiores e com vendas no exterior sendo mais propensas a emitir títulos com essa finalidade. A tributação sobre os investidores (capital próprio ou de terceiros) não é considerada relevante pelos diretores financeiros. Potenciais custos com dificuldades financeiras não são considerados relevantes, mas o impacto da decisão de estrutura de capital na nota de crédito é um dos principais fatores. A volatilidade de lucros e fluxos de caixa é o terceiro principal fator, principalmente para empresas com nota de crédito pior, indicando que as empresas podem reduzir a dívida com preocupações com custos de falência. Flexibilidade e nota de crédito são os principais fatores levados em conta na decisão de estrutura de capital.

Foi perguntado explicitamente se as empresas adotam uma estrutura de capital-alvo. Apenas 44% dos diretores alegam que as empresas que dirigem adotam um alvo definido mais ou menos restritivo, o maior grupo (37%) tendo um alvo flexível e 19% não adotando qualquer alvo. Empresas maiores, de grau de investimento. A emissão de ações para manter a estrutura de capital no alvo definido é importante para mais de 50% dos respondentes, principalmente para empresas mais alavancadas.

Mas qualquer razão entre dívida e capital próprio varia de acordo com o valor de mercado das ações, o que exigiria rebalanceamento por parte das empresas. Porém, poucas empresas levam em conta as variações nos preços das ações na formulação de políticas relacionadas ao endividamento, mesmo entre políticas que seguem uma estrutura-alvo. O que pode explicar esse comportamento são os custos de transação envolvidos no rebalanceamento da estrutura de capital, um terço dos respondentes alegando que esse é um fator-chave, principalmente em empresas menores. No entanto, perguntas mais diretas sobre o assunto, como a decisão de postergar ou cancelar a emissão de dívidas por conta dos custos, indicam que os custos de transação não são importantes.

O modelo da ordem hierárquica (pecking order) indica que capital externo (emissão primária de ações ou dívida) é buscado quando o capital interno (reinvestimento de lucros) é insuficiente para as demandas da empresa. Um dos fatores que levariam a corroborar o modelo é o interesse das empresas por flexibilidade financeira, que, na pesquisa dos autores, é o principal fator que influencia a decisão de estrutura de capital. Mas isso por si só é insuficiente para validar o modelo. A emissão de dívida por conta de recursos internos insuficientes é um dos principais fatores, porém, para ações, reinvestimento de lucros em montante insuficiente não é um fator importante na decisão de emitir ações. Isso pode se dar por conta da elevada preocupação com o preço das ações e, segundo outras pesquisas, os administradores serem muito otimistas em relação ao preço das ações das empresas que dirigem, com a maior tendência a acreditar que as ações estão subavaliadas.

A assimetria de informações é importante para o modelo da ordem hierárquica, mas não há evidências de que empresas menores e que não pagam dividendos (portanto, sujeitas a maior assimetria informacional) estejam mais propensas a considerar a avaliação das ações na decisão de emitir títulos. Unindo os resultados relatados nos últimos dois parágrafos, a ordem hierárquica, com sua busca por flexibilidade e pelo uso prioritário de recursos internos quando as ações estão baratas, parece ser válida, mas a assimetria de informações não contribui para a ordem hierárquica.

O valor em que a ação está e recentes altas no preço são dois dos principais fatores considerados na decisão de emitir ações. O fato do uso da dívida poder ser melhor visto pelo mercado do que a emissão de ações não parece influenciar a decisão de estrutura de capital. O fato das taxas de juros estarem baixas é apontado como um dos principais fatores para a decisão de emitir dívida, com um bom número de diretores também alegando ser importante acompanhar taxas de curto e longo prazo na hora de decidir o prazo dos títulos.

Não foram encontradas evidências de que um grande número de executivos financeiros considere o uso de dívida para proteger a empresa contra ofertas hostis de aquisição ou para disciplinar a administração. Criar uma proteção contra variação cambial é visto como um fator importante na decisão de emitir dívida em moeda estrangeira. O gerenciamento de risco possui grande importância, casar a maturidade dos ativos e passivos sendo o principal fator na escolha do prazo dos títulos de dívida. A diluição do lucro por ação foi considerado um fator importante, embora os autores não tenham conseguido identificar qual é exatamente a questão com relação a isso. A ideia de que emitir ações é uma forma barata de se financiar é bastante popular, por volta de 30% alegando que essa é a forma menos arriscada e 14% que é a fonte mais barata de recursos.

