Bob
Jones.
Journal of Portfolio Management. Verão. 2012.
Nesse
editorial do JPM, Bob Jones escreve sobre as contribuições da economia
comportamental, afirmando o impacto positivo que todo mundo já sabe, mas
colocando “um pouco de sal” ao notar o que ainda falta para a economia
comportamental (e finanças comportamentais por consequência). Em especial,
escreve que esse campo de estudos foi muito efetivo para indicar os vieses dos
outros, mas contribuiu pouco para evitar esses vieses. Os profissionais que se
valem de finanças comportamentais usam esse campo como uma forma de divulgar
seu trabalho, apontando o erro de outros e tentando mostrar que a abordagem
deles adiciona valor.
O
autor oferece uma lista de indícios de que as finanças comportamentais estarão
começando a realizar o seu potencial de fazer com que as pessoas evitem vieses
cognitivos, o que inclui:
- Quando gestoras pararem de caçar desempenho passado e investidores comecem a pegar fundos baseado em informações realmente preditivas.
- Quando gestores que admitirem a incerteza serão respeitados ao invés de dispensados.
- Quando gestores quantitativos enxergarem os erros de seus modelos.
E
há também uma lista de “questões em aberto”, o que inclui:
- Os mercados são realmente eficientes no sentido informacional? Algum dia conseguiremos saber isso?
- Estudos mostram que pessoas com QI superiores são menos suscetíveis a vieses comportamentais. O desempenho deles é superior?
- Há alguma correlação entre traços de personalidade e suscetibilidade a vieses?
Em
suma, na minha opinião, as finanças comportamentais já estão desenvolvidas o
suficiente para serem consideradas alternativas, mas falta muita coisa a
explicar melhor. Nas palavras do autor: “É hora de começar a usar finanças
comportamentais como um espelho para encontrar e corrigir nossas próprias
manchas, ao invés de lentes de aumento para estudar as verrugas dos
investidores do passado”.
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