sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Educação Financeira nas escolas funciona


Nesse texto, vou começar uma reformulação no blog, com textos mais curtos e, por consequência, menos profundos. Vou aqui comentar uma reportagem e nos próximos dias pretendo fazer comentários mais rápidos de alguns artigos científicos (podendo fazer alguns comentários mais longos como fazia antes) e as resenhas de livros serão capítulo a capítulo (como já era feito anteriormente, mas em um único e não raras vezes enorme texto).

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Uma ideia que é muito defendida (ver aqui e aqui para dois exemplos) como solução para os problemas financeiros que afligem os adultos. Minha opinião (nunca expressa antes) é que ensinar educação financeira nas escolas é algo positivo, assim como contabilidade, economia, direito, educação sexual, educação emocional, cálculo numérico, primeiros socorros, planejamento de carreira, psicologia, filosofia, sociologia, religião, escotismo, astronomia, astrologia, ufologia, anatomia, engenharia, mecatrônica, design gráfico, programação, natação, judô, dança, canto, inglês, espanhol, francês, italiano, mandarim... a lista poderia seguir infinitamente. Se fossemos ensinar para as crianças as pessoas julgam necessário, as escolas virariam campos de concentração com estudos forçados e duraria uns vinte anos. Sendo assim, é necessário priorizar os temas mais importantes. E a prioridade política não se daria pelo que é mais ou menos urgente para as crianças, e sim de acordo com os grupos de pressão, e o fato da educação financeira ainda não ser obrigatória mostra que o grupo de pressão com interesses nessa pauta é fraco.

Na minha opinião: 1) Educação é importante demais para ser deixada para o governo; 2) Cabe aos pais decidirem o que é mais ou menos importante para seus filhos.

Deixando isso de lado, uma reportagem da The Economist da semana passada trata do tema da literacia financeira e o resultado prático da implementação de programas de ensino nas escolas. Um dos artigos mencionados pela reportagem conclui que “Unfortunately, we do not find conclusive evidence that, in general, financial education programmes do lead to greater financial knowledge and ultimately to better financial behaviour.”

Os problemas associados ao assunto são vários. Talvez a hora em que as aulas são ministradas seja errada, o mais adequado seja ensinar quando o tema for mais relevante. Quando a iniciativa é voluntária e gratuita, há o problema do aluno mais interessado no assunto ser justamente as crianças que não precisariam aprender sobre isso. Há também o problema de ser necessário primeiro de tudo entender matemática básica, o que a maioria das crianças e adultos não conseguem.

A reportagem cita vários estudos e eu vou colocar a referência abaixo, com alguns acréscimos meus. No futuro, vou ler alguns desses artigos no futuro. Como uma mudança no estilo do blog, ao invés de um texto sobre vários artigos comentados em detalhes (como faria antigamente), um texto para cada artigo com menos detalhes.


Lauren E. Willis é uma das grandes “céticas” da educação financeira Annamaria Lusardi uma das grandes proponentes e na página do SSRN há vários textos sobre o assunto.

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