Nem o artigo nem esse resumo procuraram esgotar todas as análises possíveis. Com o cruzamento das respostas dadas pelos diretos com as características da empresa, é possível analisar diversas questões de acordo com o interesse do leitor. Com esses dados, é possível examinar se as previsões teóricas de diversos modelos encontram correspondente nas ações dos diretores financeiros. E os resultados também podem ser comparados com o que os analistas financeiros pensam e com o que a teoria de precificação de ativos vem estudando. Na minha opinião, tudo isso deveria estar “em harmonia”, mas, como se vê, não é o que se constata.

sexta-feira, 16 de março de 2012

A semana (11-17/03)

Finanças

Shares and shibboleths – Sobre o prêmio por risco e o retorno de longo prazo das ações.

Rumours: Whispers can lead to wins – Boatos e efeitos nos preços das ações.

Derman Rambles on Risk – Breves discussões sobre a eficiência de mercado.


Economia








'I Own Stocks Because I Don't Trust Treasury Bonds' – Não sou nenhum fã de Taleb, mas esse artigo tem boas colocações.

A Manifesto for Sustainable Capitalism – Al Gore é outro que eu não pegaria autógrafo, mas esse artigo têm coisas interessantes.


Liberdades Individuais

Chip: monitoramento eletrônico nacional começa a partir de 30 de junho! – Por enquanto, o chip é só para monitorar veículos. Já já cada pessoa terá um em si.



O Bonde [do Protecionismo] do Vinho – “Os produtores não querem que o governo saia da frente e permita que compitam; querem que o governo se ponha à frente de seus competidores.”

Tweet da Semana
@BarackTrader: “Não entendo esses sites pra fazer trades ficticios que dão um curso para o primeiro lugar. Deveriam dar o curso para os ultimos lugares !”

Manchete da Semana
Para Morgan Stanley, Brasil vai virar um 'meme' – Espero que não seja esse.

segunda-feira, 12 de março de 2012

Preferências políticas e decisão de investimentos

Harrison Hong e Leonard Kostovetsky
Journal of Financial Econonics. Volume 103. Ed. 1. 2011

Em outro texto, escrevi sobre um artigo que analisou a relação entre a escolha de investir em ações e as preferências políticas. O artigo de Hong e Kosovetsky analisou como a escolha entre o partido Democrata ou o GOP (como é conhecido o partido republicano) afeta a decisão de investimento de gestores de fundos. Especificamente, estudou como a doação a um dos partidos aumenta ou diminui os investimentos em empresas "socialmente responsáveis". Ou seja, examina se outros fatores além do risco e do retorno, como os valores políticos, afetam a decisão de investimentos.

Os autores obtêm informações sobre os gestores na Morningstar, CSRP e Thomson Reuters e cruzam com dados sobre contribuições eleitorais obtidas no site da Federal Elections Commitee (é impressionante e assustador a quantidade de informações de posse do governo). O gestor é classificado como simpatizante de um partido se doa mais para campanhas eleitorais desse partido do que para o outro, sendo considerado não doadores os que não realizam doações e os que doam igualmente entre os dois partidos. Os doadores também são subdivididos de acordo com o valor de doação (forte doador ou doador normal). Outras informações sobre os gestores como as notas no exame SAT foram coletadas de diversas fontes. Dados sobre a carteira dos fundos foram obtidos na CSRP, COMPUSTAT e o status de fundo socialmente responsável (SRI - Social Responsible Investment) está em acordo com o Social Investment Forums. Os fundos não considerados de SRI são analisados com base na composição de suas carteiras e examinado se os gestores investem mais ou menos em ações de empresas socialmente responsáveis de acordo com suas escolhas políticas. Isso é feito classificando as ações como PSI (political sensible investment) com base na indústria que fazem parte, sendo consideradas PSI empresas de tabaco, armas e defesa, recursos naturais, álcool e cassinos ou analisando as notas da base de dados KLD. Também é possível classificar essas ações como "pecadoras".

