Nesse
texto, vou começar uma reformulação no blog, com textos mais curtos e, por consequência,
menos profundos. Vou aqui comentar uma reportagem e nos próximos dias pretendo
fazer comentários mais rápidos de alguns artigos científicos (podendo fazer
alguns comentários mais longos como fazia antes) e as resenhas de livros serão
capítulo a capítulo (como já era feito anteriormente, mas em um único e não
raras vezes enorme texto).
***
Uma
ideia que é muito defendida (ver aqui
e aqui
para dois exemplos) como solução para os problemas financeiros que afligem os
adultos. Minha opinião (nunca expressa antes) é que ensinar educação financeira
nas escolas é algo positivo, assim como contabilidade, economia, direito, educação
sexual, educação emocional, cálculo numérico, primeiros socorros, planejamento
de carreira, psicologia, filosofia, sociologia, religião, escotismo, astronomia,
astrologia, ufologia, anatomia, engenharia, mecatrônica, design gráfico, programação,
natação, judô, dança, canto, inglês, espanhol, francês, italiano, mandarim... a
lista poderia seguir infinitamente. Se fossemos ensinar para as crianças as
pessoas julgam necessário, as escolas virariam campos de concentração com
estudos forçados e duraria uns vinte anos. Sendo assim, é necessário priorizar
os temas mais importantes. E a prioridade política não se daria pelo que é mais
ou menos urgente para as crianças, e sim de acordo com os grupos de pressão, e
o fato da educação financeira ainda não ser obrigatória mostra que o grupo de
pressão com interesses nessa pauta é fraco.
Na
minha opinião: 1) Educação é importante demais para ser deixada para o governo;
2) Cabe aos pais decidirem o que é mais ou menos importante para seus filhos.
Deixando
isso de lado, uma reportagem da The
Economist da semana passada trata do tema da literacia financeira e o resultado
prático da implementação de programas de ensino nas escolas. Um dos
artigos mencionados pela reportagem conclui que “Unfortunately, we do not find conclusive evidence that, in general,
financial education programmes do lead to greater financial knowledge and
ultimately to better financial behaviour.”
Os
problemas associados ao assunto são vários. Talvez a hora em que as aulas são
ministradas seja errada, o mais adequado seja ensinar quando o tema for mais
relevante. Quando a iniciativa é voluntária e gratuita, há o problema do aluno
mais interessado no assunto ser justamente as crianças que não precisariam
aprender sobre isso. Há também o problema de ser necessário primeiro de tudo
entender matemática básica, o que a maioria das crianças e adultos não
conseguem.
A
reportagem cita vários estudos e eu vou colocar a referência abaixo, com alguns
acréscimos meus. No futuro, vou ler alguns desses artigos no futuro. Como uma
mudança no estilo do blog, ao invés de um texto sobre vários artigos comentados
em detalhes (como faria antigamente), um texto para cada artigo com menos detalhes.
Lauren E.
Willis é uma das grandes “céticas” da educação financeira Annamaria
Lusardi uma das grandes proponentes e na página do SSRN há vários textos
sobre o assunto.
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