Começando pelas estatísticas descritivas, a maioria dos gestores não são doadores, os que doam são mais velhos e possuem maior nota do exame SAT. A proporção de gestores de fundos de SRI entre os democratas é bem maior do que entre os republicanos (8,4% vs.  2,9%) especialmente entre os maiores doadores (11,9%). Na média, há mais doações para os republicanos do que para os democratas.

Excluindo fundos de SRI, nota-se que os democratas investem menos em ações "pecadoras", exceto na categoria "outros vícios" (álcool e jogo, que são sensíveis a questões religiosas e não apenas políticas e sociais), onde as médias são parecidas. As notas da base KLD, que medem o desempenho da empresa em diversas áreas (atividades comunitárias, diversidade e relações trabalhistas), são calculadas somando pontos fortes e subtraindo pontos fracos. A carteira dos fundos geridos por democratas possuem ações com maior KLD médio ponderado por valor. Analisar o investimento em ações politicamente sensíveis e também em empresas socialmente responsáveis é útil para confirmar os resultados e para examinar se o comportamento do gestor se dá exclusivamente por evitar as primeiras ou também por preferir o segundo tipo.

Mas não é possível tirar quaisquer conclusões apenas baseando-se em estatísticas descritivas. A primeira análise dos autores é sobre o investimento em ações politicamente sensíveis controlando-se por tamanho e Valor Contábil/Valor de mercado, excluindo-se fundos de SRI.  Por exemplo, alguns fundos podem incluir participações consideráveis de algumas das ações pecadoras porque estão de acordo com outros critérios como tamanho e valor. A variável de interesse nas análises é a participação residual, investimentos não atribuíveis à estratégia do fundo.

Os resultados confirmam as estatísticas descritivas, com democratas investindo menos em PSI (residual negativo) e republicanos mais (residual positivo), com a diferença entre os dois sendo de -0.86% (estatisticamente significativa) e maior considerando apenas os fortes doadores. Não doadores também investem mais em PSI e a diferença com os republicanos em geral não sendo estatisticamente significativa, de forma que os resultados provavelmente se dão mais por conta do comportamento dos democratas e dos fortes doadores para o partido rival do que pelo comportamento geral dos simpatizantes do GOP. O que não quer dizer que os resultados são devidos a algumas observações anormais (outliers). Os autores analisaram os gestores em termos de sub ou superinvestir em PSI mais ou menos de 3%, a distribuição sendo a esperada (mais democratas subinvestem e menos superinvestem, por exemplo). Os resultados se deveriam a outilers caso um pequeno número de democratas deixam de investir em PSI ou um pequeno número de republicanos investem mais em ações pecadoras.

As carteiras também foram analisadas em termos de notas da KLD, os resultados sendo coerentes com os obtidos classificando as ações em politicamente sensíveis ou não. Ou seja, democratas investem mais em ações com boa classificação em responsabilidade social do que os republicanos, a diferença sendo maior para fortes doadores (os autores não relataram se há diferença estatística entre não doadores e republicanos).

A próxima análise é considerar outros fatores e examinar de outra forma as contribuições partidárias e o gerenciamento de fundos de SRI (que são incluídos na base, com a inclusão também de uma variável que indique que o fundo é de SRI). As variáveis dependentes são de novo o residual do PSI e do KLD. Os resultados confirmam que doadores ao partido democrata investem menos em ações de empresas politicamente sensíveis. Cruzando com a diferença média de doações aos democratas entre os simpatizantes de cada partido (lembrando que é considerada a doação líquida a um partido para definir sua "filiação), chega-se a um número semelhante ao da análise anterior (-0.74% comparando com -0.86%). Das demais variáveis de controle, apenas a dummy que indica que o fundo é de SRI e a nota no exame SAT são significativas, as duas com sinal negativo. A explicação para o efeito da nota SAT é que as universidades de elite dão mais importância para "indústrias em crescimento", que não são consideradas politicamente sensíveis. Note-se que o efeito do fundo ser classificado como de SRI é de -1,6%, de forma que o efeito médio das doações aos democratas é metade do efeito médio da classificação de SRI.

Em termos de nota da KLD, os resultados também são parecidos com a análise anterior, tanto em termos de direção (democratas investem mais em empresas consideradas socialmente responsáveis) quanto de magnitude (o diferencial de notas nessa análise é de 12, contra 11 na outra análise). Examinado as variáveis de controle, apenas a dummy de SRI, o fato de o gestor ser mulher e o tamanho da família de fundos (os dois últimos com impacto negativo). Os autores não fornecem explicações para esses dois últimos resultados.

Os autores examinam se é mais determinante os gestores se afastarem de empresas politicamente sensíveis ou preferem empresas socialmente responsáveis. Fazem isso separando as notas positiva e negativas da base KLD. De forma geral, o efeito das notas negativas é maior, mas os autores evitam tirar conclusões porque os coeficientes dessa desagregação não são significativos e não há controle por correlação (empresas com muitos pontos fortes geralmente possuem poucos pontos fracos), mas fica o registro.

Se as evidências sobre ações pecadoras estiverem corretas, os gestores democratas podem não estar fazendo corretamente seu trabalho ao negligenciarem ações com retornos maiores. Os autores analisaram o desempenho dos fundos da base de dados em termos de retornos líquidos, modelo de quatro fatores e o modelo de Daniel at. al. (1997). Não é encontrada nenhuma diferença significativa (em termos estatísticos e econômicos) de desempenhos. Não obstante, é possível que os gestores tenham incentivos para incorporar suas preferências pessoais apenas porque a estrutura de remuneração não pune isso. Hedge funds possuem remuneração mais ligada ao desempenho e maior participação dos gestores nas cotas, o que dá mais incentivo a buscar retornos superiores. Os autores analisam os hedge funds na medida do possível (já que uma série de informações estão ausentes), e replicando a análise controlando apenas por estilo (tamanho e valor), encontraram resultados similares, de forma que a remuneração não explica os resultados.

Por fim, os autores testam hipóteses alternativas como a de causalidade reversa (primeiro o gestor investe e depois doa), de que há um efeito "casa" (a doação de gestores da mesma casa influência o comportamento dos outros e explica a alocação de carteiras), de que o comportamento do eleitorado explica a alocação de investimentos e de que as ligações com o presidente da empresa é que determinam a alocação, nenhuma dessas hipóteses servindo para rejeitar a inicial.

Esse estudo possui diversas implicações. A principal é que, apesar do número de fundos de SRI poder ser baixo, um grande contingente de gestores (os democratas) se importando com responsabilidade social dá mais importância para o SRI, o que pode afetar o custo de capital das empresas, que deveriam se importar mais com o tema de forma a atrair mais investidores.

Como coloquei nos outro texto sobre preferências políticas e também no texto sobre religião, mais importante do que particularizar em termos de católicos, republicanos ou social-democratas é observar que diversas características pessoais dos investidores afetam as decisões de investimento, em linha com o que Statman escrevera anteriormente.

(Nota: O título do artigo se refere às cores dos partidos, vermelho-republicano e azul-democrata, e não à pílula azul ou vermelha do Matrix, que não deixa de ser uma sugestão interessante de pesquisa).
.
Fonte da Foto: David Smith

sábado, 10 de março de 2012

A semana (04-10/03)

Finanças
Entrevista com Eugene Fama – Resumo bastante equilibrado sobre a HME seguido de alguns trechos (com destaques em negrito do autor da postagem) de uma entrevista com Eugene Fama que eu já tinha referenciado em semanas anteriores e que só não li inteiro porque... bem, acesse a entrevista e veja com seus próprios olhos.

No blog Contabilidade Financeira, há uma série de posts sobre diversos assuntos de Contabilidade e Finanças escritos de forma bastante simples/didática, mas completa. No último, há link para os demais.

Economia
Buffett's Tax Win – Certamente que não foi só Buffett, mas todos os acionistas da Berkshire Hathaway que se beneficiaram, mas é curiosa a visão do investidor sobre impostos. (“E se ele estivesse certo em apelar contra a cobrança?” E precisa contratar lobista?)


Salário das mulheres permanece 28% inferior aos dos homens nos últimos três anos – Isso só prova como as médias agregam demais e como analisar duas variáveis (salário médio e gênero) resulta em uma análise pobre. No próprio estudo há a estatística de que os homens possuem jornada de trabalho 11% maior. Fora isso, há diferenças na escolha de trabalhos, propensão maior da mulher sair do mercado de trabalho pela maternidade, custos adicionais para o contratante por conta da gravidez e outros fatores que são examinados no link abaixo. Só depois de considerar tudo isso é que dá para tentar verificar se há ou não discriminação.


Como funciona o feminismo – Excelente dica de um dos comentários do link acima.


Liberdades Individuais

Salário menor a mulher será punido com multa – Mais um passo no caminho da servidão. As consequências não intencionais mais óbvias da lei (o que não quer dizer que só serão essas as consequências): 1) Menos mulheres serão contratadas; 2) O salário dos homens vai cair, e não o das mulheres subir; 3) Novas regulamentações trabalhistas surgirão para “corrigir” esses problemas; 4) Como essa lei exige fiscalização, aumentará a conta “outras despesas gerais e administrativas”, se é que você me entende. Por fim, quantos passos intermediários serão necessários para entregar em definitivo o departamento de RH para o governo?

Manchete da Semana
“As lições de um investidor que anda pela contramão” – O sujeito deve ser multado todos os dias, o dia inteiro! Como ele ainda tem CNH?

Vale tudo para animar e proteger a economia – Como um adepto da Lei de Gil, digo: quase tudo!

Frase da semana
Comentário anônimo desse texto: “vai haver um momento em que ser homem, branco, heterosexual, rico, entre 20 e 60 anos, será proibido.”

Tweet da Semana
@brianrichards “Stocks will "shed another 20%," investors "may only be safe in cash," said Nouriel Roubini in 2010...before a 20% runup in stock prices.”

segunda-feira, 5 de março de 2012

O que querem os investidores?

Meir Statman.
Journal of Porfolio Management. Edição Especial. 2004

Em outros textos, tratei de como outras questões além do risco e do retorno afetam a escolha de carteiras. No artigo, o autor explica porque isso ocorre com uma interessante analogia com a escolha de cardápio (como já havia feito anteriormente).

Ao escolher comidas, a preocupação mais imediata é quanto aos nutrientes e ao custo, procurando obter valores mínimos para cada nutriente minimizando o custo. Mas certamente que essa não é a única preocupação das pessoas na hora de escolher suas refeições. Sabor, variedade, preocupações éticas (como o vegetarianismo) e status também influenciam nessa escolha. Desse ponto de vista, um cardápio que minimize custos seria bem pouco interessante: o autor cita um artigo que calculou qual seria esse cardápio, resultando em uma combinação de apenas farinha de trigo, leite, repolho, espinafre e feijões. Da mesma forma, embora no aspecto normativo a prescrição de que os investidores deveriam se preocupar apenas com o retorno e o(s) risco(s), outros aspectos acabam tendo a sua influência e é discutível se isso é um erro ou não. O que o autor e outros (como Fama (2007)) argumentam é que os investidores extraem utilidade dos ativos que selecionam (ou “benefícios expressivos”, como Statman coloca).

Dessa forma, o viés local, a maior disposição para investir em ativos locais, é uma forma de patriotismo. Há hoje o conceito de Social Responsible Investing (SRI – Investimento Socialmente Responsável), com os investidores deixando de adquirir ativos de empresas “más” e investindo mais nas consideradas “boas”. Assim como uma pessoa pode ser contra investir em uma fabricante de bebidas, cigarro ou armas, por exemplo, uma pessoa pode ser contra comer carne ou ter outras restrições de ordem religiosa, mesmo que carne possa ser um elemento nutritivo importante e ser barata. O status também influencia a escolha de um restaurante ou de vinho (ou a decisão de possuir uma vinícola) e pode levar os investidores a aplicarem em hedge funds ou outros tipos de fundos de maior investimento inicial apenas por ser exclusivo.

As implicações para os gestores de recursos (o autor cita fundos de pensão e aconselhadores financeiros) é que eles devem procurar levar em conta essas outros interesses dos investidores além do retorno e do risco. A sugestão do autor é que o gerenciamento de carteiras não deve ser feito considerando todos os ativos, e sim em “camadas”, podendo uma parte ser reservada para ativos de maior risco (ações-loteria, por exemplo) e outra para ativos mais seguros para preservação de capital. E há implicações para o estudo do retorno de ações, com os modelos de precificação de ativos multifatoriais (como o de três fatores) podendo procurar incorporar essas outras preferências dos investidores (o desafio já foi aceito).

Uma discussão que o autor não colocou é entre até onde selecionar os ativos de acordo com outros critérios além do risco e do retorno é buscar extrair utilidade ou adequar a carteira à personalidade da pessoa é uma prática importante e onde começa erros de avaliação. Me parece que utilizar as opiniões pessoais ou o afeto por uma empresa para inferir maior desempenho futuro das ações seria um erro, mas não comprar ações da mesma empresa como uma forma de satisfação. Pense em um applemaníaco comprando ações da empresa além de ter todos os produtos da empresa. Porém, não é porque ele acha que os produtos são superiores ou porque goste da empresa que deveria esperar um desempenho superior da ação. A minha modesta sugestão seria partir da otimização média-variância (não é porque essa abordagem tem erros que deveria ser sumariamente descartada) obtendo uma carteira bem diversificada (fundo passivo ou ETF, por exemplo) e destinar alguma parcela da carteira para buscar outros objetivos que o investidor possa ter.

Outros textos meus relacionados:





sexta-feira, 2 de março de 2012

Mensais: Brasil (fev/12)

Índices Brasileiros
Índice; 60 meses; Ano; 12 meses
Ibovespa; 49,94%; 15,96%; -2,33%
IBX 50; 47,27%; 12,44%; -1,82%
IBX; 54,31%; 12,08%; 0,89%
ISE; 66,62%; 12,29%; 7,65%
ITEL; 78,04%; 4,37%; 12,16%
IEE; 149,46%; 5,65%; 22,06%
INDX; 47,27%; 13,28%; 6,14%
Imobiliário; -; 20,56%; 0,89%
Consumo; 98,69%; 13,82%; 25,70%
IFNC; -; 11,97%; 9,88%
IVBX2; 43,57%; 16,04%; 14,56%
Mid Large Cap; -; 11,74%; 1,34%
IGC; 45,31%; 13,89%; 3,76%
ITAG; 42,05%; 13,32%; 5,52%
Small Cap; -; 18,42%; 6,92%

Comparações
Indicador; Desvio-padrão; Correlação IBOV; Retorno 60 meses; Retorno 12 meses
IBOV; 7,06%; 100%; 49,94%; -1,15%
Ouro; 6,06%; -21,02%; 110,99%; 29,21%
Dólar; 5,11%; -68,75%; -19,31%; 2,14%

Ibovespa x CDI
Janela; IBOV- CDI
12 meses; -12,38% a.a.
5 anos; -2,31% a.a.
10 anos; 1,86% a.a.

Ibovespa:
Maiores altas (2012):
MMXM3: 44,53%
HGTX3: 42,30%
VAGR3: 37,50%
LREN3: 35,05%
HYPE3: 31,53%

Altas: 65/70

Maiores altas (12 meses)
CIEL3: 100,07%
HGTX3: 89,24%
RDCD3: 78,66%
CRUZ3: 70,63%
SBSP3: 65,57%

Altas: 34/70

Maiores baixas (2012)
USIM3: -10,20%
LIGT3: -5,56%
TMAR5: -3,95%
ELET6: -2,72%
BRFS3: -1,43%

Maiores Baixas (12 meses)
BTOW3: -56,47%
GFSA3: -52,18%
VAGR3: -46,99%
USIM3: -42,32%
HYPE3: -40,82%

Amostra de 185 ações:
Maiores altas em 5 anos
TELB4: 3.787,35%
HGTX3: 1.963,22%
MEND5: 843,64%
BMTO4: 402,40%
CRUZ3: 381,65%

Maiores baixas 5 anos
KEPL3: -95,87%
VAGR3: -94,61%
IENG5: -85,19%
BTOW3: -83,87%
LUPA3: -82,30%

Maiores sequências (179 ações)
Alta: UGPA3 (12 meses)
Baixa: LIXC4 e PMET6 (6 meses)

Datas
02/03: 45 anos de fundação do Indusval
02/03: 30 anos de listagem da Forjas Taurus
09/03: 20 anos de fundação do Minerva
10/03: 12 anos do estouro da bolha pontocom
11/03: 30 anos de listagem da Suzano Holding
12/03: 5 anos da abertura de capital da Anhanguera
29/03: 5 anos da abertura de capital do JBS
30/03: 77 anos de fundação da Cremer
31/03: 61 anos de fundação da Bradespar

Fontes:
Bovespa.com.br
Economatica
Infomoney

Mensais: Índices Internacionais (fev/12)

Maiores altas (mês)
Emirados Árabes: 20,53%
Egito: 15,10%
Bangladesh: 13,03%
Dinamarca: 11,07%
Japão: 10,46%

Ibovespa: 37º lugar (maior alta – maior baixa)
Altas: 78/102

Maiores altas (ano)
Egito: 47,69%
Emirados Árabes: 27,86%
Rússia: 25,55%
Romênia: 21,59%
Vietnã: 20,51%

Ibovespa: 15º lugar (maior alta – maior baixa)
Altas: 85/103

Maiores altas (12 meses)
Filipinas: 29,61%
Panamá: 27,60%
Emirados Árabes: 22,66%
Arábia Saudita: 21,62%
Tailândia: 17,51%

Ibovespa: 38º Lugar (maior alta – maior baixa)
Altas: 28/102

Maiores altas (12 meses, em dólar)
Filipinas: 32,19%
Panamá: 27,60%
Emirados Árabes: 22,66%
Arábia Saudita: 21,63%
Tailândia: 18,71%

Essa é a provável lista das cinco maiores altas. Verifico o rendimento em dólar apenas das maiores altas até que a maior alta em dólar seja superior ao rendimento nominal do próximo da lista.

A Venezuela fica fora das listas por conta de seu câmbio artificialmente fixo (ver aqui). Suspeito que o Irã tenha problema parecido (câmbio artificial e falta de dólares), mas não tenho como confirmar isso.

Ibovespa em dólar: -5,07%

Maiores altas (Dez/07)
Paquistão: 369,00%
Irã: 160,39%
Sri Lanka: 114,80%
Mongólia: 112,95%
Tunísia: 82,42%

Ibovespa: 23ª maior alta
Altas: 23/89

Maiores baixas (mês)
Chipre: -21,78%
Grécia: -6,59%
Eslovênia: -5,96%
Argentina: -4,99%
Sri Lanka: -4,14%

Maiores baixas (ano)
Bangaldesh: -10,69%
Sri Lanka: -10,15%
Jamaica: -6,56%
Esolvênia: -6,20%
Ilhas Maurício: -6,09%

Maiores baixas (12 meses)
Chipre: -71,40%
Grécia: -52,84%
Ucrânia: -51,01%
Laos: -37,68%
Mongólia: -32,95%

Maiores baixas (5 anos)
Islândia: -89,25%
Grécia: -85,64%
Bulgária: -82,27%
Bermudas: -77,87%
Sérvia: -76,33%

Maiores sequências:
Altas: Panamá (16 meses)
Macedônia (8 meses)

Desvio-padrão (mensal)
S&P 500: 5,44%
Brasil: 7,06%
Rússia: 11,68%
Índia: 8,60%
China: 10,02%

Fontes:
Bloomberg
Sites das bolsas de valores
Yahoo Finance

A bolsa do Zimbábue está fora do ar, logo, não consegui os dados desse mês também.